Sinagoga Beth-El: diferenças entre revisões
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Vale lembra que Gerson Knispel, radicado pelo Brasil, se adequou e ficou instalado com seu ateliê no subsolo da Sinagoga Beth-El em São Paulo. Ele era um artista plástico.<ref name=":0" /> |
Vale lembra que Gerson Knispel, radicado pelo Brasil, se adequou e ficou instalado com seu ateliê no subsolo da Sinagoga Beth-El em São Paulo. Ele era um artista plástico.<ref name=":0" /> |
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=== Museu Judaico de São Paulo === |
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Em maio de 2011, foi inaugurada a obra que converterá o espaço da sinagoga no [[Museu Judaico de São Paulo]], com o principal objetivo de preservar e cultuar a memória judaica. Uma urna será implantada no jardim para abrigar diversos objetos, já contendo um acervo de aproximadamente 1.000 itens. A entrega do novo local foi prevista para 2013, porém a obra continua em andamento atualmente, em 2017.<ref name=":1" /> |
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Em maio de 2011, foi inaugurada a obra que converterá o espaço da sinagoga no [[Museu Judaico de São Paulo]], com o principal objetivo de preservar e cultuar a memória judaica. Uma urna será implantada no jardim para abrigar diversos objetos, já contendo um acervo de aproximadamente 1.000 itens<ref name=":1" />, entre eles peças que marcaram a Segunda Guerra Mundial e a vida dos judeus nos campos de concentração. Com a desvalorização da região do centro da cidade de São Paulo, o local acabou sendo prejudicado também, perdendo parte do público. Todavia, atualmente a sinagoga vive o oposto, e o investimento do projeto será de, em média, 26 milhões de reais. O projeto visa, como um dos pontos principais, divulgar e reforçar a história dos judeus e sua relação histórica com o Brasil, apresentando, através de documentos e objetos variados, a dificuldade enfrentada por tal grupo social durante o governo de [[Getúlio Vargas]].<ref name=":2">{{Citar periódico|titulo=SP: museu judaico terá utensílios de campo de concentração|jornal=Terra|url=https://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/sp-museu-judaico-tera-utensilios-de-campo-de-concentracao,5e629d0ffdb2b410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html|idioma=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Cytrynowicz|primeiro=Roney|titulo=Além do Estado e da ideologia: imigração judaica, Estado-Novo e Segunda Guerra Mundial|jornal=Revista Brasileira de História|volume=22|numero=44|paginas=393–423|issn=0102-0188|doi=10.1590/S0102-01882002000200007|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-01882002000200007&lng=en&nrm=iso&tlng=pt}}</ref> |
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As peças exibidas terão valor simbólico, e não financeiro, contando com talheres decorados com suásticas, diários de guerra e cédulas de dinheiro que eram utilizadas nos campos de concentração. A entrega do novo local foi prevista para 2013, porém a obra continua em andamento atualmente, em 2017<ref name=":1" />, devido a dificuldade encontrada para fixar novos pilares numa região que apresenta um rio canalizado em seu subsolo.<ref name=":2" /> |
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== Localização == |
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Revisão das 21h57min de 24 de abril de 2017
A Sinagoga Beth-El (em hebraico, "casa de Deus") foi a primeira grande edificação sinagogal da comunidade judaica da cidade de São Paulo, no Brasil.[1] Por iniciativa de Salomão Klabin, com o apoio de diversas famílias judaicas paulistanas foi construída e seu templo foi inaugurado em dezembro de 1929. [2] A sinagoga carrega em sua anatomia uma característica singular : possui sete lados. A construção, além de ser um local para reza, é também sede do Museu Judaico, que se dedica á divulgar a cultura judaica.[3] Em 1932 foi realizada a primeira reza no local.[4]
