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Usuário(a):Shimejito Urban Farms/Testes

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Biolitical[editar | editar código-fonte]

É um livro escrito por Adriel Rodrigues, lançado em 2020. Durante a pandemia e com a maior crise económica do século XXI, Adriel coloca as suas visões sociais e económicas de uma sociedade 5.0.

Por termos chegado num ponto de divergência generalizada no nosso tempo, cultura, economia e política. As cicatrizes que serão deixadas pelo COVID-19 podem ser maiores ou menores dependendo das ferramentas a utilizar para reconstruir a relação do ser humano com o planeta. A Sociedade 5.0 trata-se de uma visão de organização que resgata a responsabilidade do indivíduo em suas atribuições sociais, entregar ferramentas com base em exemplos reais e compatíveis com a cronologia.

Quanto mais pessoas souberem utilizar as ferramentas disponíveis, mais rápido a humanidade reverterá pequenos problemas que ainda limitam um crescimento sustentável. Biolitical oferece uma reflexão e observação coerentes dos desafios de hoje para evitar erros amanhã.

Capítulo 1 - Como Chegamos até aqui[editar | editar código-fonte]

Este capítulo começa falando sobre a agricultura, e como ela foi uma invenção tecnológica importantíssima para as sociedades humanas, pela primeira vez ficamos capazes de armazenar energia para as comunidades.

Realçando as transformações sociais advindas da agricultura que promoveram mudanças de relação com a natureza até hoje verificadas, como por exemplo a necessidade de transformação do ambiente para a melhor produtividade das espécies vegetais ou animais. Deixando assim uma reflexão ao leitor: “Fomos nós que dominamos a natureza, ou as espécies como trigo, cevada ou arroz que dominaram e de certa forma "escravizavam" o ser humano?”

Capítulo 2 - Como  construímos a economia até agora, o que é moeda?[editar | editar código-fonte]

Com a organização das primeiras sociedades, era necessário que o resultado das produções agrícolas fossem distribuídos entre indivíduos e sociedades vizinhas. Era necessário uma ferramenta que pudesse de forma universal dar acesso a serviços e produtos, assim surgiu o conceito de moeda que nada mais é que uma ferramenta que representa uma referência de valor, ou seja, com a posse de um objeto de confiança geral daquele grupo que o aceitasse, que fosse de fácil transporte.

Capítulo 3 - Afinal de contas o que é a tecnologia[editar | editar código-fonte]

Tecnologia envolve uma série de processos que se apoiam em conhecimento adquirido para resolver problemas de uma forma mais eficiente que o existente.

A necessidade de ir do ponto A ao ponto B já existia, os carros já existiam, os táxis também, já uma aplicação que permitisse que alguém com uma vaga no carro e alguém que precisava de um transporte interagissem, não. A primeira necessidade para criar uma nova tecnologia é a identificação de um problema. Segundo, é muito importante que você verifique se é possível e plausível resolver esse problema identificado. Terceiro, meios. Se identificou o problema, viu que não existe uma solução melhor que a sua, que é plausível e possível, é hora de verificar se há meios de validar a sua ideia. Quarto, utilizadores. Se a sua solução é destinada a um grupo de pessoas, empresas, institutos etc. valide se utilizariam sua tecnologia, se quer fazer dessa tecnologia uma fonte de rendimento para você e para mais pessoas, pergunte também se eles pagariam e quanto pagariam para que seu problema fosse resolvido. Se não há utilizadores o problema não existe.

Capítulo 4 - As Corporações[editar | editar código-fonte]

O que são? Onde vivem? O que comem ?

São ideias poderosas que foram executadas para atingir um propósito. O único perigo é quando as ideias das corporações não são boas e causam impactos negativos para os que existem à sua volta. Uma corporação não possui a moral ou ética que um indivíduo plenamente capaz deve possuir, a maior parte delas são orientadas única e exclusivamente para a mais valia, sem importar se os métodos para obter o resultado são bons, éticos ou coerentes. No nosso mundo globalizado para uma corporação existir é necessário que uma autoridade faça o registro, assim como uma pessoa só passa a existir após seu registro de nascimento. As corporações existem no universo desta segunda camada de realidade em que vivemos chamada lei, se a lei muda as corporações tem que mudar, não o inverso. Só que nós criamos um problema gigante no último século e permitimos que algumas corporações ficassem maiores que a lei, e consequentemente maiores do que as pessoas.

