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Oleg Vladimirovich Krasilnikov

Professor Oleg Krasilnikov 2005, UFPE, LBM
Conhecido(a) por Eletrofisiologia dos canais iônicos
Nascimento 14 de setembro de 1950
Quirguistão
Morte 30 de agosto de 2011
Recife,  Pernambuco
Residência União soviética, Brasil
Nacionalidade  Uzbequistão
Progenitores Mãe: Krasilnikova, Ekatherina Yakovlevna
Pai: Krasilnikov, Vladimir Sergeyevich
Serviço militar
País União Soviética, Uzbequistão
Campo(s) Biofísica


Krasilnikov (ou Krasil'nikov), Oleg Vladimirovich (14 de Setembro de 1950, Sulukta, Quirguistão – 30 de agosto de 2011, Recife, Brasil) - Professor titular soviético, biofísico, trabalhou e viveu no Uzbequistão e no Brasil.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Oleg Vladimirovich Krasilnikov (Krasil'nikov)(ru:Красильников) nascido em 14 de setembro de 1950 em Sulukta no Quirguistão (URSS). O pai, Vladimir Sergeyevich Krasilnikov, era engenheiro de minas de carvão (Quirguistão: cidades Sulukta e Tash-Kumyr). Sua mãe, Ekatherina Yakovlevna Krasilnikova era economista. Na cidade de Sulukta, Oleg se formou com honras no Colegial (1957-1967) ganhando uma medalha de prata. Em 1967, ingressou na Faculdade de Biologia da Universidade Estadual de Tashkent - atual Universidade Nacional do Uzbequistão.

No terceiro ano de estudo na Universidade, ele começou a estudar os mecanismos de ação dos componentes ativos de venenos das serpentes em membranas biológicas, sob a orientação do Prof. Dr. B.A. Tashmukhamedov. Na Faculdade de Biologia, com uma especialização no Departamento de Biofísica. Se formou com honras pela Universidade em 1973 e começou trabalhar no Laboratório de Biofísica (chefe - Dr. B.A. Tashmukhamedov), em Instituto de Bioquímica vinculado à Academia de Ciências do Uzbequistão. Neste laboratório ele continuo estudando a possibilidade de vários toxinas formarem canais iônicos em membrana lipídica[1][2][3].

Em 1989 publicado seu livro[4] e defendida sua tese de doutorado[5], pela Universidade Estatal de Moscou em 28.10.1989. Neste mesmo ano, Oleg Krasilnikov se tornou Chefe do Laboratório de Fisiologia Molecular no Instituto de Fisiologia e Biofísica da Academia de Ciências do Uzbequistão. O título de professor titular da Academia de Ciências do Uzbequistão foi recebido em 28.10.1993.

Em 1993, Oleg Krasilnikov, a convite de uma cooperação, foi convidado ao Brasil com a missão de desenvolver métodos de estudo dos canais iônicos no Departamento de Biofísica e Radiobiologia (DBR) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife. Desde 1993 Oleg estava desenvolvendo atividades de pesquisa e ensino sendo bolsista do CAPES e CNPq e depois como professor visitante. Em 2002, foi aprovado em concurso público e passou a ser professor adjunto do Departamento de Biofísica e Radiobiologia (DBR) e Chefe do Laboratório de Biofísica das Membranas (LBM). Em 2011, foi nomeado professor titular da UFPE.

Actualmente, o laboratório, que Oleg Krasilnikov dirigiu, leva seu nome[6].

Atividades científicas e pedagógicas[editar | editar código-fonte]

Já no Brasil, Oleg dominou o idioma português e começou a ler neste idioma, dar aulas para estudantes de graduação e pós-graduação. Desde 2002, ele ministrava aulas de Biofísica regularmente na UFPE. Trabalhando no Depto de Biofísica ele divulgou sua área de pesquisa, ministrou palestras cientificas no UFPE e vários universidades do Brasil e do mundo. Dezenas de alunos de iniciação científica participaram, sob sua orientação, de estudos biofísicos tanto no Uzbequistão quanto no Brasil. Oleg orientou 11 teses de doutorado e 26 dissertações de mestrado na área de Biofísica. Sua lista de publicações inclui mais de 110 artigos em revistas, um livro, duas patentes de invenções patenteados no Estados Unidos. Ele era membro das Sociedades Brasileira e Americana de Biofísica.

