Língua asurini: diferenças entre revisões
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'''Asurini'''<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Silva|primeiro=Fabíola Andréa|data=dezembro de 2002|titulo=Mito e arqueologia: a interpretação dos Asurini do Xingu sobre os vestígios arqueológicos encontrados no parque indígena Kuatinemu - Pará|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-71832002000200008&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Horizontes Antropológicos|lingua=pt|volume=8|numero=18|paginas=175–187|doi=10.1590/S0104-71832002000200008|issn=0104-7183|acessodata=}}</ref> é uma língua indígena [[brasil]]eira falada pelas etnias [[Asurini do Xingu]] e [[Asurini do Tocantins]], que chegaram a formar uma aldeia única antes dos conflitos com extrativistas, com outras etnias indígenas e finalmente com as intervenções na [[Amazônia]] durante os anos 70, que levariam à sua divisão definitiva.<ref name=":0" /><ref>{{Citar periódico|ultimo=Pereira|primeiro=Antonia Alves|data=2010-11-28|titulo=A nominalização e as orações relativas no Asurini do Xingu (Tupi-Guarani)|url=https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/1512|jornal=LIAMES: Línguas Indígenas Americanas|lingua=pt|volume=10|numero=1|paginas=101–113|doi=10.20396/liames.v10i1.1512|issn=2177-7160}}</ref> Pertencente ao tronco tupi, é falada por aproximadamente trezentos e três indígenas.<ref>{{Citar web|titulo=O Desafio de Documentar e Preservar as Línguas Amazônicas - Biblioteca Digital Curt Nimuendajú|url=http://www.etnolinguistica.org/media:set2008|obra=www.etnolinguistica.org|acessodata=2019-08-30}}</ref> |
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'''Assurini''' ou '''asurini''' é uma língua indígena [[brasil]]eira, falada pelas etnias [[assurinis-do-xingu]] e [[assurinis-do-tocantins]]. Pertencente ao tronco tupi, é falada por aproximadamente trezentos e três indígenas. |
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Revisão das 00h01min de 31 de agosto de 2019
Asurini[1] é uma língua indígena brasileira falada pelas etnias Asurini do Xingu e Asurini do Tocantins, que chegaram a formar uma aldeia única antes dos conflitos com extrativistas, com outras etnias indígenas e finalmente com as intervenções na Amazônia durante os anos 70, que levariam à sua divisão definitiva.[1][2] Pertencente ao tronco tupi, é falada por aproximadamente trezentos e três indígenas.[3]
Fonologia
O idioma tem ao menos dois dialetos: um falado na Terra Indígena Koatinemo, pelos Asurini do Xingu, e outro falado na Terra Indígena Trocará, pelos Asurini do Tocantins. O dialeto xinguano foi estudado com maior profundidade, e tem mais consoantes, por exemplo as oclusivas sonoras ou pré-nasalizadas, como do fonema [v] como variação livre de [w]. Seu inventário vocálico é semelhante ao do tupi antigo [a, ε, i, o, u, ɨ], enquanto o de Trocará utiliza mais vogais fechadas, com [a/o, ε, o] como frequentes equivalentes para os sons xinguenses [u, i, u/ɨ]. Ambos os dialetos têm, contudo, a mesma estrutura morfofonológica.[4]
Referências
- ↑ a b Silva, Fabíola Andréa (dezembro de 2002). «Mito e arqueologia: a interpretação dos Asurini do Xingu sobre os vestígios arqueológicos encontrados no parque indígena Kuatinemu - Pará». Horizontes Antropológicos. 8 (18): 175–187. ISSN 0104-7183. doi:10.1590/S0104-71832002000200008
- ↑ Pereira, Antonia Alves (28 de novembro de 2010). «A nominalização e as orações relativas no Asurini do Xingu (Tupi-Guarani)». LIAMES: Línguas Indígenas Americanas. 10 (1): 101–113. ISSN 2177-7160. doi:10.20396/liames.v10i1.1512
- ↑ «O Desafio de Documentar e Preservar as Línguas Amazônicas - Biblioteca Digital Curt Nimuendajú». www.etnolinguistica.org. Consultado em 30 de agosto de 2019
- ↑ Velda, Nicholson (1982). «Breve estudo da língua Asuriní do Xingu». SIL International. Instituto Socioambiental. Consultado em 30 de agosto de 2019