Saltar para o conteúdo

Melastomataceae: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Correção do nome do gênero
a introdução ao grupo
Etiquetas: Expressão problemática Editor Visual
Linha 11: Linha 11:
}}{{Wikispecies|Melastomataceae}}
}}{{Wikispecies|Melastomataceae}}


'''Melastomataceae''' é uma das dez maiores família dentro de Angiospermas<ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1590/S0100-84042002000100004 |titulo=Melastomataceae do Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil |data=2002-03 |acessodata=2021-06-30 |jornal=Revista Brasileira de Botânica |número=1 |ultimo=ROMERO |primeiro=ROSANA |ultimo2=MARTINS |primeiro2=ANGELA B. |paginas=19–24 |doi=10.1590/s0100-84042002000100004 |issn=0100-8404}}</ref> sendo atribuída por Jussieu 1789<ref>{{Citar web |ultimo=Araújo |primeiro=Cínthia Menezes Lima Ramos |url=https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12560 |titulo=A tribo melastomeae (melastomataceae juss.) na Mata Atlântica no nordeste oriental |data=2013-01-31 |acessodata=2021-06-30 |website=repositorio.ufpe.br}}</ref>. É uma família botânica pertencente à ordem''' Myrtales''', e inclui aproximadamente 177 gêneros e cerca de 5.750 espécies<ref name=":0">{{Citar periódico |url=https://www.preprints.org/manuscript/202010.0203/v1 |titulo=A Guide to Curating New World Melastomataceae Collections with a Linear Generic Sequence to World-Wide Melastomataceae |data=2020-10-09 |acessodata=2021-06-30 |ultimo=Michelangeli |primeiro=Fabian |ultimo2=Almeda |primeiro2=Frank |doi=10.20944/preprints202010.0203.v1 |ultimo3=Goldenberg |primeiro3=Renato |ultimo4=Penneys |primeiro4=Darin}}</ref>. No Brasil, ocorrem aproximadamente 69 gêneros e 1.436 espécies<ref name=":0" />, com destaque da sua distribuição em campos (rupestres e de altitude) e florestas úmidas, como o gênero ''Tibouchina'', por exemplo, que é muito utilizada na ornamentação<ref name=":1">{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1590/S2175-78602012000100011 |titulo=Taxonomia de Melastomataceae no Brasil: retrospectiva, perspectivas e chave de identificação para os gêneros |data=2012-03 |acessodata=2021-06-30 |jornal=Rodriguésia |número=1 |ultimo=Goldenberg |primeiro=Renato |ultimo2=Baumgratz |primeiro2=José Fernando A. |paginas=145–161 |doi=10.1590/s2175-78602012000100011 |issn=2175-7860 |ultimo3=Souza |primeiro3=Maria Leonor D'El Rei}}</ref>. Incluem alguns gêneros maiores como ''Miconia'', ''Medinilla'', ''Leandra''<ref name=":1" />.
'''Melastomataceae''' é uma família botânica pertencente à ordem ''' Myrtales''' , que inclui 188 gêneros e cerca de 5.000 espécies. No Brasil, possui 73 gêneros, dos quais 19 endêmicos, 1430 espécies, 8 subespécies e 44 variedades, com destaque a distribuição em campos (rupestres e de altitude) e florestas úmidas, como o gênero ''Tibouchina'', por exemplo, que é muito utilizada na ornamentação. Incluem alguns gêneros maiores como ''Miconia'', ''Medinilla'', ''Leandra''. Na Mata Atlântica representam uma das famílias mais significativas. As Melastomataceae pertenceram a Ordem Myrtales.
==Etimologia==
==Etimologia==
A palavra Melastomataceae deriva do grego – ''Melastoma'' que em tradução livre significa preto (''mela'') e boca (''stoma''), ou boca preta, nome atribuído, provavelmente, pela característica do fruto de algumas espécies, como os das ''Pixiricas''.
A palavra Melastomataceae deriva do grego – ''Melastoma'' que em tradução livre significa preto (''mela'') e boca (''stoma''), ou boca preta, nome atribuído, provavelmente, pela característica do fruto de algumas espécies, como os das ''Pixiricas''.

Revisão das 01h40min de 30 de junho de 2021

Como ler uma infocaixa de taxonomiaMelastomataceae
Tibouchina semidecandra
Tibouchina semidecandra
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Melastomataceae
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Melastomataceae

Melastomataceae é uma das dez maiores família dentro de Angiospermas[1] sendo atribuída por Jussieu 1789[2]. É uma família botânica pertencente à ordem Myrtales, e inclui aproximadamente 177 gêneros e cerca de 5.750 espécies[3]. No Brasil, ocorrem aproximadamente 69 gêneros e 1.436 espécies[3], com destaque da sua distribuição em campos (rupestres e de altitude) e florestas úmidas, como o gênero Tibouchina, por exemplo, que é muito utilizada na ornamentação[4]. Incluem alguns gêneros maiores como Miconia, Medinilla, Leandra[4].