Linhas de Pesquisa[editar | editar código-fonte]

  • No Instituto de Bioquímica da Academia de Ciências do Uzbequistão, Oleg Krasilnikov desde 1977 iniciou uma investigação com a α-hemolisina - toxina proteica sintetizada pela bactéria Staphylococcus aureus – e em 1980-81 mostrou que a toxina pode facilmente se incorporar em camadas duplas fosfolípidicas e formar canais iônicos[7][8][9][10][11]. Essas descobertas levaram ao entendimento: 1} da existência de toxinas formadoras de poros em membranas; 2}e que essas toxinas são os fatores determinantes da alta virulência das bactérias; 3}e o que a habilidade de formar poros transmembranares determina o mecanismo de ação dessas toxinas ( Stafilotoxina, Latrotoxinas, Melittina) e algumas antibióticos, incluindo Polymyxina B, Gramicidina S.
  • Os tipos de canais investigados foram expandidos significativamente e incluíram toxinas formadoras de poros do veneno da aranha Viúva-negra, Melittina da abelha, proteínas tóxicas de bactérias patogênicas, como as da Staphylococcus aureus, Vibrio cholerae, Bacillus cereus, Shigella, Pasteurella e outras. A estrutura do modelo do canal proteico da estafilotoxina, sugerida por Oleg Krasilnikov juntamente com colegas no período de [12], foi confirmada por outros autores por meio da análise de difração de raios-X da toxina cristalina[13].
  • No laboratório em Tashkent desenvolvido um método de estimação de diâmetro de canais iônicos incorporados em bicamadas lipídicas artificiais usando moléculas de polímeros (polietilenoglicóis - PEGs - com diâmetro e peso molecular conhecido) ('Método de exclusão de polímero diferencial) (Differential polymer exclusion method)[14][15].
  • A partir desses estudos foi mostrado que através do poro da estafilotoxina (α-hemolisina) é capaz de passar não apenas os íons, mas moléculas maiores de diversos pesos moleculares e diâmetros dos quais pode-se empiricamente estimar o diâmetro do canal. Para isso é necessário obter as seguintes medidas: a condutância elétrica do canal iônico inserido na membrana + a condutividade das soluções que banham o canal e a membrana; condutância elétrica do canal + condutividade da solução na presença de não-eletrólitos como o polietilenoglicol (PEG). Com esses parâmetros, foi estabelecida teoricamente e confirmada empiricamente uma fórmula para encontrar o fator de enchimento do canal com moléculas de PEGs (não-eletrólitos) e assim estimar o diâmetro do canal.
  • Já no LBM (UFPE) outro método foi desenvolvido por seu grupo: a determinação do diâmetro de ambas as bocas do canal iônico e a geometria interna do poro aquoso do canal, baseado na utilização de moléculas não eletrolíticas como sondas moleculares. Método já aplicado em estudos dos diversos canais iônicas não somente nos canais inseridos em bicamadas lipídicas, como também com canais nativos em membranas celulares. Em cooperação com o eletrofisiológos do Japão método de exclusão de polímero foi utilizado para estudar o canal CFTR[16]. Foi um passo para a frente, uma vez que tornaram possível medir o diâmetro do canal no funcionamento de células vivas. O método normalmente utilizado foi difração do raio-X da proteína purificada e cristalina.
  • Proposto um método para melhorar a detecção e identificação de substâncias com os sensores baseados nos nanoporos unitários através da aplicação de concentrações extremamente elevadas de eletrólito (KCl 4M e outras sais a 4M) nas soluções banhantes da membrana o que aumenta drasticamente a resolução da interação das moléculas com o nanoporo[17].
  • O canal (nanoporo) pela primeiro vez foi utilizado para medição da massa de uma molécula. O nanoporo unitário incorporado em bicamada lipídica pode servir como um espectrômetro de massa para moléculas unitário [18], pois, consegue claramente distinguir moléculas, cuja massa difere em somente 40 Da. Método foi patenteado em Estados Unidos em 2010.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Categorias[editar | editar código-fonte]

Referencias[editar | editar código-fonte]

