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Elevação do Rio Grande: diferenças entre revisões

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A Elevação do Rio Grande (ERG), também chamada de ''Alto do Rio Grande'', é um [[planalto submarino]] localizado em [[águas internacionais]], a cerca de 680 [[milhas náuticas]] do litoral do Brasil. Ocupa uma área de mais de 900 000 km'''²''', e situa-se a mais de 700 metros de profundidade, elevando-se até 3500 metros acima do fundo do oceano. Explorações preliminares conduzidas por diversos países a partir da década de 70 e, pela [[Comissão Interministerial para os Recursos do Mar]] (CIRM), a partir de 2009, indicaram a existência de [[minérios]] de [[cobalto]], [[níquel]], [[platina]], [[manganês]] e [[terras raras]], entre outros<ref>{{Citar web|titulo=The final frontier - Brazil may mine deep ocean floor in international waters|url=https://www.lexology.com/library/detail.aspx?g=8968afa7-72ee-4af4-9b62-8d67674f208d|acessodata=2020-08-16|lingua=pt-br|arquivodata=13 de outubro de 2014}}</ref><ref name="Globo">{{Citar web|titulo=Brasil estuda porção submersa de supercontinente no Atlântico Sul|url=http://www.cprm.gov.br/imprensa/pdf/estudosubmerso.pdf|acessodata=2020-08-16|lingua=pt-br|arquivodata=1 de maio de 2018}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Multidisciplinary Scientific Cruise to the Rio Grande Rise|url=https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmars.2019.00252/full|acessodata=2020-08-16|lingua=en-us|arquivodata=24 de maio de 2019}}</ref>.
A Elevação do Rio Grande (ERG), também chamada de ''Alto do Rio Grande'', é um [[planalto submarino]] localizado em [[águas internacionais]], a cerca de 680 [[milhas náuticas]] do litoral do Brasil. Ocupa uma área de mais de 900 000 km'''²''', e situa-se a mais de 700 metros de profundidade, elevando-se até 3500 metros acima do fundo do oceano. Explorações preliminares conduzidas por diversos países a partir da década de 70 e, pela [[Comissão Interministerial para os Recursos do Mar]] (CIRM), a partir de 2009, indicaram a existência de [[minérios]] de [[cobalto]], [[níquel]], [[platina]], [[manganês]] e [[terras raras]], entre outros<ref>{{Citar web|ultimo=Rhodes|primeiro=CMS Cameron McKenna Nabarro Olswang LLP-Ted|url=https://www.lexology.com/library/detail.aspx?g=8968afa7-72ee-4af4-9b62-8d67674f208d|titulo=The final frontier - Brazil may mine deep ocean floor in international waters|data=2014-10-13|acessodata=2020-07-16|website=Lexology|lingua=en}}</ref><ref name=":0">{{citar web|url=http://www.cprm.gov.br/imprensa/pdf/estudosubmerso.pdf|titulo=Brasil estuda porção submersa de supercontinente no Atlântico Sul|acessodata=2020-07-16}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmars.2019.00252 |título=Multidisciplinary Scientific Cruise to the Rio Grande Rise |data=2019 |acessodata=2020-07-16 |periódico=Frontiers in Marine Science |ultimo=Jovane |primeiro=Luigi |ultimo2=Hein |primeiro2=James R. |doi=10.3389/fmars.2019.00252/full |issn=2296-7745 |ultimo3=Yeo |primeiro3=Isobel A. |ultimo4=Benites |primeiro4=Mariana |ultimo5=Bergo |primeiro5=Natascha M. |ultimo6=Corrêa |primeiro6=Paulo V. F. |ultimo7=Couto |primeiro7=Daniel M. |ultimo8=Guimarães |primeiro8=Ayrton D. |ultimo9=Howarth |primeiro9=Sarah A.}}</ref>.


