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Adicionar tópicoA introdução do artigo sobre a Islamofobia continha uma frase genérica sobre o fato de o Islamismo ter sido mais tolerante com outras religiões do que o Catolicismo em toda a sua história. Ele justifica isso com o caso particular da península Ibérica.
Há vários problemas nessa frase, além da imprecisão histórica. Vou enumerar aqui todos eles:
1) Não se pode pegar um caso particular, isto é, uma sociedade específica de fundamento islâmico e tomar como regra geral. Veja que hoje ocorre precisamente o contrário: nos países islâmicos, frequentemente os cristãos são perseguidos, mortos, sujeitos a processos injustos, intimidados etc. A documentação e a evidência é farta. Considerando que os países de maioria católica há um bom tempo toleram os muçulmanos, já vemos aqui que é falso afirmar que o Islamismo foi mais tolerante a outras religiões que o Catoliscismo em toda a sua história. Não se pode pegar um caso particular, que ainda é duvidoso, sujeito a disputa, e tomar como o todo.
2) Pelos ensinamentos do próprio Alcorão, as únicas religiões que podem coexistir com o Islamismo são o Cristianismo e Judaísmo. Isso exclui todas as outras religiões. Mesmo os cristãos e judeus, são obrigados a pagar um imposto que os muçulmanos não precisam pagar. É fato bem conhecido que o valor desse imposto foi imposto arbitrariamente ao longo da história, e os cristãos dos reinos e países atuais e antigos de fundamento islâmico estiveram sempre à mercê da boa vontade dos governantes.
3) O que dizer por exemplo do genocídio dos Armênios? É considerado o primeiro genocídio da história, tendo sido uma perseguição de motivação religiosa. Se é verdade que os Espanhóis terminaram por expulsar os muçulmanos de seu território (invadido por eles, diga-se de passagem), não chegaram a ponto de produzir um genocídio em massa.
4) Além disso, a frase omitida não tem absolutamente nada a ver com a definição do termo Islamofobia. Não podemos aqui ficar aqui debatendo sobre qual religião foi mais tolerante ao longo da história. Isso não é pertinente ao caso, e, se fosse, o artigo teria que apresentar o contraditório. Mas como não vem ao caso e é completamente irrelevante à definição de Islamofobia, o mais indicado é simplesmente tirar essa afirmação.
A frase que omitimos foi a seguinte:
Por exemplo, o islã em seus primeiros momentos foi mais tolerante na Península ibérica do que a história toda do catolicismo que depois da retirada dos praticantes da primeira fé citada, associou islamofobia ao antissemitismo em seu auge.[1] --Marco Ridenti (discussão) 02h10min de 10 de janeiro de 2018 (UTC)
- ↑ inter alia Alexandre Herculano, History of the Origin and Establishment of the Inquisition in Portugal, trans. John C. Branner, 2003
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