Usuário:Lechatjaune/Método das diferenças finitas

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Muitas vezes dispomos de um conjunto de pontos, e precisamos, por algum motivo, da informação que a derivada destes pontos pode nos fornecer, como em muitos casos de pesquisa tecnológica e de laboratórios. O Método das Diferenças Finitas é uma maneira de obter a derivada de um conjunto de pontos sem conhecer a função que passa por esses pontos, apenas utilizando Série de Taylor. Esse método pode ser separado de 3 maneiras diferentes:

  • Diferenças Progressivas;
  • Diferenças Regressivas;
  • Diferenças Centrais.

Um pouco de história[editar | editar código-fonte]

Newton em 1689

Diferenças foram popularizadas e usadas por Isaac Newton no século XVII, mas essas técnicas também foram usadas anteriormente por Thomas Harriot (1561-1621) e Henry Briggs (1561-1631). Enquanto Harriot realizou avanços significativos em técnicas de navegação, Briggs foi o responsável pela aceitação dos logaritmos como auxílio nos cálculos.

Expansão em Série de Taylor[editar | editar código-fonte]

Aproximação da derivada

A expansão em série de Taylor de uma função pode ser expressa da seguinte forma:

E a derivada f'(x) num ponto x, é:

E se for suficientemente pequeno e diferente de zero(para evitar cancelamento catastrófico), podemos aproximar a derivada no ponto por:

Diferenças Progressivas[editar | editar código-fonte]

Se queremos derivar uma função entre dois pontos e , então , a aproximação da derivada fica:

Se for maior do que 0, essa fórmula é conhecida como diferenças progressivas.

0BS.:Em tempo, cabe observar que é exatamente a diferença entre os dois pontos onde queremos aproximar a derivada.

Diferenças Regressivas[editar | editar código-fonte]

Do mesmo modo que aproximamos a derivada podemos aproximar, de maneira semelhante, e ,temos:

Se for menor do que 0, essa fórmula é conhecida como diferenças regressivas

Diferenças Centrais[editar | editar código-fonte]

Essa é outra aproximação para derivadas, utilizando um ponto central, entre os quais queremos aproximar a derivada:

Comparação dos Métodos: Um exemplo[editar | editar código-fonte]

Suponha, agora, que o nosso objetivo é aproximar a derivada de , para . Observe na tabela abaixo o que acontece quando diminuímos o intervalo entre os pontos que vamos aproximar a derivada, ou seja, o :

h Valor Exato Progressivas Regressivas Centrais
0.1 0,5403023 0,4973638 0.5814408 0.5394023
0.01 0,5403023 0,5360860 0,5445006 0.540293

Fica fácil de ver que se diminuímos o intervalo, a aproximação fica mais próxima do valor exato, isso se deve ao menor erro tanto de truncamento, como de arredondamento associados ao cálculo numérico.

Erro de Truncamento[editar | editar código-fonte]

O erro de truncamento associado ao problema, se dá da seguinte forma:

de outra forma:

Erro de Arredondamento[editar | editar código-fonte]

Quando aplicamos uma precisão nos cálculos, surge um erro de arredondamento, nesse caso dado por:

isto é,

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

BURDEN, L. Richard. FAIRES, Douglas. J. Análise Numérica. 8ª Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. ISBN 978-85-221-0601-1