Vírus da febre amarela

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Eletromicrografia de transmissão do vírus da Febre Amarela
Eletromicrografia de transmissão do vírus da Febre Amarela
Classificação científica
Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA)
Família: Flaviviridae
Género: Flavivirus
Espécie: Vírus da Febre Amarela

O Vírus da febre amarela é o principal exemplo da família dos flavivírus, e o responsável por seu nome (flavus é amarelo em latim). É encontrada em áreas tropicais e subtropicais da América do Sul e África, onde é transmitido às pessoas pela picada de mosquitos do gênero Aedes ou Haemagogus.

Características[editar | editar código-fonte]

Possui genoma é de RNA simples de sentido positivo, ou seja, pode ser usado diretamente como um RNA mensageiro para a síntese de proteínas. Produz cerca de 10 proteínas, sendo 7 constituintes do seu capsídeo, e é envolvido por envelope bilipídico. Multiplica-se no citoplasma e os virions descendentes invaginam-se para o retículo endoplasmático da célula-hóspede, a partir do qual são dispersados para outras células. Tem entre 40 e 50 nanômetros de diâmetro.[1] Os vírus se replicam nos nódulos linfáticos e as células dendríticas infectadas e são levados para os macrófagos do fígado o que leva à degradação eosinofílica destas células e para a libertação de citocinas pró-inflamatórias.[2]

Muitos danos são causados pelos complexos de anticorpos produzidos. O grande número de vírus pode produzir massas de anticorpos ligados a inúmeros vírus e uns aos outros que danificam o endotélio dos vasos, causando uma febre hemorrágica viral.

Patologia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Febre amarela

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

Locais onde o vírus pode ser encontrado

Segundo o ministério da saúde brasileiro, entre 1980 a 2004, foram confirmados 662 casos de febre amarela silvestre, dos quais 339 foram fatais, representando uma taxa de letalidade de 51%, totalizando 259 vítimas. Nenhum caso urbano é diagnosticado desde 1942.[3] Depois de 2003 houve menos de 10 casos diagnosticado por ano no Brasil.

Prevenção[editar | editar código-fonte]

Erradicar o mosquito da dengue, chikungunya e zika (Aedes aegypti) também ajudam a prevenir contra febre amarela e dengue. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde do Brasil o ano todo. Deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para o Cerrado, Amazônia ou Pantanal. A vacina pode ser aplicada a partir dos 9 meses e é válida por 10 anos, mas é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos e pessoas alérgicas a gema de ovo.[4]

O uso de aspirina agrava as hemorragias, por seu efeito anticoagulante, e pode ser fatal.

Referências

  1. Lindenbach, B. D.; et al. (2007). "Flaviviridae: The Viruses and Their Replication". In Knipe, D. M. and P. M. Howley. (eds.). Fields Virology (5th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins. p. 1101. ISBN 0-7817606-0-7.
  2. Ryan, K. J. and C. G. Ray. (eds.) (2004). Sherris Medical Microbiology (4th ed.). McGraw Hill. ISBN 0-8385-8529-9.
  3. Ministério da Saúde - histórico da febre amarela
  4. Ministério da Saúde - sobre a febre amarela