Usuário(a):PriscilaNS/Testes
Esta é uma página de testes de PriscilaNS, uma subpágina da principal. Serve como um local de testes e espaço de desenvolvimento, desta feita não é um artigo enciclopédico. Para uma página de testes sua, crie uma aqui. Como editar: Tutorial • Guia de edição • Livro de estilo • Referência rápida Como criar uma página: Guia passo a passo • Como criar • Verificabilidade • Critérios de notoriedade |
Cláudia Silva Ferreira, trabalhadora e mãe de família de 38 anos, morreu depois de ter sido baleada durante uma operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro no Morro da Congonha, na zona norte do Rio, no dia 16 de março de 2014.[1] Ainda ferida, Cláudia foi colocada no porta-malas de uma viatura policial por três policiais que alegaram que a levariam para um hospital. Durante o trajeto, seu corpo caiu para fora do porta-malas e, preso por uma roupa, ficou pendurado e foi arrastado por 350 metros na Estrada Intendente Magalhães. A cena foi filmada por um cinegrafista anônimo (que seguia no carro atrás da viatura) e o vídeo foi divulgado pela imprensa[2], gerando grande repercussão nacional e internacional. Cláudia já chegou ao hospital sem vida, e o laudo pericial depois constatou que a causa de sua morte foi um tiro que atingiu o coração e o pulmão.[3]
Cláudia, que era conhecida por Cacau, era mãe de quatro filhos e cuidava de outros quatro sobrinhos, com idades entre 5 e 18 anos.[4] Caminhava para comprar pão para o café da manhã quando foi baleada. Ia completar 20 anos de casada no ano em que morreu. Trabalhava como auxiliar de serviços num hospital.
Em abril de 2014, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro firmou um acordo com o Governo do Estado do Rio para garantir indenização por danos morais e materiais à família.[5] No mês seguinte, em maio, seis policiais envolvidos no caso foram indiciados por crimes incluindo homicídio doloso e fraude processual. No entanto, em julho do mesmo ano eles já haviam voltado a trabalhar[6] e, em outubro, se livraram de ter que enfrentar a Justiça Comum.[7]
No aniversário de um ano da morte de Cláudia, nenhum policial havia sido responsabilizado por sua morte.[8]
Dos policiais que transportavam Cláudia quando ela foi arrastada, dois deles --os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo, do 9o Batalhão da Polícia Militar-- já tinham, antes mesmo do caso da Cláudia, envolvimento em casos que resultaram na morte de pelo menos 69 outras pessoas durante supostos tiroteios registrados como "autos de resistência" entre 2000-2014. [9]
- ↑ «Claudia Silva Ferreira: morta em ação policial, tornada invisível pela mídia · Global Voices em Português». Global Voices em Português. Consultado em 15 de março de 2016
- ↑ «Viatura da PM arrasta mulher por rua da Zona Norte do Rio. Veja o vídeo». Extra Online. Consultado em 15 de março de 2016
- ↑ «PMs presos por arrastar mulher são alvo de 62 ações - Notícias - Cotidiano». Cotidiano. Consultado em 16 de março de 2016
- ↑ Vídeo, Jornal A Nova Democracia: "Cláudia Ferreira, Cacau, mãe, trabalhadora assassinada pela PM do Rio"
- ↑ «Família de Claudia Ferreira será indenizada por danos morais e materiais - Rio - O Dia». O Dia. Consultado em 16 de março de 2016
- ↑ «PMs acusados de matar e arrastar Cláudia voltam a trabalhar no Rio». Rio de Janeiro. Consultado em 16 de março de 2016
- ↑ «PMs do caso Cláudia se livram de responder ação na Justiça comum». Rio de Janeiro. Consultado em 16 de março de 2016
- ↑ «Um ano sem Claudia e sem culpados». EL PAÍS. 20 de março de 2015. Consultado em 16 de março de 2016
- ↑ «PMs presos por arrastar vítima estão envolvidos em 62 ações que resultaram em morte - Brasil - Estadão». Estadão. Consultado em 15 de março de 2016