Excesso de trabalho
O excesso de trabalho, também conhecido como trabalho excessivo ou sobrecarga de trabalho, é uma condição ocupacional caracterizada pelo trabalho excessivo, muitas vezes em detrimento da saúde física e mental do trabalhador. Inclui trabalhar além da capacidade, levando à fadiga, estresse e possíveis complicações de saúde.
Definições[editar | editar código-fonte]
Horas extras obrigatórias ou forçadas são geralmente definidas como horas trabalhadas superiores a quarenta horas por semana "que o empregador torna obrigatórias com ameaça de perda de emprego ou ameaça de outras represálias, como rebaixamento ou atribuição a tarefas ou turnos de trabalho pouco atraentes".[1]
Efeitos[editar | editar código-fonte]
O excesso de trabalho, por sua natureza, é um fator estressante. A pressão constante para cumprir prazos, lidar com cargas de trabalho pesadas e manter a produtividade pode desencadear uma resposta crônica ao estresse. Essa exposição prolongada ao estresse pode levar o indivíduo a uma série de problemas de saúde mental e física, como ansiedade, distúrbios do sono, depressão e esgotamento.[2]
Horas de trabalho prolongadas podem levar à diminuição da produtividade devido à fadiga, foco mal direcionado e exaustão.[2][3]
Físico[editar | editar código-fonte]
Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que mais de 745.000 pessoas morreram de acidente vascular cerebral e doenças cardíacas como resultado de longas horas de trabalho. A OMS afirmou que o excesso de trabalho pode representar uma ameaça significativa à saúde cardiovascular devido a vários mecanismos fisiológicos. Uma das principais razões para isso é o estresse crônico que o excesso de trabalho pode causar, o que desencadeia a liberação de hormônios do estresse como o cortisol. Esses hormônios podem levar a níveis elevados de pressão arterial e colesterol, aumentando o risco de doenças cardíacas e derrames.[4]
Por país[editar | editar código-fonte]
Japão[editar | editar código-fonte]
No Japão, os trabalhadores normalmente utilizavam menos de metade do seu subsídio de licença num ano, de acordo com um inquérito do Ministério do Trabalho que concluiu que, em 2013, os trabalhadores gozaram apenas nove dos 18,5 dias médios de direito. Uma pesquisa separada mostrou que um em cada seis trabalhadores não tirou férias remuneradas em 2013. Nas primeiras discussões, os grupos patronais propuseram limitar o número de férias remuneradas obrigatórias a três dias, enquanto os sindicatos apelaram a oito.[5]
Coreia do Sul[editar | editar código-fonte]
De acordo com dados a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), os coreanos trabalham 2.024 horas por ano, ocupando o terceiro lugar no mundo entre os países da OCDE. Isto é 280 horas a mais do que a média da OCDE de 1.744 horas.[6] Os problemas causados pelo excesso de trabalho estão aumentando na Coreia.[7]
A legislação americana relacionada ao trabalho excessivo inclui a Lei de Padrões Laborais Justos de 1938 (FLSA).
Governo e formuladores de políticas[editar | editar código-fonte]
As organizações preocupadas com o excesso de trabalho incluem:
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ Lung S. «Overwork and overtime» (PDF). mckinneylaw.iu.edu. Consultado em 26 de maio de 2015
- ↑ a b Wong K, Chan AHS, Ngan SC (junho de 2019). «The Effect of Long Working Hours and Overtime on Occupational Health: A Meta-Analysis of Evidence from 1998 to 2018». Int J Environ Res Public Health (em inglês). 16 (12): 2102. PMC 6617405
. PMID 31200573. doi:10.3390/ijerph16122102
- ↑ Carmichael SG (19 de agosto de 2015). «The Research Is Clear: Long Hours Backfire for People and for Companies». Harvard Business Review. Consultado em 27 de novembro de 2023
- ↑ Pega F, Náfrádi B, Momen NC, Ujita Y, Streicher KN, Prüss-Üstün AM, et al. (setembro de 2021). «Global, regional, and national burdens of ischemic heart disease and stroke attributable to exposure to long working hours for 194 countries, 2000-2016: A systematic analysis from the WHO/ILO Joint Estimates of the Work-related Burden of Disease and Injury». Environ Int (em inglês). 154. 106595 páginas. PMC 8204267. PMID 34011457. doi:10.1016/j.envint.2021.106595
- ↑ «Japan court orders $580k damages for overwork suicide». ABC News (em inglês). 5 de novembro de 2014. Consultado em 8 de junho de 2015
- ↑ «Employment - Hours worked - OECD Data». theOECD
- ↑ «Can South Korea fix its deadly working culture and give people their lives back?». CNN (em inglês). 5 de novembro de 2018
Leitura adicional[editar | editar código-fonte]
- Blaug R, Kenyon A, Lekhi R. «Stress at Work - A report prepared for The Work Foundation's Principal Partners» (PDF). www.theworkfoundation.com. Consultado em 8 de junho de 2015. Cópia arquivada (PDF) em 6 de maio de 2016
- de Graaf J. «Take Back Your Time: Fighting Overwork and Time Poverty in America» (PDF). www.hofstra.edu. Berrett-Koehler Publishers, Inc. Consultado em 9 de maio de 2015
- Madden K. «Overworked or challenged at your job?». CNN. Consultado em 5 de junho de 2015
- «EAT decision concerning holiday pay and overtime». www.birketts.co.uk. Consultado em 14 de junho de 2015. Cópia arquivada em 12 de março de 2016
- «Long working hours killing 745,000 people a year, study finds». BBC. 17 de maio de 2021. Consultado em 17 de maio de 2021