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Bioplastia: diferenças entre revisões

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Ao longo dos últimos anos, Dr. Eduardo Costa e outros profissionais tem se dedicado a aprender e estudar sobre a Bioplastia. Arthur Shopenhauer disse que “Toda grande verdade passa por três fases: primeiro é ridicularizada; em seguida, é violentamente contestada; finalmente, é aceita como óbvia.”<ref>{{citar livro|título=Bioplastia - A Plástica Interativa|ultimo=NÁCUL|primeiro=Almir|editora=Livraria Santos Editora|ano=2007|local=São Paulo|página=x|páginas=}}</ref>. Com a publicação de diversos artigos mostrando a segurança do PMMA e da Bioplastia<ref>{{Citar web |url=http://linneasafe.com.br/medico/estudos |titulo=Linnea Safe - O PMMA mais seguro do Brasil |acessodata=2020-11-17 |website=linneasafe.com.br}}</ref>, a técnica tem conquistado o respeito e a admiração de cada vez mais profissionais, dentre eles Dermatologistas e Cirurgiões Plásticos<ref>{{citar livro|título=Bioplastia - A Plástica Interativa|ultimo=NÁCUL|primeiro=Almir|editora=Livraria Santos Editora|ano=2007|local=São Paulo|página=xiii|páginas=xiv-xvi}}</ref>.
Ao longo dos últimos anos, Dr. Eduardo Costa e outros profissionais tem se dedicado a aprender e estudar sobre a Bioplastia. Arthur Shopenhauer disse que “Toda grande verdade passa por três fases: primeiro é ridicularizada; em seguida, é violentamente contestada; finalmente, é aceita como óbvia.”<ref>{{citar livro|título=Bioplastia - A Plástica Interativa|ultimo=NÁCUL|primeiro=Almir|editora=Livraria Santos Editora|ano=2007|local=São Paulo|página=x|páginas=}}</ref>. Com a publicação de diversos artigos mostrando a segurança do PMMA e da Bioplastia<ref>{{Citar web |url=http://linneasafe.com.br/medico/estudos |titulo=Linnea Safe - O PMMA mais seguro do Brasil |acessodata=2020-11-17 |website=linneasafe.com.br}}</ref>, a técnica tem conquistado o respeito e a admiração de cada vez mais profissionais, dentre eles Dermatologistas e Cirurgiões Plásticos<ref>{{citar livro|título=Bioplastia - A Plástica Interativa|ultimo=NÁCUL|primeiro=Almir|editora=Livraria Santos Editora|ano=2007|local=São Paulo|página=xiii|páginas=xiv-xvi}}</ref>.


== PMMA ==
== O PMMA na Bioplastia ==

O PMMA foi sintetizado com sucesso pela primeira vez em 1.902<ref name=":1">{{Citar periódico |titulo=Polymethyl methacrylate (Linnea Safe) causes local inflammatory response after intramuscular implant in BALB/c mice but it is not observed in distant organs |primeiro3=Ronaldo Moisés de |primeiro8=Ruy S. |ultimo7=Moura Filho |primeiro7=Ronaldo Moisés de |ultimo6=Milhomem |primeiro6=Anália C. |ultimo5=Costa |primeiro5=Eduardo Luiz |ultimo4=Lino Jr. |primeiro4=Ruy S. |ultimo3=Moura Filho |ultimo2=Milhomem |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1676-24442016000600400&lng=en&nrm=iso&tlng=en |primeiro2=Anália C. |ultimo=Costa |primeiro=Eduardo Luiz |lingua=en |doi=10.5935/1676-2444.20160058 |acessodata=2020-11-18 |numero=6 |paginas=400–406 |issn=1676-2444 |data=2016-12 |jornal=Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial |ultimo8=Lino Jr.}}</ref>.

Desde 1.945, o PMMA é amplamente utilizado na odontologia para o preparo de próteses dentárias<ref>{{Citar periódico |titulo=PMMA microspheres for intradermal implantation: Part I. Animal research |ultimo=Lemperle |primeiro5=M. |ultimo4=Hecker |primeiro4=J. |ultimo3=Charrier |primeiro3=U. |ultimo2=Ott |primeiro2=H. |primeiro=G. |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1994814/ |doi=10.1097/00000637-199101000-00009 |acessodata=2020-11-18 |numero=1 |pmid=1994814 |paginas=57–63 |issn=0148-7043 |data=1991-01 |jornal=Annals of Plastic Surgery |ultimo5=Lemperle}}</ref>.

