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Peter Andrew Jones (nascido em 14 de dezembro de 1951 [1]) é um artista e ilustrador britânico que produziu um grande número de ilustrações para os gêneros de fantasia e ficção científica. Durante uma carreira profissional de mais de 43 anos, ele criou capas de livros, cartazes de filmes, publicidade e jogos, além de contribuir com muitos programas e projetos de televisão da BBC londrina e TV comercial.

PRIMEIROS PASSOS

Peter Andrew Jones nasceu na pobreza da Grã-Bretanha pós-guerra em Islington, no norte de Londres, filho de Reginald, engenheiro, e Catherine Jones [2].

Demostrando interesse nas artes visuais desde cedo, ele descreve a Londres de sua infância como “smog-ridden and grey” com poucas opções do que fazer e usou a pintura para preencher seu tempo e "colorir seu mundo [3]. Ele também começou a desenvolver um amor duradouro pela aviação e tecnologia espacial incentivada por kits da Airfix e desenho de aeronaves de combate na RAF Leuchers na Escócia quando visitava os parentes de sua mãe em Fifeshire. Na escola ele continuou a interessar-se pela arte e ganhou numerosos prêmios escolares por seu trabalho. Muitas visitas de domingo com seus pais nas galerias London’s National e Tate, mesmo antes dos 12 anos de idade, ainda fixaram seu interesse em uma futura carreira no campo. [4].

Com o incentivo de seu tutor de arte, Bob Spearman, Peter Andrew Jones frequentou a Saint Martins School of Art em Londres, em 1970, onde estudou design gráfico, formando-se em 1974 [5]. Na faculdade, um palestrante visitante sugeriu que Jones combinasse seu interesse no realismo com habilidades imaginativas, atraindo Jones para os campos da Fantasia e Ficção Científica [usar parte do site dele que fala isso. Ainda na St. Martins, Jones tomou a decisão de "tornar-se um ilustrador". Dentro de um mês ele produziria seu primeiro trabalho comercial para a Puffin Books, a capa do livro A Castle of Bone, de Penelope Farmer [6].

Iniciaram-se assim várias décadas de produção de artes de capa para publicações de fantasia e ficção científica. Durante sua carreira, ele forneceu artes de capas de livros para autores como Isaac Asimov, Ray Bradbury, Arthur C. Clarke, Greg Bear, Larry Niven, Philip K. Dick, Marion Zimmer Bradley e Harry Harrison. Uma antologia das obras de Jones foi publicada sob o título Peter Jones: Solar Wind, pela editora Paper Tiger, em 1980. Desde 1999, publica seus próprios livros através da sua empresa atual, juntamente com várias outras edições e volumes dos mesmos.

Ele também produziu imagens para publicidade cinematográfica, criando os pôsteres dos filmes The Sword and The Sorcerer e Alligator. Contribuiu no início dos anos 80 para programas de televisão, incluindo a comédia da BBC The Two Ronnies Show e a adaptação de The Tripods. Produziu ilustrações de capa para empresas de videogames como US Gold, Psygnosis e Virgin Interactive.

Peter Andrew Jones trabalhou na série de livros-jogos Fighting Fantasy, de Steve Jackson e Ian Livingstone, na década de 1980, criando a capa original para o primeiro título da série em 1982 – The Warlock of Firetop Mountain. Muitas vezes a ele é atribuída uma inovação na arte de capa , pois a ilustração para a capa de The Warlock of Firetop Mountain [7] foi projetada com espaço para o título no centro da capa, e não no seu topo. No entanto, foi algo que ele fez depois de ser chamado para “algo revolucionário" – pedido dos próprios editores. Inspirado pelos layouts de muitos títulos de romances americanos na época dados a ele por um editor holandês em Roterdã, enquanto viajava para a Feira do Livro de Frankfurt, Jones decidiu quebrar a tradição no mercado britânico e usar um layout semelhante [8]. Ele forneceu várias outras obras para a série, como Starship Traveller [9], Talisman of Death [10] e The Riddling Reaver [11], bem como mais de vinte ilustrações de capa para os livros-jogos da série Lone Wolf de Joe Dever [12] e várias capas para a série Falcon [13], de Mark Smith e Jamie Thomson. Também durante este tempo, vários trabalhos de Jones apareceram nas capas da revista White Dwarf da Games Workshop. Das capas de revistas, Jones passou a produzir a parte artística dos jogos de tabuleiro dos livros-jogos da Games Workshop The Warlock of the Firetop Mountain [14] e Legend of Zagor [15]. Para a Chaosium foi responsável pela arte do RPG Stormbringer. Os processos envolvidos na produção de Jones da capa do jogo Stormbringer foram detalhados na seção Illuminations na revista White Dwarf número 90.

