Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Dinastia cassita

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Cudurru de Meli-Shipak II, Louvre
Cudurru de Meli-Shipak II, Louvre

A dinastia cassita, também conhecida como terceira dinastia da Babilónia, foi uma linhagem de reis de origem cassita que reinaram a partir da cidade de Babilónia na última metade do 2.º milénio a.C. e que pertenciam à mesma família que dirigiu o reino da Babilónia entre 1 595 e 1 155 a.C., a seguir à primeira dinastia da Babilónia (Império Paleobabilónico; 1 894–1 595 a.C.). Foi a mais longa dinastia conhecida desse estado, que governou durante todo o período conhecido como "médio-babilónico" (1 595–1 000 a.C.).

Os cassitas eram um povo exterior à Mesopotâmia, cujas origens são desconhecidas, embora muitos autores teorizem que tenham sido originários dos montes Zagros. Os seus reis levaram mais de um século a consolidar o seu poder na Babilónia, em condições que permanecem obscuras. Não obstante a sua origem externa, os reis cassitas não mudaram as tradições ancestrais da Babilónia e, pelo contrário, puseram ordem no país após as turbulências que marcaram o fim da primeira dinastia. Não tendo sido grandes conquistadores, empreenderam numerosos trabalhos de construção, nomeadamente nos grandes templos, contribuíram para a expansão dos terrenos agrícolas e sob os seus auspícios a cultura babilónica floresceu e expandiu-se por todo o Médio Oriente. O período cassita continua a ser muito mal conhecido, devido à escassez de fontes com ele relacionadas, das quais poucas se encontram publicadas. Os aspetos económicos e sociais, em particular, estão muito mal documentados, à exceção do que se relaciona com as doações reais atestadas pelas estelas de doações caraterísticas do período, os cudurrus. (leia mais...)