Usuário(a):Nleckstein/Testes

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Nome completo Paula Beatriz de Souza Cruz
Nascimento 1970 (54 anos)
Residência São Paulo
Nacionalidade Brasileira
Ocupação Educadora, ativista

Paula Beatriz de Souza Cruz (São Paulo, 1970) é diretora da Escola Estadual Santa Rosa de Lima, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Ela é a primeira diretora trans de uma escola pública em São Paulo.

Carreira na educação[editar | editar código-fonte]

Paula Beatriz é educadora há quase 30 anos. Formada em letras e pedagogia, virou professora aos 18 anos[1]. Ela leciona na rede de escolas de São Paulo desde 1989, quando ingressou na Escola Estadual Presidente Kennedy[2]. Desde 2013 é diretora da E.E. Santa Rosa de Lima[1]. Ela dirige uma unidade que possui 960 alunos do ensino fundamental e médio e 70 professores e funcionários[3].

Paula já foi reconhecida por sua carreira e ativismo em diversas instâncias. Em 2019, recebeu o prêmio Ruth de Souza, oferecido pelo Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo (CPDCN), da Secretaria da Justiça e Cidadania. O prêmio celebra líderes afro-brasileiros[4]. Também em 2019, foi homenageada durante o ato solene organizado pelo deputado Carlos Giannazi, na ALESP, por seu ativismo LGBTQIA+[5].


Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Sua infância e adolescência foram marcadas por inúmeras descobertas, entre elas a revelação da qual, segundo ela, era trans.[2] Paula fala que “sabia que [ela] não pertencia ao corpo que tinha nascido biologicamente.” Também, desde criança, queria ser professora.[1] Paula Beatriz sempre teve uma boa relação com sua família,[3] e se refere sobre sua imagem anterior como seu irmão gêmeo, não se livra de fotos ou tenta deixar para trás seu passado.[1]

A sua transição[editar | editar código-fonte]

Em 2007, começou o processo médico para o procedimento de readequação de sexo.[1] Anteriormente à sua transição de gênero Paula era coordenadora, instrutora, e diretora e sua transformação foi completada quando ainda era diretora.[3] Ela sentia que estava confortável durante sua transição, em parte por causa do apoio de seus colegas e alunos. Por esse motivo, ela faz um esforço para apoiar outras pessoas em transição na comunidade escolar.[6]

Ativismo[editar | editar código-fonte]

Paula Beatriz organiza diversas atividades sobre o movimento LGBT na sua escola e na comunidade.[1] Na escola, ela liderou estudos e discussões sobre pessoas no sistema educativo que são LGBT.[6] Pela comunidade, Paula já foi convidada para dar palestras em diversas conferências, como a TODXS Conecta[7] e o Congresso sobre Gestão de Pessoas do Setor Público Paulista.[8] Além do mais, é ativa e reconhecida na comunidade afro-brasileira.[4]


Referências

  1. a b c d e f «1ª diretora trans em SP se diz felizarda por não ter sofrido discriminação». 14 de maio de 2017 
  2. a b «Conheça Paula Beatriz, a primeira diretora trans da rede estadual de ensino». 2017-03-14==08  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. a b c «O legado de Paula Beatriz, a 1ª diretora trans de uma escola pública em São Paulo». 2019-02-23==08  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. a b «Premiação - Conselho da Comunidade Negra entrega prêmio Ruth de Souza». 2019-08-16==08  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. «Ato solene Orgulho LGBTQIA+ homenageia professora». 2019-07-03==08  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. a b «Primeira diretora transexual dirige escola em São Paulo com apoio da comunidade». 2017-03-24==08  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. LGBT e a promoção da diversidade na educação - Paula Beatriz - TODXS Conecta. TODXS Conecta. 05 de agosto de 2017. Em cena em dur: 44.03. Consultado em 11 de dezembro de 2019  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. Diversidade Sexual e Gestão de Pessoas. EGESP. 20 de janeiro de 2015. Em cena em dur: 1.24.07. Consultado em 11 de dezembro de 2019