O PMMA tem sido usado cada vez mais em diversas especialidades cirúrgicas e é conhecido como um excelente material para estabilização de longas fraturas ósseas<ref>{{Citar periódico |titulo=Evaluación de la resistencia de un prototipo de placa de compresión dinámica (PCD) fabricada de polimetilmetacrilato (PMMA) probada en fémur canino osteotomizado |primeiro2=Mariana |primeiro5=Édgar |ultimo4=Arias |primeiro4=Sergio |ultimo3=Mieres |primeiro3=Marcelo |ultimo2=Brousse |ultimo=Cardona R. |url=http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0122-93542011000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=es |primeiro=Leonel |acessodata=2020-11-18 |numero=21 |paginas=13–24 |issn=0122-9354 |data=2011-06 |jornal=Revista de Medicina Veterinaria |ultimo5=Gutiérrez}}</ref>, rescontruções craniofaciais<ref>{{Citar periódico |titulo=Reconstruction of bony facial contour deficiencies with polymethylmethacrylate implants: case report |ultimo=Abdo Filho |primeiro5=Ruy C. C. |ultimo4=Gurgel |primeiro4=Carla |ultimo3=Lourenço Neto |primeiro3=Natalino |ultimo2=Oliveira |primeiro2=Thais M. |primeiro=Ruy C. C. |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1678-77572011000400021&lng=en&nrm=iso&tlng=en |lingua=en |doi=10.1590/S1678-77572011000400021 |acessodata=2020-11-18 |numero=4 |paginas=426–430 |issn=1678-7757 |data=2011-08 |jornal=Journal of Applied Oral Science |ultimo5=Abdo}}</ref>, lentes intraoculares<ref>{{Citar periódico |titulo=Evaluation of polymethylmethacrylate as ocular implant in rabbits subjected to evisceration |ultimo3=Santos |primeiro9=José Luiz |ultimo8=Gomes Junior |primeiro8=Deusdete Conceição |ultimo7=Souza |primeiro7=Ana Letícia Groszewicz de |ultimo6=Nishimori |primeiro6=Celina Tie |ultimo5=Brunelli |primeiro5=Adriana Torrecilhas Jorge |ultimo4=Piza |primeiro4=Evandro de Toledo |primeiro3=Luís Alberto dos |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0034-737X2012000400004&lng=en&nrm=iso&tlng=en |ultimo2=Dórea Neto |primeiro2=Francisco de Assis |ultimo=Oriá |primeiro=Arianne Pontes |lingua=en |doi=10.1590/S0034-737X2012000400004 |acessodata=2020-11-18 |numero=4 |paginas=452–457 |issn=0034-737X |data=2012-08 |jornal=Revista Ceres |ultimo9=Laus}}</ref> e preenchimento de tecidos moles<ref>{{Citar periódico |titulo=ArteFill permanent injectable for soft tissue augmentation: I. Mechanism of action and injection techniques |doi=10.1007/s00266-009-9413-1 |primeiro4=Stefan M. |ultimo3=Sadick |primeiro3=Neil S. |ultimo2=Knapp |primeiro2=Terry R. |ultimo=Lemperle |primeiro=Gottfried |acessodata=2020-11-18 |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19787394/ |numero=3 |pmid=19787394 |pmc=2872009 |paginas=264–272 |issn=1432-5241 |data=2010-06 |jornal=Aesthetic Plastic Surgery |ultimo4=Lemperle}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=ArteFill permanent injectable for soft tissue augmentation: II. Indications and applications |doi=10.1007/s00266-009-9414-0 |primeiro4=Stefan M. |ultimo3=Knapp |primeiro3=Terry R. |ultimo2=Sadick |primeiro2=Neil S. |ultimo=Lemperle |primeiro=Gottfried |acessodata=2020-11-18 |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19787393/ |numero=3 |pmid=19787393 |pmc=2872008 |paginas=273–286 |issn=1432-5241 |data=2010-06 |jornal=Aesthetic Plastic Surgery |ultimo4=Lemperle}}</ref>. O PMMA é classificado como um bom material aloplástico devido a algumas de suas características, como o fato de ser permamente, não absorvível e não degradável<ref>{{Citar periódico |titulo=Intramuscular 30% polymethylmethacrylate (PMMA) implants in a non-protein vehicle: an experimental study in rats |primeiro2=Almir Moojen |primeiro6=Denis Souto |ultimo5=Hildebrand |primeiro5=Laura de Campos |ultimo4=Corsetti |primeiro4=Adriana |ultimo3=Ponzoni |primeiro3=Deise |ultimo2=Nácul |ultimo=Puricelli |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1983-51752011000300004&lng=en&nrm=iso&tlng=en |primeiro=Edela |doi=10.1590/S1983-51752011000300004 |acessodata=2020-11-18 |numero=3 |paginas=385–389 |issn=1983-5175 |data=2011-09 |jornal=Revista Brasileira de Cirurgia Plástica |ultimo6=Valente}}</ref>.

