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Último comentário: 10 de janeiro de 2018 de Marco Ridenti

A introdução do artigo sobre a Islamofobia continha uma frase genérica sobre o fato de o Islamismo ter sido mais tolerante com outras religiões do que o Catolicismo em toda a sua história. Ele justifica isso com o caso particular da península Ibérica.

Há vários problemas nessa frase, além da imprecisão histórica. Vou enumerar aqui todos eles:

1) Não se pode pegar um caso particular, isto é, uma sociedade específica de fundamento islâmico e tomar como regra geral. Veja que hoje ocorre precisamente o contrário: nos países islâmicos, frequentemente os cristãos são perseguidos, mortos, sujeitos a processos injustos, intimidados etc. A documentação e a evidência é farta. Considerando que os países de maioria católica há um bom tempo toleram os muçulmanos, já vemos aqui que é falso afirmar que o Islamismo foi mais tolerante a outras religiões que o Catoliscismo em toda a sua história. Não se pode pegar um caso particular, que ainda é duvidoso, sujeito a disputa, e tomar como o todo.

2) Pelos ensinamentos do próprio Alcorão, as únicas religiões que podem coexistir com o Islamismo são o Cristianismo e Judaísmo. Isso exclui todas as outras religiões. Mesmo os cristãos e judeus, são obrigados a pagar um imposto que os muçulmanos não precisam pagar. É fato bem conhecido que o valor desse imposto foi imposto arbitrariamente ao longo da história, e os cristãos dos reinos e países atuais e antigos de fundamento islâmico estiveram sempre à mercê da boa vontade dos governantes.

3) O que dizer por exemplo do genocídio dos Armênios? É considerado o primeiro genocídio da história, tendo sido uma perseguição de motivação religiosa. Se é verdade que os Espanhóis terminaram por expulsar os muçulmanos de seu território (invadido por eles, diga-se de passagem), não chegaram a ponto de produzir um genocídio em massa.

4) Além disso, a frase omitida não tem absolutamente nada a ver com a definição do termo Islamofobia. Não podemos aqui ficar aqui debatendo sobre qual religião foi mais tolerante ao longo da história. Isso não é pertinente ao caso, e, se fosse, o artigo teria que apresentar o contraditório. Mas como não vem ao caso e é completamente irrelevante à definição de Islamofobia, o mais indicado é simplesmente tirar essa afirmação.

A frase que omitimos foi a seguinte:

Por exemplo, o islã em seus primeiros momentos foi mais tolerante na Península ibérica do que a história toda do catolicismo que depois da retirada dos praticantes da primeira fé citada, associou islamofobia ao antissemitismo em seu auge.[1] --Marco Ridenti (discussão) 02h10min de 10 de janeiro de 2018 (UTC)Responder

  1. inter alia Alexandre Herculano, History of the Origin and Establishment of the Inquisition in Portugal, trans. John C. Branner, 2003