A existência desses minérios motivou o encaminhamento, em dezembro de 2013, de uma requisição do Brasil à [[Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos]] (ISA), para exploração dessas riquezas. Em novembro de 2015, foi assinado o respectivo Contrato para Exploração Mineral no Atlântico Sul, entre o Brasil e a ISBA, para a exploração de cobalto, níquel, platina, manganês, tálio e telúrio na ERG, em uma área de três mil km², dividida em 150 blocos de 20 km² cada'''.''' A partir de então, o país tinha 15 anos para completar a fase de exploração e apresentar uma proposta de mineração da região<ref>{{Citar web|titulo=Aprovado plano de trabalho do Brasil para exploração de crostas na Elevação do Rio Grande|url=https://www.naval.com.br/blog/2014/07/23/aprovado-plano-de-trabalho-do-brasil-para-exploracao-de-crostas-na-elevacao-do-rio-grande//|acessodata=2020-08-16|lingua=pt-br|arquivodata=23 de julho de 2014}}</ref><ref name="Globo"/>.
A existência desses minérios motivou o encaminhamento, em dezembro de 2013, de uma requisição do Brasil à [[Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos]] (ISA), para exploração dessas riquezas. Em novembro de 2015, foi assinado o respectivo Contrato para Exploração Mineral no Atlântico Sul, entre o Brasil e a ISBA, para a exploração de cobalto, níquel, platina, manganês, tálio e telúrio na ERG, em uma área de três mil km², dividida em 150 blocos de 20 km² cada'''.''' A partir de então, o país tinha 15 anos para completar a fase de exploração e apresentar uma proposta de mineração da região<ref>{{Citar web|ultimo=Galante|primeiro=Alexandre|url=https://www.naval.com.br/blog/2014/07/23/aprovado-plano-de-trabalho-do-brasil-para-exploracao-de-crostas-na-elevacao-do-rio-grande/|titulo=Aprovado plano de trabalho do Brasil para exploração de crostas na Elevação do Rio Grande|data=2014-07-23|acessodata=2020-07-16|website=Poder Naval|lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":0" />.


A continuidade das pesquisas subsidiaram novos estudos que procuravam estabelecer a ligação geológica do local com o solo brasileiro, visando obter reconhecimento internacional para incorporação ao território nacional, e assim assegurar direitos exclusivos do Brasil às riquezas do local<ref>{{Citar web|titulo=A formação da elevação do Rio Grande e sua correlação com a evolução da margem continental sudeste brasileira|url=http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/20462/|acessodata=2020-08-16|lingua=pt-br|arquivodata=6 de dezembro de 2018|autor=GRAÇA|nome=Michelle C.}}</ref>. Segundo os pesquisadores, a Elevação do Rio Grande teria sido formada durante o processo de divisão de [[Pangeia]] em [[Gondwana]] e [[Laurásia]]. Até cerca de 80 milhões de anos, ela ainda estaria unida ao que hoje é a [[Cadeia de Walvis]], na costa ocidental da [[Namíbia]]; há cerca de 40 milhões de anos, ela teria começado a submergir devido ao peso da lava liberada pela movimentação das placas tectônicas<ref>{{Citar web|titulo=Revelações de um arquipélago submerso|url=https://revistapesquisa.fapesp.br/revelacoes-de-um-arquipelago-submerso/|acessodata=2020-08-16|lingua=pt-br|arquivodata=3 de setembro de 2019}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=MAPEAMENTO DA ESPESSURA CRUSTAL DO ATLÂNTICO SUL CENTRAL E A EVOLUÇÃO GEODINÂMICA DA ELEVAÇÃO DO RIO GRANDE E CADEIA DE WALVIS|url=http://www.cprm.gov.br/imprensa/pdf/DGMemPautamichelle.pdf|acessodata=2020-08-16|lingua=pt-br|arquivodata=7 de maio de 2020}}</ref>.
A continuidade das pesquisas subsidiaram novos estudos que procuravam estabelecer a ligação geológica do local com o solo brasileiro, visando obter reconhecimento internacional para incorporação ao território nacional, e assim assegurar direitos exclusivos do Brasil às riquezas do local<ref>{{Citar periódico |url=http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/20462 |título=A formação da elevação do Rio Grande e sua correlação com a evolução da margem continental sudeste brasileira |data=2018 |acessodata=2020-07-16 |ultimo=Graça |primeiro=Michelle Cunha |lingua=pt-BR}}</ref>. Segundo os pesquisadores, a Elevação do Rio Grande teria sido formada durante o processo de divisão de [[Pangeia]] em [[Gondwana]] e [[Laurásia]]. Até cerca de 80 milhões de anos, ela ainda estaria unida ao que hoje é a [[Cadeia de Walvis]], na costa ocidental da [[Namíbia]]; há cerca de 40 milhões de anos, ela teria começado a submergir devido ao peso da lava liberada pela movimentação das placas tectônicas<ref>{{Citar web|url=https://revistapesquisa.fapesp.br/revelacoes-de-um-arquipelago-submerso/|titulo=Revelações de um arquipélago submerso|acessodata=2020-07-16|website=revistapesquisa.fapesp.br|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.cprm.gov.br/imprensa/pdf/DGMemPautamichelle.pdf|titulo=MAPEAMENTO DA ESPESSURA CRUSTAL DO ATLÂNTICO SUL CENTRAL E A EVOLUÇÃO GEODINÂMICA DA ELEVAÇÃO DO RIO GRANDE E CADEIA DE WALVIS|acessodata=2020-07-16}}</ref>.