O PMMA é amplamente estudado devido ao seu grande número de possíveis aplicações, como em revestimento ósseo, cola óssea, dispositivos óticos (lentes intraoculares), biomaterial para aplicação intramuscular, entre outros<ref>{{Citar periódico |titulo=Effect of plasma fluorination variables on the deposition and growth of partially fluorinated polymer over PMMA films |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-14282013000500003&lng=en&nrm=iso&tlng=en |jornal=Polímeros |data=13 de junho de 2013 |issn=0104-1428 |paginas=585–589 |numero=5 |acessodata=2020-11-18 |doi=10.4322/polimeros.2013.093 |primeiro=Giovana da Silva |ultimo=Padilha |primeiro2=Virginia |ultimo2=Mansanares |primeiro3=Julio Roberto |ultimo3=Bartoli |publicado=}}</ref>

Em 1.994, suas microesferas foram associadas ao colágeno bovino, criando um veículo em gel, pastoso, para facilitar o implante no subcutâneo. O que se observou foi uma melhor retenção com o uso do colágeno misturado as microesferas de PMMA, isto gerou grandes e positivas expectativas da comunidade médica e científica<ref name=":1" />

No Brasil, implantes infiltrativos de PMMA são utilizados para reposição de volume perdido durante o processo de envelhecimento para preenchimento de rugas<ref>{{Citar periódico |titulo=A systematic review of dermal fillers for age-related lines and wrinkles |ultimo=Sturm |primeiro5=Guy J. |ultimo4=Graham |primeiro4=John C. |ultimo3=Mutimer |primeiro3=Keith L. |ultimo2=Cooter |primeiro2=Rodney D. |primeiro=Lana P. |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21299793/ |doi=10.1111/j.1445-2197.2010.05351.x |acessodata=2020-11-18 |numero=1-2 |pmid=21299793 |paginas=9–17 |issn=1445-2197 |data=2011-01 |jornal=ANZ journal of surgery |ultimo5=Maddern}}</ref>, pois há evidência de que é um polímero que estimula neocolagênese, isto causa uma reação inflamatória controlada, que estabiliza o material e acomoda o material no local do implante.


O biomaterial mais adequado à técnica atualmente é o implante injetável com microesferas de polimetilmetacrilato ([[PMMA]]), sendo que estão liberados pela [[ANVISA]]: Linnea Safe e Biossimetric.
O biomaterial mais adequado à técnica atualmente é o implante injetável com microesferas de polimetilmetacrilato ([[PMMA]]), sendo que estão liberados pela [[ANVISA]]: Linnea Safe e Biossimetric.

Revisão das 12h21min de 18 de novembro de 2020

Bioplastia é uma técnica de modelagem corporal e facial usando implantes biológicos ou sintéticos.

Dr. Almir Nácul, criador da técnica, define Bioplastia como uma "uma plástica sem cirurgia, realizada com o implante de biomateriais injetáveis em planos anatômicos profundos com processos minimamente invasivos."[1]

Origem

A Bioplastia foi desenvolvida pelo cirurgião plástico Almir Moojen Nácul na década de 1990 [2] para, em casos selecionados, evitar “a internação hospitalar, a cirurgia e a anestesia geral, deixando de lado os grandes curativos e o longo tempo de recuperação e percepção dos resultados, que ainda são as maiores preocupações na hora de optar por uma cirurgia“[1].

A técnica é baseada nos princípios básicos da cirurgia plástica convencional e teve, também, sua origem nas técnicas tradicionais de preenchimento, todavia se difere destas por utilizar os biomateriais em planos anatômicos profundos (abaixo do músculo)[1].

A Bioplastia, quando bem realizada, possibilita criar, realçar, recuperar, rejuvenescer ou complementar as características que determinam a beleza[3].

