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Siriri(dança)[editar | editar código-fonte]

Siriri é uma dança folclórica da Região Centro-Oeste do Brasil (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás), e faz parte das festas tradicionais e festejos religiosos.

A dança lembra as brincadeiras indígenas, com ritmo e expressão hispano-lusitana. Pode ser comparado com o fandango do litoral brasileiro. A música fala das coisas da vida de forma simples e alegre. Como instrumentos musicais, acompanham a viola de cocho, o cracacha (ganzá) e o mocho ou tamboril. A origem do termo siriri é incerta. Para alguns estudiosos vem da palavra otiriri que designa um entremez do século XVIII, em Portugal. Outros acreditam expressar um tipo de cupins de asas. A expressão corporal e a coreografia transmitem o respeito e o culto à amizade, por isso é conhecido como dança mensagem.

Em Cuiabá, tendo como destaques os grupos Flor de Atalaia e Flor Ribeirinha, difusores do Siriri no Brasil e no mundo.

Origem e Tradição[editar | editar código-fonte]

A origem do Siriri é incerta, no entanto, é possível afirmar que está relacionada ao processo histórico-cultural da região, mesclando aspectos culturais indígenas, africanos e europeus. O povoamento de Mato-Grosso, estado no qual a dança tem grande difusão, sendo um elemento fundamental da tradição e da identidade popular, ocorreu especialmente com o ciclo do ouro no início do século XVIII, motivado pelos movimentos exploratórios dos bandeirantes, acompanhados por jesuítas.

Os vilarejos foram transformados em cidades e os indígenas e negros utilizados como mão de obra escrava. O território já era habitado por povos indígenas que praticavam suas danças, como os bororós e os coxiponés. Dessa diversidade surge o siriri, que carrega traços das danças ritualísticas indígenas, com elementos rítmicos europeus e africanos. Além do culto aos santos cristãos derivados do processo de ressignificação da cultura afro-indídena durante a colonização do estado.

Comumente dançada nas festas de santo, o siriri constitui-se como dança popular, uma forma de divertimento dos mais pobres, inicialmente pouco prestigiada. Assim como o Cururu. Não se sabe desde quando a dança é praticada na região pantaneira e nos municípios da chamada Baixada Cuiabana, mas os primeiros registros dessa prática são de 1900. A tradição do siriri está ligada aos povos ribeirinhos, que festejam dançando e cantando canções que trazem fatos da vida cotidiana. Era habitualmente realizada nos quintais das casas, no ritmo criado com a viola de cocho, o ganzá e o mocho e canções de versos criados na hora. É dançada em roda e em fileiras, aos pares, com todos batendo palmas e pés no chão, e as mulheres rodando as saias.

Acredita-se que antigamente as rodas de siriri aconteciam no intervalo dos cururueiros. Nesse momento poderiam participar mulheres, homens e crianças. A dança é um elemento cultural conservado especialmente pelas comunidades tradicionais da baixada cuiabana, passada através da oralidade, de geração em geração, até ganhar os palcos dos festivais e programas televisivos. Atualmente, o siriri é coreografado para as grandes apresentações, mas algumas comunidades ainda conservam a improvisação.