Usuário(a):Makuchyna/Testes

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O ético como momento da “civilização da Razão”

A. Visão de Bem de Bentham

Na Idade Média, enquanto o Papa e a Igreja acumulavam grande poder e riqueza, os direitos e necessidades do povo eram simplesmente ignorados. Reagindo a tal situação, emergiram a Renascença e a Reforma. A moralidade e a ética da Idade Média pregavam a "observância aos mandamentos de Deus." Com a Renascença e a Reforma entretanto, foram levantadas questões do tipo: "É bom observar os mandamentos de Deus?", "O homem tem sido feliz por isso?", "Os mandamentos não tornaram-no infeliz?" Surgiram visões acerca do valor do homem, tomando-o por centro; uma delas foi o Utilitarismo de Bentham. Bentham supôs que o homem vivesse destinado à felicidade - a felicidade material, todavia. Sustentava que havia verdadeira alegria na prosperidade material (comer boa comida, vestir boas roupas e viver em uma boa casa). Bem é trabalhar para um número maior de pessoas. Julga-se o bem, afirmava ele, pela "maior felicidade para o maior número de pessoas."

B. Visão de Bem de Kant

De acordo com Kant, bem é a conduta que se funda no "imperativo categórico" (Kategorischer Imperativ); ou seja, o poder de controle de dentro do homem, o poder da consciência. A conduta fundamentada no imperativo categórico é incondicional. Se alguma pessoa age a fim de atingir uma determinada finalidade, tal como ganhar um prêmio ou lucro financeiro, esse é um comportamento condicional, e não, o bem. Ser incondicionalmente sincero, de acordo com o imperativo categórico "ser sincero", é bem. Kant sustenta que mesmo se o indivíduo for sincero, porém manifesta o propósito de conquistar a admiração dos outros exatamente por causa de sua sinceridade essa não será a verdadeira sinceridade. Um imperativo categórico é uma exigência incondicional, ao passo que uma ordem condicional é um imperativo hipotético (Hypothetischer Imperativ). Quando alguém sofre, diz-nos a consciência: "Ajude-o!" Assim, o socorremos. Aquele que é auxiliado pode nos agradecer, naturalmente; e é provável que até nos pague. Não obstante, como o auxiliamos sem pensar em recompensa, isso é bem. Eis um exemplo de agir conforme o imperativo categórico. De onde procede tal imperativo? Kant afirma que é uma exigência emitida pela razão prática. Para que ela é, então, emitida? Para a vontade (Wille). Quando esta recebe da razão prática a ordem para "fazer o bem", é denominada boa vontade (guter Wille). A boa vontade determina a conduta, e tal conduta é bem. O que é razão prática? A mente possui três funções: intelecto, emoção e vontade. A capacidade de pensar logicamente deriva do intetecto do indivíduo; com ela podemos raciocinar profundamente e apreender a verdade. Pela razão determinamos também nosso curso de ação ou modo de vida. Kant denominou a razão que apreende a verdade de razão pura (reine Vernunft), ou razão teórica (theoretische Vernunft), e a que estabelece como devemos viver ou agir, de razão prática (praktische Vernunft). A razão prática ordena à vontade para fazer alguma coisa e também decide o modo de fazê-lo: a direção da ação. A vontade toma a decisão de agir naquela direção. É boa a vontade que toma decisões conforme a razão prática. Quando por exemplo a razão prática manda "ser sincero", a vontade induz a uma ação concreta, tal como desculpar-se com os outros.

A Desconfiança humana no mundo

A desconfiança entre os homens aflui no mundo moderno. Em muitos casos as pessoas não confiam em seu governo; os trabalhadores em seus superiores; os estudantes em seus professores; os filhos em seus pais; as esposas em seus maridos; e estes, em suas esposas; e assim por diante. Parece que não existe ninguém em quem se possa confiar senão em si próprio. O resultado disso é que as pessoas se tornaram defensivas e auto-centralizadas. Como indicam as estatísticas criminais, não tendo nada em que fiar-se e ninguém em quem acreditar, as pessoas tornaram-se incapazes de julgar o bem e o mal, o certo e o errado. A desordem no mundo atual tem sido provocada pela deteriorização de nosso senso de valores. Precisamos com urgência, pois, de uma nova visão do valor (axiologia), se no futuro quisermos transformar esse mundo em um mundo de Paz. O mundo do futuro será uma sociedade autêntica, em que se realizam os valores da verdade (trueness). A falsidade e a hipocrisia predominantes no mundo de hoje devem ser erradicadas através de uma outra visão do valor. O mundo do futuro será uma sociedade ética, na qual se realce o valor do bem. Pode-se objetar que nessa sociedade ética, a liberdade de cada um será cerceada. Com efeito, não é bem assim. Até agora as pessoas têm buscado a liberdade a fim de obterem determinadas coisas e gozarem dos direitos humanos; entretanto, mesmo no mundo atual, livre e democrático, elas sofrem de ansiedade e desespero. Não alcançaram a verdadeira liberdade, pois, não existe liberdade fora do Princípio, que são as normas para se realizar o amor verdadeiro através da base familiar. Conseqüentemente, a liberdade perdida, não é a que leva a se conseguir as coisas ou a gozar de direitos, mas a liberdade do amor verdadeiro realizado na base familiar; em outros termos, a liberdade dentro de Princípio. De fato, Princípio significa ética; desse modo, é possível também aludir-se à sociedade do futuro como uma sociedade ética.