Com base em tais estudos, o Brasil encaminhou à [[Comissão de Limites da Plataforma Continental]] (CLPC), em dezembro de 2018, a Submissão Revista Parcial da Região Oriental/Meridional, que incluiu a ERG como extensão de sua [[plataforma continental]]<ref>{{Citar web|titulo="Continente perdido" no Atlântico é do Brasil, avaliam geólogos|url=http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/20462/|acessodata=2020-08-16|lingua=pt-br|arquivodata=22 de janeiro de 2020}}</ref>. Em dezembro de 2021, o Brasil retirou seu patrocínio ao contrato assinado com a ISA para exploração de crostas cobaltíferas na ERG. Em consequência o contrato foi extinto e a ERG deixou de ser considerada área internacional sob coordenação da ISA.<ref>{{citar web|url=https://www.isa.org.jm/wp-content/uploads/2022/06/ISBA_27_C_28_Status_of_contracts_for_exploration_and_related-matters.pdf|titulo=Status of contracts for exploration and related matters, including information on the periodic review of the implementation of approved plans of work for exploration}}</ref>
Com base em tais estudos, o Brasil encaminhou à [[Comissão de Limites da Plataforma Continental]] (CLPC), em dezembro de 2018, a Submissão Revista Parcial da Região Oriental/Meridional, que incluiu a ERG como extensão de sua [[plataforma continental]]<ref>{{Citar periódico |url=http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/20462 |título=A formação da elevação do Rio Grande e sua correlação com a evolução da margem continental sudeste brasileira |data=2018 |acessodata=2020-07-16 |ultimo=Graça |primeiro=Michelle Cunha |lingua=pt-BR}}</ref>. Em dezembro de 2021, o Brasil retirou seu patrocínio ao contrato assinado com a ISA para exploração de crostas cobaltíferas na ERG. Em consequência o contrato foi extinto e a ERG deixou de ser considerada área internacional sob coordenação da ISA<ref>{{citar web|url=https://www.isa.org.jm/wp-content/uploads/2022/06/ISBA_27_C_28_Status_of_contracts_for_exploration_and_related-matters.pdf|titulo=Status of contracts for exploration and related matters, including information on the periodic review of the implementation of approved plans of work for exploration}}</ref>.


[[File:Rio Grande Rise NOAA.jpeg|thumb|Elevação do Rio Grande (ERG).]]
[[File:Rio Grande Rise NOAA.jpeg|thumb|Elevação do Rio Grande (ERG).]]

Revisão das 16h13min de 3 de maio de 2023

Elevação do Rio Grande
Planalto submarino
Localização litoral do Rio Grande do Sul, Brasil
Coordenadas 31° S 35° O
Elevação do Rio Grande está localizado em: Oceano Atlântico
Elevação do Rio Grande

A Elevação do Rio Grande (ERG), também chamada de Alto do Rio Grande, é um planalto submarino localizado em águas internacionais, a cerca de 680 milhas náuticas do litoral do Brasil. Ocupa uma área de mais de 900 000 km², e situa-se a mais de 700 metros de profundidade, elevando-se até 3500 metros acima do fundo do oceano. Explorações preliminares conduzidas por diversos países a partir da década de 70 e, pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), a partir de 2009, indicaram a existência de minérios de cobalto, níquel, platina, manganês e terras raras, entre outros[1][2][3].

