Usuário(a):Sara18ga/Audiometria condicionada

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A Audiometria Condicionada é uma técnica, para fins de testes auditivos, que associa o estímulo sonoro à uma reação da criança[1]. A criança é treinada, pelo fonoaudiólogo, para associar um estímulo auditivo com um estímulo visual, de forma que ela consiga apontar, encaixar ou olhar para o objeto ao ouvir o som, geralmente são utilizados brinquedos para direcionar a atenção ao exame e que a resposta seja fidedigna da criança. Este exame é feito, de preferência, com crianças maiores que 2 anos, as quais possam entender a dinâmica do som ser apresentado e ela responder por meio de um jogo de encaixe ou outro. A partir dos 3 anos, geralmente, se torna possível a realização da Audiometria Tonal Liminar (em que a resposta é apenas levantar a mão e indicar que ouve o som que vai ficando cada vez mais baixo), porém, depende da aceitação e entendimento da criança.

Para crianças menores de 3 anos, a técnica usada para avaliar a audição é a Audiometria com Reforço Visual (VRA)[2][3], este exame pode ser feito na faixa etária de 6 meses a 2 anos e meio. O teste consiste na apresentação de um estímulo auditivo e a cada localização correta a criança recebe um reforço visual (brinquedos luminosos), sendo a resposta o reflexo de orientação.

Para crianças menores de 6 meses é avaliado o Teste dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico pesquisando o limiar eletrofisiológico para obter-se o valor mais próximo do limiar psicoacústico. É um teste objetivo, que não depende da resposta da criança.

Objetivo[editar | editar código-fonte]

Exemplo de audiometria em adulto. A pessoa fica dentro da cabina acústica com fone de ouvido e a fonoaudióloga, que está fora da cabina, apresenta sons que vão ficando cada vez mais baixos e o paciente precisa responder levantando a mão, toda vez que escutar o som, até que ele ouça muito baixo e responda 50% das vezes. Dessa forma é achado o limiar auditivo da pessoa.

Esse exame tem como objetivo conseguir o limiar de audição da criança, o nível mínimo de audição, o quanto que ela consegue ouvir. Sendo muito importante para fins médicos e terapêuticos.

Como é realizado[editar | editar código-fonte]

O exame é feito de preferência em uma cabina acústica com a criança sentada em uma cadeira e com fone de ouvido, contudo, pode ser feito em campo livre (sem fones de ouvido), sendo importante ressaltar que desse último jeito as respostas são analisadas binauralmente (ambas as orelhas) e podem demonstrar os limiares (nível de audição mínimo) de apenas uma orelha, a orelha considerada "melhor", com o limiar mais baixo.

Inicialmente a criança deverá ser condicionada pelo fonoaudiólogo, o qual apresentará sons em intensidades mais altas, com o intuito da criança realmente ouvir o som, que pode estar saindo do fone de ouvido ou das caixas de som de dentro da cabina. A criança deverá encaixar as peças dos brinquedos cada vez que ouvir os sons[4]. A audiometria lúdica ou condicionada demanda um treinamento prévio para que a criança aprenda a responder ao som por meio de um brinquedo, jogo de encaixe ou outra brincadeira, diferentemente do adulto, que apenas levanta a mão ao ouvir o som. Dessa forma, o profissional que irá fazer o exame deve ensinar como que "responde", para a criança associar que cada vez que ouvir um estímulo sonoro, uma peça do jogo deve ser encaixada. Jogos comuns incluem jogar bolas em baldes, colocar anéis em pedaços de madeira, entre muitos outros.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Santos, Maria Jaquelini Dias dos (8 de novembro de 2016). «Avaliação audiológica infantil: a utilização da audiometria com reforço visual com estímulos de fala». Bauru. doi:10.11606/t.25.2016.tde-07112016-112359. Consultado em 7 de maio de 2022 
  2. Vieira, Eliara Pinto; Azevedo, Marisa Frasson de (junho de 2007). «Audiometria de reforço visual com diferentes estímulos sonoros em crianças». Pró-Fono Revista de Atualização Científica: 185–194. ISSN 0104-5687. doi:10.1590/S0104-56872007000200007. Consultado em 17 de junho de 2022 
  3. Thompson, Gary; Wilson, Wesley R.; Moore, John M. (1 de fevereiro de 1979). «Application of Visual Reinforcement Audiometry (VRA) to Low-Functioning Children». Journal of Speech and Hearing Disorders (1): 80–90. doi:10.1044/jshd.4401.80. Consultado em 18 de junho de 2022 
  4. Vieira, Eliara Pinto; Azevedo, Marisa Frasson de (junho de 2007). «Audiometria de reforço visual com diferentes estímulos sonoros em crianças». Pró-Fono Revista de Atualização Científica: 185–194. ISSN 0104-5687. doi:10.1590/S0104-56872007000200007. Consultado em 7 de maio de 2022