Características Essenciais da Bioplastia[1]

  • Uso de biomaterial em implante injetável de marca liberada pelo órgão nacional responsável (a ANVISA, no caso do Brasil);
  • Marcação específica, com uso de régua e moldes maleáveis[4], sob referenciais anatômicos que servem como alusões topográficas das diversas regiões da face[5].
  • Uso de micro cânulas com ponta romba (arredondada);
  • Uso de pistola de aplicação de biomaterial;
  • Implante do biomaterial em planos profundos;

Internacionalização da Técnica

Desde 2014, o médico Dr. Eduardo Costa[6], um dos primeiros alunos do Dr. Almir Nácul, e outros profissionais tem exportado a técnica para diversos locais do mundo, como Colombia, México, Estados Unidos[7] e Europa - difundindo a Bioplastia e demonstrando a segurança da utilização do PMMA através de estudos e pesquisas.

Produção Científica

Ao longo dos últimos anos, Dr. Eduardo Costa e outros profissionais tem se dedicado a aprender e estudar sobre a Bioplastia. Arthur Shopenhauer disse que “Toda grande verdade passa por três fases: primeiro é ridicularizada; em seguida, é violentamente contestada; finalmente, é aceita como óbvia.”[8]. Com a publicação de diversos artigos mostrando a segurança do PMMA e da Bioplastia[9], a técnica tem conquistado o respeito e a admiração de cada vez mais profissionais, dentre eles Dermatologistas e Cirurgiões Plásticos[10].

O PMMA na Bioplastia

O PMMA foi sintetizado com sucesso pela primeira vez em 1.902[11].

Desde 1.945, o PMMA é amplamente utilizado na odontologia para o preparo de próteses dentárias[12].

O PMMA tem sido usado cada vez mais em diversas especialidades cirúrgicas e é conhecido como um excelente material para estabilização de longas fraturas ósseas[13], rescontruções craniofaciais[14], lentes intraoculares[15] e preenchimento de tecidos moles[16][17]. O PMMA é classificado como um bom material aloplástico devido a algumas de suas características, como o fato de ser permamente, não absorvível e não degradável[18].

O PMMA é amplamente estudado devido ao seu grande número de possíveis aplicações, como em revestimento ósseo, cola óssea, dispositivos óticos (lentes intraoculares), biomaterial para aplicação intramuscular, entre outros[19]

Em 1.994, suas microesferas foram associadas ao colágeno bovino, criando um veículo em gel, pastoso, para facilitar o implante no subcutâneo. O que se observou foi uma melhor retenção com o uso do colágeno misturado as microesferas de PMMA, isto gerou grandes e positivas expectativas da comunidade médica e científica[11]

No Brasil, implantes infiltrativos de PMMA são utilizados para reposição de volume perdido durante o processo de envelhecimento para preenchimento de rugas[20], pois há evidência de que é um polímero que estimula neocolagênese, isto causa uma reação inflamatória controlada, que estabiliza o material e acomoda o material no local do implante.

O biomaterial mais adequado à técnica atualmente é o implante injetável com microesferas de polimetilmetacrilato (PMMA), sendo que estão liberados pela ANVISA: Linnea Safe e Biossimetric. O PMMA tem muitos usos na área médica desde 1945, como por exemplo em Ortopedia como cimento osseo, em Oftamologia para lentes intra-oculares e em Odontologia para fixar próteses dentárias. Para fins preenchedores tem sido utilizada há mais de 23 anos no Brasil e grande parte do mundo inclusive em volumes maiores como aumento de glúteos, segundo estudo clínico do Dr. Roberto Chacur[21], sequela de paralisia infantil e para tratamento de lipodistrofia em pacientes soropositivos. Em lipodistrofia, a bioplastia atua principalmente preenchendo a região da face, visto que essa é a que sofre maior perda de tecido subcutâneo. Neste local, o preenchimento com bioplastia tem papel fundamental no que se refere à melhora na autoestima do paciente, visto ser uma área que passa a maior parte do tempo exposta.

Essa substância é comprovadamente biocompatível, não causando rejeição nem reações alérgicas, portanto não necessita de teste. Como as micro-esferas que compõem o produto são maiores que um macrófago, não são fagocitadas e, portanto, não são absorvidas pelo organismo, tornando o implante definitivo. Uma vantagem adicional do PMMA é que essas micro-esferas funcionam como um andaime numa construção, estimulando a produção de colágeno que se deposita sobre elas formando uma rede e fazendo com que o resultado fique ainda melhor ao longo do tempo.