Etimologia

A palavra Melastomataceae deriva do grego – Melastoma que em tradução livre significa preto (mela) e boca (stoma), ou boca preta, nome atribuído, provavelmente, pela característica do fruto de algumas espécies, como os das Pixiricas.

Descrição (características morfológicas)

Predominantemente composta por subarbustos, porém incluem-se também, ervas, lianas e árvores; anuais ou perenes que podem ser epífitas, rupícolas ou terrícolas. O caule é, por vezes, quadrangular. Ocasionalmente, são mimercófilas. Suas folhas são simples, opostas cruzadas e podem ser inteiras ou serreadas, apresentam nervação característica curvinérvea, com 3-8 nervuras que divergem da base e convergem no ápice e nervuras secundárias que as unem. Muitas vezes apresentam tricomas e as estípulas são ausentes. Flores bissexuais, predominantemente actinomorfas, porém, podem ser também zigomorfas através do afastamento dos estames para um dos lados da flor; epígenas ou períginas e diclamídeas. As sépalas 3-5(-8) conatas na base. Pétalas 3-5, livres ou, em alguns casos, contorcidas. Possuem flores hermafroditas, com estames entre 5 e 10, os filetes podem se dobrar sobre a antera no botão. As anteras se caracterizam pela forma de foice. O ovário é ínfero e 3-5(6)-carpelar, com número de lóculos igual ao de carpelos. Vários óvulos em cada lóculo. Geralmente, não há presença de nectários. Frutos com sementes reduzidas e numerosas; baga ou cápsula.

Distribuição geográfica

Melastomataceae se distribui por toda a região tropical e subtropical, com maior índice na América do Sul. No Brasil, se distribuem no Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) Centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), Sudeste (Espirito santos, Minas gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e no Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Em relação às regiões, o Sudeste é a que apresenta maior concentração, seguido pela região Norte. Ocorrem nos domínios da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.

Reprodução

Há estudos que apontam o mutualismo entre espécies de Melastomataceae e animais. Dentre estes, pássaros da Família Pipridae são importantes dispersores das sementes de Melastomataceae (Heamig, 2011). Outras aves também funcionam como excelentes dispersores das sementes, assim como pequenos mamíferos, no entanto, a dispersão das espécies que produzem cápsula com semente, é principalmente pelo vento e chuva. Além disso, muitas abelhas desempenham papel de polinizadoras, através da coleta do pólen, bem como vespas, beija-flores e morcegos quando há produção de néctar.

Importância ecológica

Melastomataceae é uma das famílias mais significativas, especialmente na Mata Atlântica. Destacam-se por representarem um grande grupo de angiospermas e alguns gêneros da Família como Miconia, por exemplo, são utilizadas na restauração ambiental, tendo papel importante por serem plantas pioneiras. Muitas espécies podem também ser utilizadas em áreas urbanas. Outro ponto importante é a interação positiva entre algumas espécies de Melastomataceae com a fauna.

Conservação

Dentre as espécies de Melastomataceae ameaçadas de extinção encontram-se Eriocnema acaulis (Triana), Combessedesia hermogenesii (A.B. Martins), Eriocnema fulva (Naudin),Lavoisiera itambana (DC), Marcetia oxycoccoides (Wurdack e A.B. Martins), Merianthera burlemarxii (Wurdack), Ossaea warmingiana (Cong.), Tibouchina bergiana (Cong.) e Tibouchina quartzofila (Brade), de acordo com a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Além disso, existem outras espécies das quais existem deficiências de dados.

Importância econômica

As plantas da família Melastomataceae são de extrema importância na restauração ambiental, já que muitas são plantas pioneiras, além disso, o cultivo ornamental e paisagístico é muito apreciado.

Potencial ornamental

O gênero Tibouchina é amplamente utilizado para ornamentação, a espécie Tibouchina heteromalla (D. Don) Cogn., é bastante apreciada. A Quaresmeira, Tibouchina granulosa (Cong.), é outra com bastante potencial ornamental, sua beleza é notável, com floração vistosa e mesmo sem a presença de flor, é bastante estimada no paisagismo e bem utilizada em áreas urbanas do Brasil. A Tibouchina mutabilis (Vell.) Cong., Manacá-da serra, possui florescimento bastante atrativo, pois apresentam flores de coloração branca assim que o botão floral abre, e em seguida tendem a ficar roxas, assim como a Tibouchina pulchra Cogn., e amplamente utilizado em área urbana. Muitas outras espécies são apreciadas pelas flores e alguns pelas folhas atraentes.

