Volkssturm

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Volkssturm

Decreto do Führer sobre a formação da Volkssturm de 25 de setembro de 1944.
País  Alemanha Nazista
Tipo de unidade Milícia
Criação 25 de setembro de 1944
Extinção 08 de maio de 1945
Comando
Chefe de cerimonial Joseph Goebbels

Volkssturm ("Tormenta do povo"),[1][2] foi a milícia nacional alemã criada por Adolf Hitler. Homens e Mulheres entre os 16 e 60 anos foram conscritos e integrados no plano de defesa da Alemanha Nazista para conter o avanço do Exército Vermelho e das tropas dos Aliados Ocidentais.

Visão geral

A Volkssturm não foi estabelecida pelo Exército Alemão, o componente terrestre das Forças Armadas Alemãs da Wehrmacht, mas pelo Partido Nazista sob as ordens de Adolf Hitler e estabelecido em 25 de setembro de 1944.[3]

Membros da Volkssturm desfilando em Berlim, novembro de 1944

A equipe era composta por homens recrutados com idades entre 16 e 60 anos, que ainda não serviam em alguma unidade militar. A Volkssturm tornou-se um dos componentes finais da "guerra total" promulgada pelo Ministro da Propaganda Joseph Goebbels, parte de um esforço nazista para superar a força militar de seus inimigos por meio da força de vontade.[4]

As unidades da Volkssturm travaram batalhas infrutíferas contra as forças aliadas no final da guerra e, em várias ocasiões, seus membros participaram de atrocidades acompanhados por civis alemães e pela Juventude Hitlerista, supervisionados por membros dos líderes SS ou da Gau.[carece de fontes?]

Fase final

Enquanto as Cruzes de Ferro eram distribuídas em lugares como Berlim, outras cidades e vilas como Parchim e Mecklenburg testemunhavam velhas elites, atuando como comandantes militares da Juventude Hitlerista e da Volkssturm, afirmando-se e exigindo que a luta defensiva parasse para poupar vidas e propriedade.[5]

Apesar de seus esforços, os últimos quatro meses da guerra foram um exercício de futilidade para a Volkssturm, e a insistência da liderança nazista em continuar a luta até o fim contribuiu para mais 1,23 milhão (aproximado) de mortes, metade delas militares alemães e a outra metade da Volkssturm.[6][a]

Em muitas pequenas cidades, quando os principais membros da Volkssturm se recusaram a lutar contra as forças superiores dos Aliados - parte de uma tentativa de contornar a "destruição total" de suas regiões de origem - eles foram julgados e "sumariamente enforcados" por ativistas do partido.[9] Milhares foram mortos assim em Franken durante a primavera de 1945.[10]

Ver também

Notas

  1. O número apresentado pelo historiador Stephen Fritz não corresponde às observações de Richard J. Evans, que relatou 175.000 membros de Volkssturm mortos durante a luta contra os exércitos profissionais dos Aliados ocidentais e da União Soviética.[7] Os números de Evans são baseados nos membros listados nas fichas e relatados como mortos, enquanto Martin Sorge apontou que este número não inclui os 30.000 listados como supostamente desaparecidos ou mortos em um Relatório de 1963.[8]

Referências

  1. Fritz 2004, p. ix.
  2. Kershaw 2011, pp. 86–88.
  3. Stargardt 2015, p. 456.
  4. Kershaw 2001, pp. 713–714.
  5. Bessel 2010, pp. 139–140.
  6. Fritz 2004, p. 191.
  7. Evans 2010, p. 676.
  8. Sorge 1986, p. 50.
  9. Blatman 2011, p. 260.
  10. Blatman 2011, p. 261.

Bibliografia

  • Stargardt, Nicholas (2015). The German War: A Nation Under Arms, 1939–1945. New York: Basic Books. ISBN 978-0-46501-899-4 
  • Kershaw, Ian (2001). Hitler: 1936–1945, Nemesis. New York: W. W. Norton & Company. ISBN 978-0-39332-252-1 
  • Bessel, Richard (2010). Germany 1945: From War to Peace. New York: Harper Perennial. ISBN 978-0-06054-037-1 
  • Fritz, Stephen G. (2004). Endkampf: Soldiers, Civilians, and the Death of the Third Reich. Lexington: The University Press of Kentucky. ISBN 978-0-81312-325-7 
  • Evans, Richard (2010). The Third Reich at War. New York: Penguin. ISBN 978-0-14311-671-4 
  • Sorge, Martin K. (1986). The Other Price of Hitler's War: German Military and Civilian Losses Resulting from World War II. New York: Greenwood Press. ISBN 978-0-31325-293-8 
  • Blatman, Daniel (2011). The Death Marches: The Final Phase of Nazi Genocide. Cambridge, MA and London: The Belknap Press of Harvard University Press. ISBN 978-0-67405-049-5 

Leitura adiconal

Ligações externas

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