As microesferas de PMMA são suspensas em um veículo carreador de gel, que permite que elas sejam injetáveis. Este gel é de metilcelulose no produto Biossimetric. Uma preocupação comum é saber que o produto não "sai do lugar". Isso não acontece pelo tamanho das esferas e também por elas terem a superfície perfeitamente regular e polida e não têm carga elétrica; portanto, são logo envolvidas pelo colágeno e não se deslocam.

A aplicação é feita com anestesia local, utilizando-se micro-cânulas, que reduzem a dor, o edema e o risco de complicações. As primeiras experiências do uso do PMMA como implante foram realizadas em 1989 na Alemanha; até então a substância era usada como cimento ortopédico. Em 1984 surgiu a idéia de misturar as micro-esferas com colágeno bovino para que fosse implantado na derme.

Hoje em dia, várias empresas comercializam o produto variando a substância carreadora e o tamanho das microesferas. A bioplastia é contra-indicada para pessoas portadoras de coagulopatias, doenças auto-imunes (como artrite reumatóide e lúpus), e gestantes.

Tipos

  • Implantes absorvíveis : hoje cada vez mais implantes para fins preenchedores estão invadindo o mercado da estética, como ácido hialuronico em mais diversas densidades dependendo do objetivo e local a ser aplicado (duração de um a dois anos aproximadamente), e também o hidrogel de poliamida (Aqualift ® Rejuvene Medical) que tem 2 apresentações: facial e corporal.
  • Não-absorvíveis (são definitivos): silicone; poliacrilamida; polimetilmetacrilato (PMMA), Bio Dermo Polimed®, sendo que liberados pela ANVISA temos apenas as 2 marcas comerciais de produtos a base de PMMA (Linnea Safe, Biossimetric)

Complicações que podem aparecer após o procedimento

  • Nódulos e granulomas na região da boca, existem alguns casos e o risco existe, a textura da boca é diferente e mais delicada, sendo aconselhada a utilização de outros produtos.
  • Hematomas - podem ocorrer, mas regridem em alguns dias.
  • Edemas - também temporários; se necessário são prescritos anti-inflamatório e aplicação de gelo local.
  • Eritemas (vermelhidão) - podem ocorrer em alguns pacientes; regridem em dois dias e podem ser disfarçados com maquilagem.
  • Formação de nódulos - desaparecem em até quinze dias.
  • As complicações a seguir podem ocorrer quando o profissional médico não utiliza o método correto de aplicação que é a Bioplastia.
  • Necrose de nariz, embora algum relato de caso existem serviços especializados com mais de mil casos sem nenhuma necrose, o resultado vai depender muito da procedência do biomaterial, da técnica aplicada e do profissional que executou o tratamento.
  • problemas de alta gravidade no nervo ciático, caso o produto seja mal aplicado nos glúteos, possibilitando inclusive necrose do mesmo.