Capítulo 5 - Dualidade filosófica na economia                                                                          [editar | editar código-fonte]

Algumas pessoas insistem que há alguns mistérios sobrenaturais agindo na vontade dos indivíduos, consequentemente da sociedade e obviamente nas relações entre seus atores. Existem na economia, como em qualquer área da ciência, fenómenos observáveis e relações complexas de causa e efeito. Exemplo de hoje dia 24 de abril de 2020, onde pela primeira vez a cotação, ou seja, o preço de compra e de venda do Real brasileiro em relação ao Euro ultrapassa seis unidades para uma. Toda vez que deixamos a tal “mão invisível” operar, observamos que de invisível ela não tem nada. Corrupção, fraude, exploração, mortes e escravidão, são apenas alguns dos problemas criados quando há um monopólio de poder centrado em indivíduos, seja ele económico, social, político ou tecnológico. Todo monopólio concentra poder, consequentemente para se manter no poder precisa sufocar seus concorrentes, infelizmente às vezes isso vai além da mão invisível e ela pode se materializar puxando um gatilho para manter tal propósito. Como sabemos o grande trabalho de Marx foi demonstrar que há uma luta de classes e lá no século XIX, essa luta era evidente. Mulheres e crianças trabalhavam 14 horas por dia ou mais, os camponeses expulsos das quintas para tentar a sorte nas cidades industrializadas viviam em cortiços dentro de contaminações de cólera e tuberculose, com o fumo das máquinas a vapor a reduzirem a sua qualidade respiratória, ficavam totalmente entregues ao abuso do álcool, ópio, altos índices de criminalidade para nada, simplesmente pela ganância de seus patrões. O Mercado no século XIX seguia à risca o que Adam Smith falava, resguardando esses maus patrões sob a ideia do progresso, na sua maior parte protestante ou judia, os grandes industriais e banqueiros não tinham repreensão moral para continuar a atuar.

O Marx, já tinha identificado os problemas de um sistema sem controlo  e quando a humanidade teve seus maiores crescimentos económicos e sociais, foi justamente aplicando um “mix” que chamamos de Social Democracia, onde houve um equilíbrio e distribuição direta pelo Estado para suas populações. O meu único problema com a Social Democracia é que ela não pensava que empresas que podem fazer o que quiserem com o seu lucro vão buscar procurar formas de lucrar mais, e concentrar mais riqueza nas mãos dos seus donos.

Capítulo 6 - A era do capital improdutivo[editar | editar código-fonte]

Em 2009 uma tecnologia que começou a ser desenvolvida nos primórdios da internet, revolucionou de uma vez só a qualidade de confiança e segurança na rede, o anonimato e virou de cabeça para baixo as regras da economia atual. Até hoje poucas pessoas entendem que a principal ferramenta que possibilita a existência e funcionamento da bitcoin é a blockchain. Através de uma rede descentralizada, um algoritmo que a cada vez que localiza um pacote de dados, adiciona permanentemente em seu histórico que determinados dados são verdadeiros e torna impossível uma cópia dos mesmos na rede. Essa validação é feita quase instantaneamente por computadores que estejam no sistema, cria uma carteira pública onde você pode verificar as transações de movimentação dos dados e mantém a identificação de quem os movimenta de forma privada e anónima. Permitindo que dados sejam anonimamente transacionados de forma análoga a uma moeda, ou papel moeda, com atribuição de valor pelos utilizadores, com escassez e segurança. Uma das grandes características da blockchain é ser descentralizada e cada um dos blocos de dados poder gerar consenso em toda a rede. É a democracia ao extremo em termos de código. O anarquismo essencialmente é um movimento de esquerda, onde todos empoderados individualmente cooperam para criar estruturas de poder igualitárias. Refutando a necessidade de um centralizador de poder e é livre para que cada indivíduo coordene a vida da forma mais apropriada para si e para seu crescimento pessoal, numa sociedade onde todos possam desenvolver-se por igual, respeitando os limites do próximo. Os anarcocapitalistas se apropriaram do discurso libertário e encontraram no neoliberalismo uma filosofia económica, o campo perfeito para disseminar a busca pelo capital de forma desenfreada, se aproveitando da internet para fazer dela o palco do seu pensamento destrutivo.