No final da década de 1970, Jones criou seu próprio estúdio e empresa licenciada, a Solar Wind Ltd, sediada em Fulham Road, Londres, e em seguida, em Wimbledon, em 1980, para facilitar seus trabalhos de ilustração em andamento e gerenciar seu licenciamento.

Durante a década de 1990, Jones retomou e prosseguiu seu interesse na arte relacionada à aviação, envolvendo-se com o fundo de caridade da Royal Air Force e vários pilotos da Segunda Guerra Mundial. Suas ilustrações de aviões e combate aéreo podem ser encontradas em uma variedade de livros sobre o assunto, e seu trabalho no campo foi recomendado por pilotos, incluindo George H. W. Bush.

O Solar Wind foi fechado no final da década de 1990, quando ele decidiu desenvolver trabalhos mais amplos de vários campos. Jones e seu estúdio transferiram-se para Shropshire no final de 1999, onde ainda opera sua atual empresa. Ele também desenvolve trabalhos de coleções particulares e exclusivas de seu trabalho, como Affetti, Rural Dreams, Simulacra, Tales from the wood, os seres que habitam o jardim de seu estúdio e uma série de novelas de dark fantasy intitulada Crux Millennium.

Seu mais novo projeto em andamento é o card game Simulacra: myths and legends (popularmente conhecido como S:MAL) [16], em parceria com sua esposa, Deborah Susan Jones, e seu fã e representante sul-americano Pedro Panhoca, também responsável pelo blog do artista ao público sul-americano [17].

ESTILO E TÉCNICA

Quando criança, Jones desfrutou da influência formativa da mídia popular durante a década de 1960, incluindo The Eagle’s Dan Dare, os quadrinhos de Superman e Batman (ambos da DC comics), e programas de televisão como Thunderbirds, Doctor Who e Star Trek. Mais tarde, ele foi exposto à erupção de fenômenos culturais alternativos da década, descobrindo artistas como Robert Crumb, Mick English e Martin Sharp, e a Pop Art, assim como Peter Blake e David Hockney. Considerou a arte de Salvador Dalí como "ciência fantástica", sendo ela uma influência orientadora durante seus primeiros anos de trabalho. Enquanto estava na faculdade, tomou conhecimento de artistas e ilustradores como Norman Rockwell, Andrew Wyeth e James Bama, ilustrador frequente dos livros de Doc Savage. Bama, em particular, teve um impacto duradouro na arte de Jones com seus trabalhos sobre o gênero artístico do Oeste norte-americano. Jones ainda o considera tanto um gênio quanto sua maior influência no trabalho.

Os trabalhos de ficção científica e fantasia de Jones tendem a trazer personagens centrais no centro das imagens com paisagens mundanas como pano de fundo.

Jones trabalha principalmente com pintura a óleo misturada manualmente com tinta acrílica, usando um meio de pintura único que ele nomeou de "acryloil". Nos últimos anos, ele também adotou o uso de um computador Macintosh e um tablet para desenho. Os trabalhos artesanais de Jones, vendidos através do seu site, às vezes são adornadas com ouro e pigmentos raros, como lápis lazuli.

As ilustrações de capas de produtos, tais como o RPG Stormbringer, são realizadas em camadas alternadas de óleo e cores acrílicas, incluindo o uso de um aerógrafo, em um suporte de placa dura, em caso de emulsão. No caso de Stormbringer foi levemente despejado com gesso. O editor de arte da White Dwarf, John Blanche, disse que Jones pregou em Elric “seu forte senso de design (de Jones) e a escolha dramática de cores combinaram para produzir a imagem definitiva de Elric, batalhador insano albino, dominado por sua espada demoníaca, a Stormbringer”.