A Sinagoga Beth-El atualmente se declara como partidários do judaísmo pluralista e inclusivo. Com isso, registram que estão abertos para ouvir, compreender e aceitar pontos de vista e opiniões distintas, além de, sobretudo, acolher a todos que se sentirem interessados a participar e visitar o local; apesar de manter a tradição e raízes do local por critérios de cultura[5]. A criação da sinagoga em 1926 representa para os judaicos as raízes na tradição[6]. O local serve para a demonstração da história, herança e respeito aos ascendentes. Atualmente na liderança da Sinagoga Beth-El, Iehuda Gitelman organiza o local, houve um intenso envolvimento por parte de diretos e sócios da sinagoga.[7]
História
O templo, inspirado em modelos bizantinos, foi projetado pelo arquiteto que veio da Europa, Samuel Roder, a pedido de famílias imigrantes judaícas .[8] [9] O prédio contém sete lados, com o intuito de destacar assim esse algarismo que domina os cliclos naturais., sendo as setes cores do arco-íris e os sete dias de criação. Os braços de menorá (candelabro) possui tal número e, na antiguidade, esses braços iluminavam o Templo de Salomão. [2] O local desde seu início foi um simbolo e referência para a comunidade judaica da cidade de São Paulo, o local abrigava diversas ocasiões importantes para as famílias como, brith milá, barmitzvá e casamentos. Nos anos 1960 a Beth-El foi também o local de um departamento da Federação Israelita do Estado de São Paulo, com o intuito de receber imigrantes e suas qualificações para trabalho.[1]
Vale lembra que Gerson Knispel, radicado pelo Brasil, se adequou e ficou instalado com seu ateliê no subsolo da Sinagoga Beth-El em São Paulo. Ele era um artista plástico.[2]
Museu Judaico de São Paulo
Em maio de 2011, foi inaugurada a obra que converterá o espaço da sinagoga no Museu Judaico de São Paulo, com o principal objetivo de preservar e cultuar a memória judaica. Uma urna será implantada no jardim para abrigar diversos objetos, já contendo um acervo de aproximadamente 1.000 itens[4], entre eles peças que marcaram a Segunda Guerra Mundial e a vida dos judeus nos campos de concentração. Com a desvalorização da região do centro da cidade de São Paulo, o local acabou sendo prejudicado também, perdendo parte do público. Todavia, atualmente a sinagoga vive o oposto, e o investimento do projeto será de, em média, 26 milhões de reais. O projeto visa, como um dos pontos principais, divulgar e reforçar a história dos judeus e sua relação histórica com o Brasil, apresentando, através de documentos e objetos variados, a dificuldade enfrentada por tal grupo social durante o governo de Getúlio Vargas.[10][11]
As peças exibidas terão valor simbólico, e não financeiro, contando com talheres decorados com suásticas, diários de guerra e cédulas de dinheiro que eram utilizadas nos campos de concentração. A entrega do novo local foi prevista para 2013, porém a obra continua em andamento atualmente, em 2017[4], devido a dificuldade encontrada para fixar novos pilares numa região que apresenta um rio canalizado em seu subsolo.[10]
Localização
A sinagoga Beth-El está localizada na Rua Caçapava, número 105 - 1º andar no bairro do Jardins na cidade de São Paulo [12]e foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio (Conpresp) em setembro de 2013.[1][13]
Atualmente
Existem projetos para abrigar na sinagoga o Museu Judaico de São Paulo. A ideia surgiu com a criação da Associação Amigos do Museu Judaico no Estado de São Paulo (AMJSP) em abril de 2000, na Hebraica.[14][13] Atualmente, em 2017, grandes e largos passos já foram dados na obra do Museu Judaico de São Paulo.[15]Em 2009, o escritório de arquitetura Botti Rubin foi escolhido por meio de concurso para realizar as adaptações necessárias ao uso museológico do espaço.[16][17] Atualmente, o templo só é aberto para as comemorações do Rosh Hashaná (ano novo judaico) e do Yom Kipur (dia do perdão), ou para visitas agendadas.[18]
A liderança por Iehuda Gitelman,vozes de Marcio Bezen e Fortuna, arquitetura por Felipe Crescenti e contínua dedicação, comprometimento e desenvolvimento dos diretores-sócios ilustram alguns dos sentimentos judaicos que na Sinagoga pode ser desfrutado, como a leveza e a alegria.[19]
Ações humanitárias