Gêneros

Acanthella, Aciotis, Acisanthera, Adelobotrys, Allomaieta, Allomorpheia, Allomorphia, Amphiblemma, Amphorocalyx, Anaectocalyx, Anerincleistus, Antherotoma, Appendicularia, Arthrostemma, Ascistanthera, Astrocalyx, Astronia, Astronidium, Axinaea, Barthea, Beccarianthus, Behuria, Bellucia, Benevidesia, Bertolonia, Bisglaziovia, Blakea, Blastus, Boerlagea, Boyania, Brachyotum, Bredia, Brittenia, Bucquetia, Cailliella, Calvoa, Calycogonium, Cambessedesia, Campimia, Carionia, Castratella, Catanthera, Catocoryne, Centradenia, Centradeniastrum, Centronia, Chaetolepis, Chaetostoma, Chalybea, Charianthus, Cincinnobotrys, Clidemia, Comolia, Comoliopsis, Conostegia, Creochiton, Cyanandrium, Cyphostyla, Cyphotheca, Dalenia, Desmoscelis, Dicellandra, Dichaetanthera, Dinophora, Dionycha, Dionychastrum, Diplarpea, Diplectria, Dissochaeta, Dissotis, Dolichoura, Driessenia, Enaulophyton, Eriocnema, Ernestia, Feliciadamia, Fordiophyton, Fritzschia, Graffenriedia, Gravesia, Guyonia, Henriettea, Henriettella, Heterocentron, Heterotis, Heterotrichum, Huberia, Huilaea, Hypenanthe, Kendrickia, Kerriothyrsus, Killipia, Kirkbridea, Lavoisiera, Leandra, Lithobium, Llewelynia, Loreya, Loricalepis, Macairea, Macrocentrum, Macrolenes, Maguireanthus, Maieta, Mallophyton, Marcetia, Mecranium, Medinilla, Melastoma, Melastomastrum, Meriania, Merianthera, Miconia, Microlepis, Microlicia, Mommsenia, Monochaetum, Monolena, Myriaspora, Myrmidone, Neblinanthera, Necramium, Neodriessenia, Nepsera, Nerophila, Ochthephilus, Ochthocharis, Omphalopus, Opisthocentra, Oritrephes, Osbeckia, Ossaea, Otanthera, Oxyspora, Pachyanthus, Pachycentria, Pachyloma, Phaiantha, Phyllagathis, Pilocosta, Plagiopetalum, Pleiochiton, Plethiandra, Pogonanthera, Poikilogyne, Poilannammia, Poteranthera, Preussiella, Pseudodissochaeta, Pseudosbeckia, Pterogastra, Pterolepis, Rhexia, Rhyncanthera, Rousseauxia, Salpinga, Sandemania, Sarcopyramis, Schwackaea, Scorpiothyrsus, Schizocentron, Siphanthera, Sonerila, Sporoxeia, Stenodon, Stussenia, Svitramia, Tateanthus, Tayloriophyton, Tessmannianthus, Tetrazygia, Tibouchina, Tibouchinopsis, Tigridiopalma, Tococa, Topobea, Trembleya, Triolema, Tristemma, Tryssophyton, Tylanthera, Vietsenia.[5]

Referências

  1. ROMERO, ROSANA; MARTINS, ANGELA B. (março de 2002). «Melastomataceae do Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil». Revista Brasileira de Botânica (1): 19–24. ISSN 0100-8404. doi:10.1590/s0100-84042002000100004. Consultado em 30 de junho de 2021 
  2. Araújo, Cínthia Menezes Lima Ramos (31 de janeiro de 2013). «A tribo melastomeae (melastomataceae juss.) na Mata Atlântica no nordeste oriental». repositorio.ufpe.br. Consultado em 30 de junho de 2021 
  3. a b Michelangeli, Fabian; Almeda, Frank; Goldenberg, Renato; Penneys, Darin (9 de outubro de 2020). «A Guide to Curating New World Melastomataceae Collections with a Linear Generic Sequence to World-Wide Melastomataceae». doi:10.20944/preprints202010.0203.v1. Consultado em 30 de junho de 2021 
  4. a b Goldenberg, Renato; Baumgratz, José Fernando A.; Souza, Maria Leonor D'El Rei (março de 2012). «Taxonomia de Melastomataceae no Brasil: retrospectiva, perspectivas e chave de identificação para os gêneros». Rodriguésia (1): 145–161. ISSN 2175-7860. doi:10.1590/s2175-78602012000100011. Consultado em 30 de junho de 2021 
  5. http://biodiversity.uno.edu/delta/angio/www/melastom.htm Arquivado em 6 de março de 2005, no Wayback Machine. Delta 05 abril de 2005
  • [1] - acesso em 07 de junho de 2013
  • [http: floradobrasil.jbrj.gov.br] - acesso a 8 de Maio de 2013
  • [2] - acesso a 12 de Junho de 2013
  • [3] - acesso 12 de Maio de 2013
  • Haeming PD. Dançarinos e as plantas da família Melastomataceae. Disponível em: [4] - acesso a 12 de Junho de 2013.
  • Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Disponível em: [5] - acesso a 14 de Junho de 2013.

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Melastomataceae
Categoria
Categoria
Ícone de esboço Este artigo sobre rosídeas, integrado no Projeto Plantas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.