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Usuário(a):Phyllodocida user/Iospilidae

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Iospilidae[editar | editar código-fonte]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaIospilidae

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Annelida
Classe: Polychaeta
Pleistoannelida
Subclasse: Errantia
Ordem: Phyllodocida
Subordem: Phyllodocida incertae sedis
Família: Iospilidae

Iospilidae é uma família da ordem Phyllodocida, atualmente agrupada em Phyllodocida incertae sedis devido a sua afinidade incerta. Foi descrita originalmente por Erik Bergström, em 1914, em sua obra "Zur Systematik der Polychætenfamilie der Phyllodociden".[1] As características-chave dos membros dessa família são os dois pares de cirros tentaculares, o notopódio extremamente reduzido, os cirros dorsais foliáceos, bem como a presença de cerdas.[2]

Caracterização e Morfologia[editar | editar código-fonte]

Os membros da família Iospilidae são holopelágicos e holoplanctônicos. Tratam-se de anelídeos poliquetas pequenos, de corpo curto, com menos de 60 segmentos, que ocupam ambientes marinhos.[1][2]

O prostômio é pequeno e aparentemente fundido ao primeiro segmento, e o peristômio é também reduzido. Estão presentes um par de palpos e órgãos nucais, e um par de olhos pode ocorrer; as antenas estão ausentes. A faringe é eversível, altamente muscular e carrega um par de ganchos em Phalacrophorus, o que não ocorre em outros gêneros. O primeiro segmento é praticamente indefinido e possui dois pares de cirros tentaculares e boca ventral. Os segmentos anteriores possuem apenas neuropódios, enquanto os segmentos subsequentes são birremes. Cirros dorsais e ventrais estão presentes, assim como acículos (suportes quitinosos em forma de bastonete, no interior dos ramos parapodiais[3]). Todas as cerdas são espigões compostos. Brânquias e cirros pigidiais estão ausentes, e o pigídio é arredondado e contém o ânus terminal.[2] Possui tegumento transparente, com cromatóforos bem desenvolvidos.[4]

Diversidade[editar | editar código-fonte]

Atualmente Iospilidae possui uma subfamília, denominada Iospilinae Bergström, 1914, compreendendo os gêneros Iospilopsis Augener, 1922 e Phalacrophorus Greeff, 1879. A própria Iospilidae possui apenas dois gêneros, Iospilus Viguier, 1886 e Paraiospilus Viguier, 1911 (Fig.1). Ao todo, são 4 espécies aceitas, o que pode indicar tanto pouca diversidade quanto pode refletir a falta de estudos sobre a família.[1]

Os membros dessa família são cosmopolitas e relativamente comuns desde águas superficiais até profundidades de 200 m, principalmente no Oceano Antártico e na Península Antártica.[5] Registros observacionais do site Global Biodiversity Information Facility (GBIF) predominam, até o momento, na Zona Glacial Norte, na Zona Glacial Sul e nas costas da América Central.[6]

Figura 1 - Desenho esquemático do gênero Phalacrophorus.

Taxonomia e filogenia[editar | editar código-fonte]

Fauchald, em 1977, agrupou Iospilidae dentro de Glyceriformia, táxon pertencente a Polychaeta. Posteriormente, Rouse & Fauchald (1997) mudaram essa classificação, agrupando Iospilidae dentro de Phyllodocida, que faria parte do grupo Aciculata, dentro de Palpata, este grupo irmão de Scolecida, todos dentro de Polychaeta.[2]

Como citado anteriormente, Iospilidae é uma família de afinidade incerta, atualmente dentro do grupo Phyllodocida incertae sedis, que reúne outras famílias também de posição indefinida.[1] Aciculata, Palpata e Scolecida foram extintos.

  1. a b c d Read, G.; Fauchald, K. (18 de janeiro de 2017). «Iospilidae Bergström, 1914». World Register of Marine Species. Consultado em 19 de junho de 2020 
  2. a b c d GLASBY, Crhistopher J.; HUTCHINGS, Patricia A.; FAUCHALD, Kristian; ROUSE, Gregory W.; WILSON, Robin S. (2000). Fauna of Australia - Polychaetes and Allies: The Southern Synthesis. Australia: Commonwealth of Australia. Australian Biological Resources Study/CSIRO Publishing. pp. 68, 69, 70, 178, 179. 
  3. AMARAL, A. Cecília (1996). Annelida Polychaeta: Características, glossário e chaves para famílias e gêneros da costa brasileira. Campinas, SP: Editora da UNICAMP. p. 28 
  4. Soares, Maria Cordélia (15 de setembro de 1986). «Sistema planctônico da região do emissário submarino de esgotos de Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, populações zooplanctônicas: Annelida Polychaeta». Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 20 de junho de 2020 
  5. TOVAR-FARO, Bruna; LEOCÁRDIO, Michele; PAIVA, Paulo Cesar de. Distribution of Iospilidae (Annelida) along the eastern Brazilian coast (from Bahia to Rio de Janeiro). Proceedings of the 3rd Brazilian Congress of Marine Biology” A.C. Marques, L.V.C. Lotufo, P.C. Paiva, P.T.C. Chaves & S.N. Leitão (Guest Editors). DOI: 10.3856/vol41-issue2-fulltext-11
  6. «Occurences». Global Biodiversity Information Facility (GBIF). Consultado em 27 de junho de 2020