Anhambaí (canhoneira)
Anhambaí | |
---|---|
![]() Vapor Anhambaí no Parque nacional Vapor Cué | |
![]() ![]() | |
Operador | Marinha Imperial Brasileira |
Fabricante | Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro[1] |
Batimento de quilha | 1857 |
Lançamento | 1858 |
Estado | Afundado no rio Yaghuy durante a Guerra do Paraguai (1864-70). Recuperado e em exposição no Parque nacional Vapor Cué |
Características gerais | |
Tipo de navio | Canhoneira |
Deslocamento | 415 toneladas |
Comprimento | 45,72 m |
Boca | 8,1 m |
Calado | 1,2 m |
Propulsão | Velas 1 Caldeira a vapor para rodas de propulsão lateral |
- | 100 cv (73,6 kW) |
Armamento | 2 canhões de 68 libras 4 canhões de 32 libras |
Passageiros | 101 |
O Vapor Anhambaí foi um navio de guerra do tipo canhoneira da Armada Imperial Brasileira.
Características
Com casco de ferro e impulsionado por um sistema misto de velas e rodas laterais movidas por um motor a vapor de 100hp de cilindros verticais, com uma caldeira a vapor em formato retangular com duas bocas de fogo. As suas dimensões são 45,57 metros de comprimento, largura entre 6,11 metros a 8,10 metros, com profundidade de 2,44 metros e calado a 1,2 metros. Possuía quatro peças de artilharia calibre 32 libras e duas de 68 libras.[2][3][4]
Guerra do Paraguai
Em 27 e 28 de dezembro de 1864, participou na defesa do Forte Novo de Coimbra, tendo transportado toda a guarnição do forte. Na ocasião o navio era comandado pelo Capitão-Tenente Balduíno José Ferreira de Aguiar.[1]
Em 6 de janeiro de 1865, a embarcação foi capturada pelos vapores paraguaios Iporá e Rio Apá no Rio São Lourenço, no atual Mato Grosso do Sul, durante um assalto ao Forte Novo de Coimbra.[1] Esses e outros acontecimentos motivaram a declaração de guerra do Império do Brasil ao Paraguai.[2][5][6][3][4]
Esse navio é um dos que escaparam da perseguição da esquadra brasileira ao entrar no Rio Manduvirá e finalmente ingressando na região de Vapor Cué pelo Rio Yhaguy, onde permaneceu por quase um século encalhado e abandonado na lama.
Quase um século mais tarde, o seu casco, a sua caldeira e outros componentes foram recuperados por especialistas e colocados em exposição no Parque Nacional Vapor Cué, em Caraguatay, Cordillera, no Paraguai (há 100km da capital Assunção).[2]
Referências
- ↑ a b c «Canhoneira Anhambaí». Naviosde Guerra Brasileiros. Consultado em 29 de agosto de 2017
- ↑ a b c «Buques Paraguayos durante la guerra de la triple alianza: Vapor Anhambay». histarmar.com.ar. Consultado em 28 de agosto de 2017
- ↑ a b Andréa, Júlio (1955). A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro: SDGM
- ↑ a b Mendonça e Vasconcelos, Mário F. e Alberto (1959). Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. Rio de Janeiro: [s.n.]
- ↑ Nunes Borga, Ricardo (2016). Questões do Prata: Guerra da tríplice aliança 1ª ed. Rio de Janeiro: Clube dos autores. pp. 93–93
- ↑ Botelho, Stella Fontoura (2005). Amaral Ferrador: um campeador valente e destemido. Porto Alegre: Assessoria Grafica e Editorial LTDA. pp. 45–45