Coleção numismática do Museu Paulista: diferenças entre revisões

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Revisão das 17h12min de 19 de fevereiro de 2020

A coleção numismática do Museu Paulista é uma das diversas coleções do referido museu. Inaugurado em 1895, coleção numismática do Museu tem origem na Coleção Sertório, que englobava além de moedas e medalhas, diversos outros objetos.[1]

Histórico

As coleções de numismática parecem comuns a todos os museus brasileiros do século XIX.[2]

No ano de 1895, por exemplo, segundo Hermann von Ihering, a seção numismática do Museu Paulista "possuía uma grande representação das moedas portuguesas e brasileiras deste século e do passado".[2] Naquele mesmo ano, o Museu recebeu ao menos duas propostas de aquisição de novas peças: a coleção particular de "moedas antigas" do Sr. Belli e a coleção numismática e arqueológica do Sr. Sérgio Catvieri, do Rio de Janeiro.[2] Ihering tentou ainda trocar a coleção numismática do Seminário Episcopal por duplicatas de animais, proposta negada pelo padre então reitor do Seminário.[2]

Das aquisições efetivamente concretizadas, pode-se destacar a coleção de moedas de Júlio Ribeiro, que já vinha sendo almejada pelo Museu Paulista. A verba para sua aquisição, 15 mil contos de Réis, foi liberada na Câmara Municipal em inícios de 1894.[2]

Furto

Em agosto de 2007, a coleção numismática do Museu Paulista teve cerca de 900 peças furtadas.[3] Foram levadas três coleções de cédulas antigas e algumas moedas. No lote estão notas emitidas na Áustria e na Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial, e cédulas brasileiras do início do século 20.[3]

Coleções

Dentre o acervo numismático, constam uma coleção de 330 cédulas da Áustria e da Alemanha, sendo a maioria da Primeira Guerra Mundial.[3] Chamadas "Notgeld" ("dinheiro de emergência"), foram fabricadas para suprir a escassez da emissão do dinheiro oficial.[3] Uma outra coleção é a de notas emitidas em cidades do interior quando faltavam valores usados como trocos, no início do século 20.[3] Uma terceira coleção reune cédulas oficiais brasileiras desde 1830, emitidas pelos primeiros bancos nacionais.[3]

Divulgação

A coleção numismática do Museu Paulista foi objeto da obra “A coleção de moedas romanas da Universidade de São Paulo” , lançada conjuntamente pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) e pelo Museu Paulista, ambos da USP.[4] No ano de 2016, uma mostra foi concebida com a participação da especialista em numismática do Museu Paulista, Angela Maria Gianeze Ribeiro, contando com cerca de 320 peças dos acervos dos dois museus, MAE e Museu Paulista.[5] Dividida em três partes, a mostra exibia a formação da coleção; o processo relacionado ao trabalho de conservação e higienização das peças; e mostra das moedas mais representativas do acervo.[5]

Referências

  1. Nogueira, Adeilson. Tratado NumismÁtico. [S.l.]: Clube de Autores (managed) 
  2. a b c d e Moraes, Fábio Rodrigo de (Junho de 2008). «Uma coleção de história em um museu de ciências naturais: o Museu Paulista de Hermann von Ihering». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. 16 (1): 203–233. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/S0101-47142008000100006. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  3. a b c d e f «Folha de S.Paulo - 900 cédulas e moedas raras são furtadas do museu do Ipiranga - 10/08/2007». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  4. «Catálogo numismático apresenta coleções de moedas antigas da USP | Museu Paulista». www.mp.usp.br. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  5. a b «Espaço Expositivo da Reitoria da USP recebe mostra de moedas da antiguidade romana | Museu Paulista». www.mp.usp.br. Consultado em 19 de fevereiro de 2020