A. As Sete Naturezas da Lei Cósmica

O cosmos é vasto e infinito, compreendendo inúmeros corpos celestes. No entanto, esse cosmos é regido por uma única lei denominada Lei de Dar e Receber, que se caracteriza por sete naturezas.

1. Elementos Correlativos (Elementos Emparelhados) Para que a ação de dar e receber se estabeleça, devem existir elementos correlativos de parceiro-sujeito e parceiro-objeto. Este é um pré-requisito à lei cósmica, pois quando há só um elemento, tal ação não se realiza.

2. Propósito e Centralização Para que ocorra a ação de dar e receber entre parceiro-sujeito e parceiro-objeto, deve existir um propósito e um centro entre ambos. E, uma vez que propósito e centro se localizam no parceiro-sujeito, a ação de dar e receber é executada centralizando-se nele.

3. Ordem e Localização Outro pré-requisito da lei cósmica diz respeito ao estabelecimento da ordem e da localização, uma vez que a posição do parceiro-sujeito difere daquela ocupada pelo parceiro-objeto. Todo ser apresenta uma posição específica da qual desenvolve a ação de dar e receber, não sendo possível executá-la pelo Princípio, ao se afastar de sua posição. Se por exemplo um professor abandona sua posição, já não será mais um professor.

4. Harmonia Quando as três condições anteriores são satisfeitas, a ação de dar e receber pode se efetuar; portanto, a harmonia é a quarta natureza da lei cósmica. A dialética materialista procura explicar as relações em termos de opostos, ou de luta o que nunca poderia ser a essência da lei de dar e receber. Desde os corpos celestes do cosmos até as partículas atômicas, observamos que todas as ações são harmoniosas ações de dar e receber.

5. Individualidade e Relacionamento Nenhum ser pode existir ou se desenvolver (transformar-se) sem estar interna e externamente comprometido com a ação de dar e receber. Embora todo ser se relacione com outros seres e o meio, constando de relacionamentos, cada ser possui entretanto sua própria individualidade. Da mesma forma, na sociedade humana as pessoas têm uma relação mútua, porém cada uma revela-se distinta da outra, tanto em nível de mente como na constituição física, e demonstra uma individualidade marcante.

6. Conservação da Identidade e Desenvolvimento Todo ser possui bases quádruplas, demonstrando mutabilidade e imutabilidade. As filosofias tradicionais têm sido geralmente unilaterais, ora enfatizando o aspecto imutável, ora o mutável. A multiplicação, indubitavelmente, é desenvolvimento; porém esse conceito vem se enfraquecendo. Pode se considerá-lo um desenvolvimento negativo. O homem manifesta um homem espiritual e físico. Mesmo que o homem físico envelheça e se torne caducante, o espiritual ainda se desenvolve. Ademais, quando uma pessoa amadurece, seus filhos e netos crescem. No conjunto, portanto, envelhecer é evoluir. " Para ser exato, há quatro tipos de Bases Quádruplas na Imagem Original; a Conservativa de Identidade, a Evolutiva e as interna e Externa. As duas primeiras são aquelas vistas sob a perspectiva de tempo.

7. Movimento Circular Quando parceiro-sujeito e parceiro-objeto entram em ação de dar e receber, produz se um movimento circular, aonde quer que o parceiro-objeto se desloque ao redor do parceiro-sujeito. Todo movimento no cosmos é circular, ora real, ora modificado; ou espacial ou temporal expressando harmonia, eternidade da existência e dualidade de propósitos. Do mesmo modo, a dialética materialista assevera que todas as coisas se movimentam, ainda que não tenha sido capaz de esclarecer qual o tipo de movimento, ou a razão do mesmo. Isso encerra minha argumentação a respeito das sete naturezas da lei cósmica (lei de dar e receber). Essas sete naturezas regem o cosmos e podem ser chamadas leis cósmicas secundárias, ao considerarmos a lei da ação de dar e receber a norma primária do cosmos.