Simulação de modelos: diferenças entre revisões
Adição de subseção específica para aplicação de Simulação de Modelos para o Ensino de Física |
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A Física é uma área que faz grande proveito de simulações para o estudo e ensino de fenômenos físicos onde os livros com suas imagens estáticas por vezes falham em representar satisfatoriamente a realidade ou, ainda, em situações onde a experimentação em laboratório se faz impossível (seja por se tratar de um fenômeno demasiadamente lento ou rápido ou dimensionalmente pequeno ou grande demais). Porém, como toda simulação, esta é construida a partir de um modelo físico-matemático que descreve o fenômeno. É importante ressaltar que modelos são uma versão '''simplificada''' da realidade e, portanto, uma simulação sempre proverá um resultado '''aproximado''' do real observado em laboratório. Uma simulação é tão melhor quanto menores são as simplificações contidas no modelo e mais próximo do real é o resultado apresentado.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Medeiros|primeiro=Alexandre|ultimo2=Medeiros|primeiro2=Cleide Farias de|data=2002-6|titulo=Possibilidades e Limitações das Simulações Computacionais no Ensino da Física|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1806-11172002000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Brasileira de Ensino de Física|volume=24|numero=2|paginas=77–86|doi=10.1590/S0102-47442002000200002|issn=1806-1117}}</ref> |
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== Bibliografia == |
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Revisão das 12h59min de 18 de setembro de 2018
A Simulação de Modelos é uma actividade com o objectivo de testar de forma segura uma situação real.
Os Modelos
A função de um modelo é descrever o funcionamento da realidade através de um pequeno número de variáveis que permita a sua conversão.
Na simulação de uma realidade é possível utilizar Modelos Reais e Modelos Virtuais.
Modelos Reais
São produzidos na fase de projeto dos produtos, normalmente antes do início da produção, para avaliar as características de desempenho, operação, ergonomia e funcionalidade. Também são chamados de mock-up (modelo preliminar) [1] e é um recurso de engenharia de projeto dos mais diversos setores industriais, desde fabricantes de uma simples caneta até um fabricante de aviões.[2]
Exemplos:
- Simulação de voos numa cabine sem gravidade: reproduzem as condições experimentadas em um voo espacial.
- Simulador de direção automotiva: utilizado por escolas de formação de condutores, onde se pode praticar uma condução quase real em vários ambientes (condução urbana ou mista, condições atmosféricas diferentes, condução diurna ou nocturna).
- Simulador de cabines de comando de aeronaves: é um modelo em tamanho real, com todos os equipamentos e controles, que reproduz todas as condições experimentadas no comando da aeronave.
Modelos Virtuais
Os Modelos Virtuais são maioritariamente utilizados face aos Modelos Reais. Isto acontece, principalmente, devido à grande aproximação ao mundo real, permitindo assim segurança nas simulações (podemos simular situações reais arriscadas sem sofrer danos) realizadas em sistemas de ambientes virtuais.
Exemplos:
- O paciente virtual - criado nos EUA é um modelo recente capaz de simular a respiração humana em tempo real acrescentando assim a quarta dimensão aos modelos convencionais (o tempo), o que permite analisar de forma mais detalhada e eficiente o corpo humano.
- Testes de Aerodinâmica - em alguns desportos automóveis, como o Fórmula 1, e o ciclismo, em que todos os segundos contam para ganhar, é necessário reduzir a resistência do ar, criando modelos que ajudem a superar esta lacuna. O estudo destas novas formas, é feito através de modelos virtuais.
- Softwares de Simulação que são capazes de trabalhar estatisticamente dados reais para simular probabilidades de resultados futuros. Estes podem trabalhar utilizando diversos paradigmas de modelagem e simulação como Eventos Discretos, Dinâmica de Sistemas ou Modelagem Baseada em Agentes.
Utilização dos modelos
Os modelos reais/virtuais são utilizados em diversas áreas, tais como:
- Experimentar e avaliar sistemas;
- Criar novos sistemas e processos;
- Entender sistemas reais;
- Simular situações onde as experiências são difíceis ou impossíveis;
- Explorar situações com um menor custo, em ambientes simulados.
Aplicação no Ensino de Física
A Física é uma área que faz grande proveito de simulações para o estudo e ensino de fenômenos físicos onde os livros com suas imagens estáticas por vezes falham em representar satisfatoriamente a realidade ou, ainda, em situações onde a experimentação em laboratório se faz impossível (seja por se tratar de um fenômeno demasiadamente lento ou rápido ou dimensionalmente pequeno ou grande demais). Porém, como toda simulação, esta é construida a partir de um modelo físico-matemático que descreve o fenômeno. É importante ressaltar que modelos são uma versão simplificada da realidade e, portanto, uma simulação sempre proverá um resultado aproximado do real observado em laboratório. Uma simulação é tão melhor quanto menores são as simplificações contidas no modelo e mais próximo do real é o resultado apresentado.[3]
Bibliografia
- Dalila Fonseca, Deolinda Pacheco, Fernando Marques, Ricardo Soares, Porto Editora, Aplicações informáticas A, 2006, Porto.
Referências
- ↑ «Mock-up (s.m.)». Dicionário Aulete. Consultado em 9 de fevereiro de 2014
- ↑ «Simulador de cabine da Poli avalia conforto de passageiros de avião». USP. 27 de março de 2012. Consultado em 9 de março de 2014
- ↑ Medeiros, Alexandre; Medeiros, Cleide Farias de (junho de 2002). «Possibilidades e Limitações das Simulações Computacionais no Ensino da Física». Revista Brasileira de Ensino de Física. 24 (2): 77–86. ISSN 1806-1117. doi:10.1590/S0102-47442002000200002