Em maio de 2016, por meio de uma ação da ONG Migraflix realizada na sinagoga, o muçulmano sírio Talal al-Tinawi e outros refugiados, que se encontravam em situação de guerra em seu país, foram abrigados pela coletividade judaica, tratando-se de um projeto inédito com o objetivo de incluir socialmente esses refugiados, além de agregá-los a uma cultura diferente. A banda Mazeej, formada por muçulmanos, cristãos e judeus, foi uma das atrações do evento, que contou também com a participação de um advogado que auxiliou o processo de regularização de documentos dos refugiados presentes.[20]
Cursos
Dentro da Sinagoga são oferecidos alguns cursos como exemplos: o ensino da língua hebraica durante as quintas-feiras, para iniciantes o curso acontece das oito da noite ate ás oito e quarenta e cinco, e o custo é de cento e oitenta reais por mês, o curso se localiza no bairro Jardins em São Paulo[21]; curso de preparação Bar-Mitzvá que possui como objetivo construir a identidade judaica, os meninos devem fazer Bar- Mitzvá com 13 anos e iniciar os estudos aos 12 anos, já as meninas devem iniciar a preparação aos 11 anos e assim comemorar o Bar-Mitzvá aos doze anos, o curso é realizado de sextas-feiras das seis horas da tarde até às sete horas da noite[22], e também tem a opção para adultos, onde o curso é realizado em quatorze encontros, quinzenalmente[23]. Existem outros cursos como de meditação, introdução ao judaísmo, que acontece nas quintas-feiras das sete horas e quarenta e cinco minutos da noite e possui uma hora de duração, e introdução ao casamento onde são quatro encontros para ensinar o simbolismo da cerimônia. [24]
Ligações externas
Ver também
- Museu Judaico de São Paulo
- Associação Brasileira A Hebraica de São Paulo
- Centro da Cultura Judaica
- Congregação Israelita Paulista
- Sinagoga Kahal Zur Israel
Referências
- ↑ a b «Resolução no. 19/2002» (PDF). Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e
Ambiental da Cidade de São Paulo. Consultado em 1 de junho de 2010 line feed character character in
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at position 70 (ajuda) - ↑ a b c «Museu Judaíco de SP». Consultado em 07 de abril de 2017 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «SP Cultura»
- ↑ a b c «Museu Judaico de São Paulo é inaugurado no local da sinagoga Beth-El | Da Redação | VEJA SÃO PAULO». 21 de maio de 2011
- ↑ «Home». Beth El. Consultado em 7 de abril de 2017
- ↑ «Home». Beth El. Consultado em 24 de abril de 2017
- ↑ «Home». Beth El. Consultado em 24 de abril de 2017
- ↑ Perrone & Wakahara, 1999, pp. 31.
- ↑ «Templo Beth-el | Museu Judaico de SP». museujudaicosp.org.br. Consultado em 7 de abril de 2017
- ↑ a b «SP: museu judaico terá utensílios de campo de concentração». Terra
- ↑ Cytrynowicz, Roney. «Além do Estado e da ideologia: imigração judaica, Estado-Novo e Segunda Guerra Mundial». Revista Brasileira de História. 22 (44): 393–423. ISSN 0102-0188. doi:10.1590/S0102-01882002000200007
- ↑ «Home». Beth El. Consultado em 24 de abril de 2017
- ↑ a b Lage, Amarílis. «Sinagoga será transformada em museu em São Paulo». Folha Online. Consultado em 1 de junho de 2010
- ↑ «Quem somos - Museu Judaico de São Paulo». Consultado em 05/novembro/2016 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «Templo Beth-el | Museu Judaico de SP». museujudaicosp.org.br. Consultado em 7 de abril de 2017
- ↑ Duarte, Sara. «Museu Judaico de São Paulo ficará no lugar da sinagoga Beth-El». Veja São Paulo. Consultado em 1 de junho de 2010
- ↑ «Parcerias». Arquivo Histórico Judaico-Brasileiro. Consultado em 1 de junho de 2010
- ↑ «Guia de Turismo Religioso em São Paulo» (PDF). SPTuris. Consultado em 1 de junho de 2010
- ↑ «Home». Beth El. Consultado em 7 de abril de 2017
- ↑ «Entidade judaica acolhe refugiados sírios muçulmanos». 25 de maio de 2016. Consultado em 24 de abril de 2017
- ↑ «HEBRAICO». Beth El. Consultado em 22 de abril de 2017
- ↑ «BAR/BAT MITZVAH». Beth El. Consultado em 22 de abril de 2017
- ↑ «Curso de Bar e Bat Mitzvá para Adultos». Beth El. Consultado em 22 de abril de 2017
- ↑ «Templo Beth-el | Museu Judaico de SP». museujudaicosp.org.br. Consultado em 17 de abril de 2017
Bibliografia
- Perrone, Carlos & Wakahara, Claudio (1999). São Paulo por dentro. um guia panorâmico de arquitetura. [S.l.]: SENAC. ISBN 8573591390 Parâmetro desconhecido
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