A existência desses minérios motivou o encaminhamento, em dezembro de 2013, de uma requisição do Brasil à Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISA), para exploração dessas riquezas. Em novembro de 2015, foi assinado o respectivo Contrato para Exploração Mineral no Atlântico Sul, entre o Brasil e a ISBA, para a exploração de cobalto, níquel, platina, manganês, tálio e telúrio na ERG, em uma área de três mil km², dividida em 150 blocos de 20 km² cada. A partir de então, o país tinha 15 anos para completar a fase de exploração e apresentar uma proposta de mineração da região[4][2].

A continuidade das pesquisas subsidiaram novos estudos que procuravam estabelecer a ligação geológica do local com o solo brasileiro, visando obter reconhecimento internacional para incorporação ao território nacional, e assim assegurar direitos exclusivos do Brasil às riquezas do local[5]. Segundo os pesquisadores, a Elevação do Rio Grande teria sido formada durante o processo de divisão de Pangeia em Gondwana e Laurásia. Até cerca de 80 milhões de anos, ela ainda estaria unida ao que hoje é a Cadeia de Walvis, na costa ocidental da Namíbia; há cerca de 40 milhões de anos, ela teria começado a submergir devido ao peso da lava liberada pela movimentação das placas tectônicas[6][7].

Com base em tais estudos, o Brasil encaminhou à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), em dezembro de 2018, a Submissão Revista Parcial da Região Oriental/Meridional, que incluiu a ERG como extensão de sua plataforma continental[8]. Em dezembro de 2021, o Brasil retirou seu patrocínio ao contrato assinado com a ISA para exploração de crostas cobaltíferas na ERG. Em consequência o contrato foi extinto e a ERG deixou de ser considerada área internacional sob coordenação da ISA[9].

Elevação do Rio Grande (ERG).
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Referências

  1. Rhodes, CMS Cameron McKenna Nabarro Olswang LLP-Ted (13 de outubro de 2014). «The final frontier - Brazil may mine deep ocean floor in international waters». Lexology (em inglês). Consultado em 16 de julho de 2020 
  2. a b «Brasil estuda porção submersa de supercontinente no Atlântico Sul» (PDF). Consultado em 16 de julho de 2020 
  3. Jovane, Luigi; Hein, James R.; Yeo, Isobel A.; Benites, Mariana; Bergo, Natascha M.; Corrêa, Paulo V. F.; Couto, Daniel M.; Guimarães, Ayrton D.; Howarth, Sarah A. (2019). «Multidisciplinary Scientific Cruise to the Rio Grande Rise». Frontiers in Marine Science. ISSN 2296-7745. doi:10.3389/fmars.2019.00252/full. Consultado em 16 de julho de 2020 
  4. Galante, Alexandre (23 de julho de 2014). «Aprovado plano de trabalho do Brasil para exploração de crostas na Elevação do Rio Grande». Poder Naval. Consultado em 16 de julho de 2020 
  5. Graça, Michelle Cunha (2018). «A formação da elevação do Rio Grande e sua correlação com a evolução da margem continental sudeste brasileira». Consultado em 16 de julho de 2020 
  6. «Revelações de um arquipélago submerso». revistapesquisa.fapesp.br. Consultado em 16 de julho de 2020 
  7. «MAPEAMENTO DA ESPESSURA CRUSTAL DO ATLÂNTICO SUL CENTRAL E A EVOLUÇÃO GEODINÂMICA DA ELEVAÇÃO DO RIO GRANDE E CADEIA DE WALVIS» (PDF). Consultado em 16 de julho de 2020 
  8. Graça, Michelle Cunha (2018). «A formação da elevação do Rio Grande e sua correlação com a evolução da margem continental sudeste brasileira». Consultado em 16 de julho de 2020 
  9. «Status of contracts for exploration and related matters, including information on the periodic review of the implementation of approved plans of work for exploration» (PDF) 

Ligações externas