Usuário(a):Valverdesantana/Príncipe Ribamar I

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Ribamar I
Brasão de Sua Alteza Sereníssima o Dom Ribamar I da Beira Fresca.
Foto do Príncipe Ribamar I da Beira Fresca, na Rua São Paulo em Juazeiro do Norte CE
Reinado 1964 - 1978
Consorte Princesa Gioconda da Vinci da Beira Fresca
Sucessor(a) Dom Ribamar II (título abolido em 1978 e restituído em 2017)
Nascimento Juazeiro do Norte,
Nome completo Joaquim Gomes Menezes
Dinastia Casa da Beira Fresca

Sua Alteza Sereníssima o Dom Ribamar I, Príncipe Titular da Beira Fresca[1] e dos Juazeirenses (nascido Joaquim Gomes Menezes, Juazeiro do Norte, Brasil) foi o primeiro príncipe-titular da Beira Fresca e chefe da Casa Principesca de mesmo nome, um dos mais célebres juazeirenses de todos os tempos, sendo citado em livros e inspirando cordéis[2] o roteiro do filme "O Príncipe Carpinteiro".

Reinado[editar | editar código-fonte]

O príncipe Ribamar, nasceu e cresceu em Juazeiro do Norte[3], cidade onde faleceu em 1978. Se autoproclamou príncipe da Beira Fresca na década de 60, embora alguns duvidassem de sua nobreza, era amado por muitos e foi aclamado por diversas vezes por milhares de habitantes de sua cidade, sendo figura constante nos palanques em dias de festa.

Em vários relatos sobre o Príncipe Ribamar, temos o depoimento de que se tratava de um exímio carpinteiro, que abandonou a profissão para perambular pelas ruas de Juazeiro do Norte e mostrando as condecorações recebidas, simbolizadas em medalhas penduradas na sua incrementada vestimenta[3]. O Príncipe Ribamar faleceu em 1978 e como todo príncipe que se preze, sua morte foi notícia de jornal e todas despesas foram custeadas pelo poder público municipal de Juazeiro do Norte em reconhecimento a sua contribuição a identidade e cultura do povo que o aclamou e o saudou por mais de uma década como seu príncipe, sendo considerado de fato um príncipe pelas autoridades, tendo hoje, uma rua com seu nome no Bairro Carité, a Rua Príncipe Ribamar (CEP 63017090).

Projetos[editar | editar código-fonte]

Seus planos e projetos eram dos mais grandiosos e criativos, como exportar couro de sapo, desviar o curso do rio que passava pela cidade de Barbalha, para que este fizesse parte do município de Juazeiro do Norte. Também fez a planta de um prédio que deveria ser construído no subterrâneo da Serra do Horto, para que não fosse alagado quando o Rio Jordão (na realidade Rio Salgadinho) desencantasse.

Dois dos mais famosos projeto do príncipe foram a Fábrica de Engarrafar Fumaça para combater insetos e a Fábrica de Desentortar Bananas.

No campo bélico, Sua Alteza planejava criar a Cavalaria Marítima da Beira Fresca, que seria composta por voluntários juazeirenses que se disporiam a servir ao príncipe como mercenários mantenedores da paz mundial, assunto com o qual já se preocupava na década de 1960 e para isso cunhava comendas que seriam dadas aos ilustres.

Noivado[editar | editar código-fonte]

Certo dia, veio ao encontro do então Joaquim Gomes Menezes, uma jovem mulher, muito bem vestida, dizendo-se princesa. No meio de sua conversa, ela lhe propôs casamento e um mundo de nobreza. Daquele dia em diante, Joaquim foi aos poucos abandonando sua profissão e tudo o mais que o ligava ao mundo dos plebeus. Encomendou novas e galantes vestimentas, ganhou identidade real e por anos, alimentou a ideia de ser o Príncipe Ribamar I.

Passou a circular pela cidade, imponente, sempre com uma maleta à mão e carregado de ornamentos. A princesa nunca mais voltou, mas vez por outra, chegavam às mãos de Ribamar I, cartas escritas por uma certa Princesa Gioconda, do Reino da Eslóvia, e entre elas, uma foto do quadro La Gioconda (Monalisa) de Leonardo da Vinci, o que o príncipe guardava como seu mais valioso tesouro, apresentando a todos como sua noiva, a qual, conferiu o título de Princesa Gioconda da Vinci da Beira Fresca.

Uma dessas cartas dizia que estava sendo enviada pela corte real grande quantia em dinheiro para ser entregue ao Príncipe Ribamar, o que causou considerável transtorno entre o príncipe e o gerente do banco local, em outra versão, o príncipe acredito que a fortuna lhe fora enviada por seu primo falecido, Rei Faiçal do Iraque[4].

Sua Alteza Sereníssima faleceu em 1978 e nunca soube que a Princesa Gioconda não passava de uma brincadeira ocorrida no carnaval, assim como a identidade real da mesma, ou, a autoria das tão famosas cartas.

Importância[editar | editar código-fonte]

Segundo o historiador e sociólogo alemão Doutor Titus Riedl, Joaquim Gomes Menezes, foi um dos mais importantes personagens da história caririense, sendo definido por ele, como o mais rico deles. Segundo o ator José Wilker em entrevista publicada na Revista Globo Rural[5], o aeroporto regional de Juazeiro do Norte deveria se chamar Aeroporto Príncipe Ribamar, pois foi este príncipe que descampou a região com a finalidade de receber sua amada Gioconda que por anos esperava vir de barco e como não chegava, correu pela cidade convocando seus súditos para remediar o problema construindo assim com campo de pouso para que sua amada pudesse vir, inúmeras pessoas aceitaram a empreitas, muitos apenas como uma forma de chacota, nem se deram conta que estavam a seguir e obedecer os mandos de um soberano como servos de senhores feudais. A obra foi concluída e o aeroporto ficou pronto, na realidade, apenas uma longa clareira aberta no Vale do Cariri, delimitada de um lado por um jardim plantado com capricho e de outro, por um pomar de juazeiros e mangueiras. O príncipe esperou com seus companheiros e os dias se passaram, os companheiros se foram e ele continuou sentado no chão, olhando para cima, tanto tempo se passou a espera se sua amada. Anos mais tarde o governo decidiu construir um aeroporto real no local escolhido pelo Príncipe Ribamar I.