Capítulo 7 - É hora de juntar tudo[editar | editar código-fonte]

Startups, são um protótipo de uma futura corporação, um grupo de pessoas boas tentando concretizar uma ideia escalável globalmente por propósitos que beneficiem o planeta e a vida. Infelizmente, conhecemos muitas dessas empresas que apenas têm traduzido para o século XXI os vícios e problemas de desigualdade, exploração, escravização de pessoas e comunidades, criar um algoritmo para resolver um problema intrínseco de um sistema corroído só vai fazer esse sistema durar por mais tempo. Equipa, essa é a parte mais importante de uma startup. São as pessoas que juntaram seus talentos, identificaram uma dor, e tem o mesmo propósito de resolvê-la da melhor forma. Procure na sua equipa pessoas que possuem as qualidades que você gostaria de desenvolver, e antes de entrar em uma equipa seja verdadeiro, certifique-se que você possui o talento que eles precisam e têm o mesmo propósito deles. Dinheiro pode parecer o principal problema de uma startup, e na verdade é um dos maiores. O suporte financeiro é uma característica essencial para que as pessoas dediquem o seu tempo num projeto, isso não quer dizer que você precisa estar 100% dedicado a startup logo nas fases iniciais. Quer dizer que a hora de jogar tudo para cima varia de pessoa para pessoa, mas é muito melhor concentrar um bom tempo de pesquisa sobre o mercado que pretende trabalhar, a necessidade de dinheiro para se manter, e estabelecer as metas de crescimento compatíveis com sua paciência de continuar fazendo o que faz hoje.

Capítulo 8 - A Sociedade 5.0[editar | editar código-fonte]

Ao mesmo tempo em que dominamos conhecimento a nível atómico, somos capazes de aceitar que a desigualdade acabe com milhares de vidas no planeta em que vivemos. Ao mesmo tempo que temos uma informação imaginável na ponta dos dedos, vivemos um mundo de extrema vigilância e insegurança. Obviamente é essa dualidade que nos trouxe a extrema polarização nos campos sociais, políticos e económicos não funciona.

Precisamos de convergência, precisamos de objetivos claros e que estão preocupados com o nosso futuro enquanto civilização evoluída, capaz de prover abundância de recursos e liberdade, consciente do seu papel protetor da vida neste planeta para essa e para as próximas gerações.  O resultado do esforço dá início a Sociedade 5.0, muito bem esboçada pelo menos nas suas cidades na obra de Jacque Fresco.

Mudar o nosso comportamento de consumo já é um grande passo e para tanto, identificar nosso microcosmo económico dos serviços que consumimos e criamos mudará radicalmente o tipo de projetos e ações em que vamos investir. O status quo vai mudar. Isto tudo significa muita liberdade, ser um nómade digital, ter um ecossistema de confiança, com menos desigualdade e a possibilidade de mudarmos completamente os desafios do século que apenas começou. O início pode ser a guerra à desigualdade. No entanto o obstáculo para essa concretização, e talvez seja o mais difícil de ser superado, precisamos de uma vez por todas aprendermos a ser verdadeiros e coerentes, pois todos nós dependemos uns dos outros para que isso funcione. Os tabus mal resolvidos em todas as suas esferas sociais devem ser revistos independente da área que pertencem, social, psicológica, sexual, espiritual, educacional, profissional, financeira, política, entre tantas outras. Afinal de contas, qual o sentido de passar por essa vida se não puder ser o melhor de mim mesmo? A recompensa vale, a principal delas é a regeneração do nosso vínculo com o universo, especialmente a Terra.