Ligações externas

Referências

  1. a b c d NÁCUL, Almir (2007). Bioplastia - A Plástica Interativa. São Paulo: Livraria Santos Editora. p. 4 
  2. NÁCUL, Almir (2007). Bioplastia - A Plástica Interativa. São Paulo: Livraria Santos Editora. p. 4 
  3. NÁCUL, Almir (2007). Bioplastia - A Plástica Interativa. São Paulo: Livraria Santos Editora. p. 7 
  4. NÁCUL, Almir (2007). Bioplastia - A Plástica Interativa. São Paulo: Livraria Santos Editora. p. 13 
  5. NÁCUL, Almir (2007). Bioplastia - A Plástica Interativa. São Paulo: Livraria Santos Editora. p. 9 
  6. «Faculty». The American Association of Aesthetic Medicine and Surgery (AAAMS) (em inglês). Consultado em 17 de novembro de 2020 
  7. iaaesthetics.com https://iaaesthetics.com/speaker/dr-eduardo-costa/. Consultado em 17 de novembro de 2020  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  8. NÁCUL, Almir (2007). Bioplastia - A Plástica Interativa. São Paulo: Livraria Santos Editora. p. x 
  9. «Linnea Safe - O PMMA mais seguro do Brasil». linneasafe.com.br. Consultado em 17 de novembro de 2020 
  10. NÁCUL, Almir (2007). Bioplastia - A Plástica Interativa. São Paulo: Livraria Santos Editora. p. xiii 
  11. a b Costa, Eduardo Luiz; Milhomem, Anália C.; Moura Filho, Ronaldo Moisés de; Lino Jr., Ruy S.; Costa, Eduardo Luiz; Milhomem, Anália C.; Moura Filho, Ronaldo Moisés de; Lino Jr., Ruy S. (dezembro de 2016). «Polymethyl methacrylate (Linnea Safe) causes local inflammatory response after intramuscular implant in BALB/c mice but it is not observed in distant organs». Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (em inglês) (6): 400–406. ISSN 1676-2444. doi:10.5935/1676-2444.20160058. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  12. Lemperle, G.; Ott, H.; Charrier, U.; Hecker, J.; Lemperle, M. (janeiro de 1991). «PMMA microspheres for intradermal implantation: Part I. Animal research». Annals of Plastic Surgery (1): 57–63. ISSN 0148-7043. PMID 1994814. doi:10.1097/00000637-199101000-00009. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  13. Cardona R., Leonel; Brousse, Mariana; Mieres, Marcelo; Arias, Sergio; Gutiérrez, Édgar (junho de 2011). «Evaluación de la resistencia de un prototipo de placa de compresión dinámica (PCD) fabricada de polimetilmetacrilato (PMMA) probada en fémur canino osteotomizado». Revista de Medicina Veterinaria (21): 13–24. ISSN 0122-9354. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  14. Abdo Filho, Ruy C. C.; Oliveira, Thais M.; Lourenço Neto, Natalino; Gurgel, Carla; Abdo, Ruy C. C. (agosto de 2011). «Reconstruction of bony facial contour deficiencies with polymethylmethacrylate implants: case report». Journal of Applied Oral Science (em inglês) (4): 426–430. ISSN 1678-7757. doi:10.1590/S1678-77572011000400021. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  15. Oriá, Arianne Pontes; Dórea Neto, Francisco de Assis; Santos, Luís Alberto dos; Piza, Evandro de Toledo; Brunelli, Adriana Torrecilhas Jorge; Nishimori, Celina Tie; Souza, Ana Letícia Groszewicz de; Gomes Junior, Deusdete Conceição; Laus, José Luiz (agosto de 2012). «Evaluation of polymethylmethacrylate as ocular implant in rabbits subjected to evisceration». Revista Ceres (em inglês) (4): 452–457. ISSN 0034-737X. doi:10.1590/S0034-737X2012000400004. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  16. Lemperle, Gottfried; Knapp, Terry R.; Sadick, Neil S.; Lemperle, Stefan M. (junho de 2010). «ArteFill permanent injectable for soft tissue augmentation: I. Mechanism of action and injection techniques». Aesthetic Plastic Surgery (3): 264–272. ISSN 1432-5241. PMC 2872009Acessível livremente. PMID 19787394. doi:10.1007/s00266-009-9413-1. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  17. Lemperle, Gottfried; Sadick, Neil S.; Knapp, Terry R.; Lemperle, Stefan M. (junho de 2010). «ArteFill permanent injectable for soft tissue augmentation: II. Indications and applications». Aesthetic Plastic Surgery (3): 273–286. ISSN 1432-5241. PMC 2872008Acessível livremente. PMID 19787393. doi:10.1007/s00266-009-9414-0. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  18. Puricelli, Edela; Nácul, Almir Moojen; Ponzoni, Deise; Corsetti, Adriana; Hildebrand, Laura de Campos; Valente, Denis Souto (setembro de 2011). «Intramuscular 30% polymethylmethacrylate (PMMA) implants in a non-protein vehicle: an experimental study in rats». Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (3): 385–389. ISSN 1983-5175. doi:10.1590/S1983-51752011000300004. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  19. Padilha, Giovana da Silva; Mansanares, Virginia; Bartoli, Julio Roberto (13 de junho de 2013). «Effect of plasma fluorination variables on the deposition and growth of partially fluorinated polymer over PMMA films». Polímeros (5): 585–589. ISSN 0104-1428. doi:10.4322/polimeros.2013.093. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  20. Sturm, Lana P.; Cooter, Rodney D.; Mutimer, Keith L.; Graham, John C.; Maddern, Guy J. (janeiro de 2011). «A systematic review of dermal fillers for age-related lines and wrinkles». ANZ journal of surgery (1-2): 9–17. ISSN 1445-2197. PMID 21299793. doi:10.1111/j.1445-2197.2010.05351.x. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  21. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6571318/
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