  1. Красильников О. В. Влияние цитотоксина и фосфолипазы яда центрально-азиатской кобры на искусственные и природные мембраны. — 1977. — Ташкент: Ин-т биохимии АН УзССР. — 20 c. — Автореф. дис. канд. биологических наук: 03.00.02
  2. Yukel’son, L.Ya.; Krasil’nikov O.V.; Isaev, P.I.; Tashmukhamedov, B.A. Influence of the direct hemolytic factor of snake venom on the permeability of bimolecular phospholipid membranes // J. Chemistry of Natural Compounds. Uzbekistan. — 1974. — Vol. 10, № 5, — P. 719—720
  3. Krasil’nikov O.V.; Sadykov, ES; Yukelson LYa.; Tashmukhamedov, BA. Selectivity of the membrane action of a cytotoxin from the venom of the Central Asian cobra. J. Chemistry of Natural Compounds. Uzbekistan. — 1980. — Vol. 16, — P. 583—586
  4. Красильников, О. В., Сабиров, Р. З., Терновский В. И.| Белки, ионные каналы и регуляция транспорта ионов через мембраны|Ред. Б. А. Ташмухамедов|Ташкент|Editora = "FAN"|1991|Pages = 206
  5. Красильников, Олег Владимирович. Белковые каналы в липидном бислое. Автореф. дис. Докт. Биол. наук: 03.00.02. МГУ, Москва, —1989. — 30 с.
  6. https://www.ufpe.br/biofisica/index.php?option=com_content&view=article&id=458:artigo-do-laboratorio-de-biofisica-das-membranas-e-celulas-tronco-oleg-krasilnikov-e-capa-da-revista-qquimica-novaq-novo&catid=30:avisos
  7. Krasil’nikov O.V.; Ternovsky, V.I.; Musaev, Y.M.; Tashmukhamedov, B.A. Staphylotoxin action on conductivity of phospholipids membrane bilayers//Doklady Akademii Nauk UzSSR, Uzbekistan, — 1980.— v. 7, — P.66—68
  8. Krasil’nikov O.V.; Ternovsky, VI.; Tashmukhamedov, BA. Properties of conductivity channels induced in phospholipid bilayer membanes by alpha-staphylotoxin. //Biofísica (Moscou),— 1981.— v. 26, — N. 2, — P.271—276
  9. Кrasil’nikov O.V.; Ternovsky, VI.; Sabirov, RZ.; Zaripova, RK.; Tashmukhamedov, BA. Cation-anion selectivity of staphylotoxin (staphylococcal) channels in the lipid bilayer//Biofísica (Moscou). — 1986. — V. 31, — N4, — P.606—610
  10. Krasilnikov O.V.; Sabirov, RZ. Ion transport through channels formed in lipid bilayers by Staphylococcus aureus alpha-toxin//General Physiology and Biophysics. Slovenia, — 1989. —V. 8, — N.3, — P. 213—222
  11. Krasilnikov, O.V.; Merzlyak, PG. Cholesterol influence on the functioning of staphylotoxin channels. //Biophysics (Oxford), — 1989. — v.34, — N.5, — P.906—908
  12. Krasilnikov O.V.; Sabirov, R.Z.; Ternovsky, VI.; Merzlyak, PG.; Tashmukhamedov, BA. The structure of Staphylococcus aureus alfa-toxin induced ionic channel//General Physiology and Biophysics, Slovenia. —1988. —V.7, —N.5, —P.467—473.
  13. L. Song, MR. Hobaugh, C.Shustak, S.Cheley, H.Bayley, JE. Gouaux. Structure of Staphylococcal α-Hemolysin, a Heptameric Transmembrane Pore//Science, —1996. —V. 274, —N. 5294, —P.1859 —1865
  14. Krasilnikov OV., Sabirov RZ., VI. Ternovsky, PG. Merzliak, Muratkhodjaev JN. A simple method for the determination of the pore radius of ion channels in planar lipid bilayer membranes//FEMS Microbiology —1992.— N.105, — р.93—100
  15. Sabirov, R.Z; Krasilnikov, O.V; Ternovsky, V.I. et al. Relation between ionic channel conductance and conductivity of media containing different nonelectrolytes. A novel method of pore size determination. //General Physiology and Biophysics, Eslovaquia, —1993. — V.12, — N.2, —P. 95—111
  16. Krasilnikov O.V., Sabirov R.Z., Okada Y. ATP hydrolysis-dependent asymmetry of the conformation of CFTR channel pore. //The Journal of Physiological Sciences. — 2011. — V.61(4) — P.267— 278. Doi: 10.1007/s12576-011-0144-0
  17. Rodrigues C.G.; Machado D.C.; Chevtchenko S.F.; Krasilnikov O.V. Mechanism of KCl enhancement in detection of nonionic polymers by nanopore sensors. //Biophysical journal. —— 2008. — V.5(11).—P.5186—5192. DOI: http://dx.doi.org/10.1529/biophysj.108.140814
  18. Robertson, J.W.F.; Rodrigues, C.G.; Stanford, et al. Single-molecule mass spectrometry in solution using a solitary nanopore. //PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America). — 2007. — V.104, — P.8207—8211 Doi: 10.1073/pnas.0611085104