Zonda

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Paisagem de cidade afetada pelo Zonda

Zonda é um vento característico no oeste da Argentina que sopra em meados do ano. Ele provém da região dos Andes, sendo caracterizado por alta temperatura, secura e intensidade. Ele pode soprar por horas, com rajadas que chegam a 120 km/h e que podem provocar danos, levando à queda de árvores e postes e fios de energia elétrica.[1][2]

Outro dos principais prejuízos causados pelo Zonda, devido a sua secura, é a propagação de incêndios florestais.

Segundo o SMN (Serviço Meteorológico Nacional) da Argentina, o vento Zonda tem efeitos no ser humano e que são estudos pela chamada biometeorologia. O vento muito seco e quente, diz o órgão, pode trazer alteração do ritmo cardíaco, irritabilidade, angústia e depressão, o que já foi documentado em diversos estudos em diferentes partes do mundo", relatou a Metsul em 2021.

Formação[editar | editar código-fonte]

Segundo o website Terra, o vento se forma "quando o ar polar mais úmido atravessa os Andes, passando por um rápido aquecimento e queda de umidade ao descer pelo lado argentino da cordilheira (efeito conhecido como compressão adiabática)".[2]

Características gerais[editar | editar código-fonte]

- Forma-se enquanto desce dos Andes para a parte leste da cordilheira, no oeste da Argentina;

- Não é raro que a umidade do ar nas áreas atingidas fique abaixo de 10%, o que pode causar problemas de saúde;

- As rajadas de vento podem passar de 100 km/h, causando danos a propriedades;

- Por sua secura e intensidade, facilmente ajuda a alastrar incêndios;

- É comum em meados do ano - alguns relatam que de maio a agosto e outros, de junho a novembro - e costuma soprar mais à tarde.

Cuidados[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 2021, o Governo de Mendoza, em meio a dois episódios seguidos do fenômeno, divulgou uma lista de cuidados que deveriam ser adotados pelas pessoas para mitigar os efeitos do Zonda: [3][4]

- Hidratar-se com frequência e cuidar, principalmente, de crianças e idosos;

- Ter em casa medicamentos para asma ou qualquer outra doença brônquica ou pulmonar, se necessário;

- Fechar a casa o mais hermeticamente possível, cobrindo até pequenas frestas, para evitar a entrada de ar quente e seco;

- Evitar ficar ao ar livre para não se expor ao sol e inalar o pó transportado pelo vento;

- Se necessário, tomar banhos frios e umidificar a casa artificialmente;

- Ser cuidadoso, se estiver ao ar livre, devido à possibilidade de ser atingido por objetos levados pelas fortes rajadas de vento, como telhas e galhos de árvores;

- Não ficar perto ou estacionar debaixo de árvores, que podem ser derrubadas pelo vento;

- Ter cuidado ao manusear materiais inflamáveis ​​que podem causar faíscas e fogo, pois a secura do ambiente durante o Zonda aumenta a possibilidade de incêndios.

Zonda "de altura"[editar | editar código-fonte]

Segundo a Metsul, nem sempre este vento alcança a superfície e quando se mantém em alta altitude, é chamado de “Zonda de altura”.[1]

Referências

  1. a b «Alerta vermelho por vento Zonda na Argentina». MetSul Meteorologia. 27 de maio de 2021. Consultado em 6 de setembro de 2021 
  2. a b «Vento zonda na Argentina». Terra. Consultado em 6 de setembro de 2021 
  3. «Recomendaciones ante la posible llegada de viento Zonda : Prensa Gobierno de Mendoza». www.mendoza.gov.ar. Consultado em 6 de setembro de 2021 
  4. «Bajó el Zonda: Gran Mendoza, Malargüe y Valle de Uco entre los más afectados | Sociedad». Los Andes (em espanhol). Consultado em 6 de setembro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Na imprensa