Usuário(a):Yumi Kitaguti/Testes/Q62064765, Obra de arte

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Cura de sol
Yumi Kitaguti/Testes/Q62064765, Obra de arte
Autor Eliseu Visconti
Data 1919
Gênero retrato familiar
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 157 centímetro x 104 centímetro
Localização Museu Nacional de Belas Artes


Cura de sol é uma pintura de Eliseu Visconti. A sua data de criação é 1919. A obra é do gênero retrato familiar. Encontra-se sob a guarda de Museu Nacional de Belas Artes.[1]

Embora tenha pertencido ao movimento artístico Impressionismo. Era um artista eclético e sofreu influência de movimentos como: Impressionismo europeu e as tendências contemporâneas (Art- Nouveau, o Simbolismo, o Pontilhismo e o Impressionismo), buscando a atualização das artes no país. Essas são uma das características de seu estilo. Também se nota em suas pinturas, presença de características e tecnicas marcantes do Renascimento, do Naturalismo e do Pontilhismo. [2] [3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

 A obra foi produzida com tinta a óleo, tela.Suas medidas são: 157 centímetros de altura e 104 centímetros de largura.[1]

Inicialmente não continha as duas mulheres apresentadas na obra, em primeiro plano só havia a mulher que usa vestimentas rosa recostada em na cadeira de lona tendo uma sombrinha nas mãos. E no final foi incluída a mulher com vestimentas azuis. As duas mulheres se tratam da esposa e da filha de Visconti, a esposa é Louise Alexandrine Palombe (vestimenta rosa) e a filha Yvone (vestimentos azuis).[4]


Contexto[editar | editar código-fonte]

A ligação com a família era nítida nas obras de Visconti, sua preferencia para modelos eram seus familiares que estão presentes em diversas de suas obras, o que tornava-o um pintor de família. O mesmo dizia: "A família, primeiro; a arte, depois. Uma não é incompatível com a outra, como muitos pensam. Ao contrário, as duas se completam.”[5]

Louise Alexandrine Palombe foi companheira de Visconti desde 1898 e sua esposa pelo resto da vida com que teve três filhos. Exerceu uma influência na vida tanto pessoal quanto artística de Visconti. Foi discípula de seu marido e se dedicou na especialização em técnica de aquarela. Ela se tornou uma figura marcante e inspiradora em suas obras. [6] [7]. Outra discípula de Visconti foi a filha e primogênita do casal, Yvone Visconti, que após seu casamento com o pintor Henrique Cavalleiro, também discípulo de seu pai, veio se a chamar, Yvone Visconti Cavalleiro.

Yvone Visconti Cavalleiro se dedicou as artes e estudou pintura com André Lhote (anos 50) e gravura com Goeldi, mas suas primeiras lições foram de seu pai quando ainda residiam na França. Fez estudos de arte decorativa na Escola Politécnica do Rio de Janeiro (1935 a 1937). Junto com seu pai colaborou na realização dos painéis do Plácio do antigo Conselho Municipal do Rio de Janeiro. Participou diversas vezes do Salão Nacional de Belas Artes, posteriormente Salão Nacional de Arte Moderna (1924 a 1964), obteve premiações em arte decorativa, arte a qual se dedicou.Exposições póstumas de sua obra foram realizadas no Salão do Antigo Palace Hotel (1965), na Galeria Decor (1966), ambas no Rio de Janeiro, e na Galeria Arte Global (1973), em São Paulo. Tornou-se uma artista de grande sensibilidade. [8] [9]

Análise[editar | editar código-fonte]

As mulheres nas pinturas eram as protagonistas e eram retratadas com traços de simplicidade, inteligência e carinho. Sempre aproveitando da qualidade decorativa do perfil e dos cabelos femininos, o pescoço inclinado e a face oval, as linhas curvas tão apreciadas na época. A mulher nunca é representada como débil ou oprimida. Ao contrario, é sempre segura de si e consciente do seu poder que, atinge aos homens de maneira oposta àquela da mulher fatal. Mas Visconti nunca se afasta do lado luminosa na escolha da forma e do conteúdo. [10]

Visconti trás exemplos perfeitos da interação entre homem e natureza, a obra Cura de Sol, tem essa ideia explicitada, não apenas no tema representado, como no próprio titulo. [11]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Frederico Barata, amigo e principal biografo e autor do primeiro livro sobre o pintor, Eliseu Visconti e Seu Tempo, de 1944. Divide a obra em duas fases: anterior e posterior a união com Louise. [12] [13]

Para Maria Izabel Branco Ribeiro, autora do livro Eliseu Visconti – Coleção Grandes Pintores Brasileiros – 18. Escreve sobre ela: “A composição foi elaborada com cuidado: a inclusão do chapéu e das figuras masculinas trabalhando ao fundo, à direita, são fundamentais para a determinação do sentido de espaço e profundidade. A escolha de Louise e Yvonne para seus modelos confirma o envolvimento de Visconti com a vida familiar, independentemente de ser essa composição uma cena pictórica fictícia ou um flagrante da vida doméstica. […] Louise, a personagem principal, descansa com o livro fechado ao colo, iluminada pelos raios de sol, enquanto Yvonne interrompe a leitura e levanta os olhos por um momento. A pincelada em ambas as figuras e na vegetação lembra algumas obras do francês Pierre-Auguste Renoir (1841-1919), e o modo como Visconti trabalha as sombras coloridas do vestido de Louise para torná-las distintas da estampa suave que deixa perceber sobre o rosa é significativo de seu entendimento da proposta impressionista” [14]

Para Carlos Drummond de Andrade, Louise foi o mais amado entre os modelos do pintor, e Visconti, em matéria de modelos, preferia-os familiares porque eram aqueles […] a quem, por muito amar, muito compreendia […] Tantos e tantos quadros do mestre Visconti revelam-no de fato o pintor de família. [15]

Ver também[editar | editar código-fonte]


Referências

  1. a b https://eliseuvisconti.com.br/obra/P147
  2. «Eliseu Visconti - biografia resumida, obras principais e estilo». www.suapesquisa.com. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  3. Imbroisi, Margaret (22 de agosto de 2016). «Eliseu Visconti». Historia das Artes. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  4. «A105». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  5. «O Prêmio de Viagem – 1893-1900». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  6. «O Prêmio de Viagem – 1893-1900». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  7. «A110». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  8. «Yvonne Visconti Cavalleiro obras e biografia - Guia das Artes». www.guiadasartes.com.br. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  9. «Entre a França e o Brasil – 1901-1920». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  10. «Entre a França e o Brasil – 1901-1920». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  11. Seraphim, Mirian (2006). «Um novo olhar sobre a obra de Eliseu Visconti» (PDF). Revista de História e Estudos Culturais. Consultado em 20 de novembro de 2019 
  12. «Primeiros Tempos – 1866-1892». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  13. «A110». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  14. «P147». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 
  15. «O Prêmio de Viagem – 1893-1900». Eliseu Visconti. Consultado em 12 de novembro de 2019 


Categoria:Pinturas de 1919

Categoria:Pinturas de Eliseu Visconti