Não desculpa: diferenças entre revisões

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Um '''pedido de desculpas sem desculpas''', às vezes chamado de '''desculpas indiretas''',<ref>{{cite book|url=https://books.google.com/books?id=f-oaDAAAQBAJ&pg=PT170|title=How to Talk Teen: From Asshat to Zup, the Totes Awesome Dictionary of Teenage Slang|author=Mark Leigh|publisher=Little, Brown Book Group|isbn=978-1-4721-3745-6|year=2016|pages=170–171}}</ref><ref>{{cite news|url=https://www.usnews.com/news/articles/2016-05-17/non-pology-bernie-sanders-condemns-general-violence-but-not-his-supporters|title=Non-Pology: Sanders Condemns Violence, but Not His Supporters|date=17-5-2016|work=U.S. News & World Report|author=Susan Milligan}}</ref> é uma declaração na forma de um pedido de desculpas que não expressa remorso pelo que foi feito ou dito, ou atribui culpa àqueles ostensivamente receber o pedido de desculpas.<ref name="Eisinger2022">{{cite journal |title=The Political Non-Apology |date=1-3-2011 |journal=Society |issue=2 |pages=136–141 |language=en |doi=10.1007/s12115-010-9409-0 |issn=1936-4725 |volume=48 |doi-access=free |last1=Eisinger |first1=Robert M. |s2cid=145189514}}</ref> É comum na [[política]] e nas [[relações públicas]].<ref name="Eisinger2022" />
{{Má tradução|data=setembro de 2021}}
Uma '''desculpa não-desculposa, '''ou '''não-desculpa, '''é uma declaração que tem a forma nominal de um [[wiktionary:apology|pedido de desculpas]] , mas não expressa a [[contrição]] esperada. É comum tanto em [[política]] e [[relações públicas]]. Comumente envolve o falante dizendo que ele ou ela está arrependido, mas porém não de um comportamento, declaração ou malfeito, mas, sim está preocupado porque uma pessoa que foi agravada está solicitando o pedido de desculpas, expressando uma queixa, ou ameaçando dalguma forma de vingança ou [[Vendeta|retaliação]].


Um exemplo de um não-desculpas pedido de desculpas seria dizer "eu sinto muito que você se sente desse jeito" para alguém que foi ofendido por uma instrução. Este pedido de desculpas de não admitir que havia algo de errado com as observações feitas, e além disso, ele pode ser tomado como insinuando que a pessoa que tirou a ofensa foi excessivamente sensível ou irracional na tomada de ofensa ao discurso em primeiro lugar. Outra forma de pedido de desculpas é o que não pedir desculpas diretamente para a pessoa que foi ferido ou ofendido, mas, em vez disso, oferece um pedido de desculpas genérico "para qualquer um que poderia ter sido ofendido."<ref>{{citar jornal|url=http://www.forbes.com/sites/elisadoucette/2014/11/30/the-art-of-apologies-and-why-elizabeth-lauten-failed-miserably-at-hers/|titulo=The Art Of Online Apologies And Why Elizabeth Lauten Failed Miserably At Hers|último=Doucette|primeiro=Elisa|data=30 de novembro de 2014|publicacao=Forbes|acessodata=1 de dezembro de 2014}}</ref>
Por exemplo, dizer "Sinto muito que você se sinta assim" para alguém que foi ofendido por uma declaração é um pedido de desculpas sem desculpas. Não admite que haja algo de errado com as observações feitas e pode insinuar que a pessoa se ofendeu por motivos hipersensíveis ou irracionais. Outra forma de não pedir desculpas não é pedir desculpas diretamente à parte lesada ou insultada, mas genericamente "a qualquer pessoa que possa ter sido ofendida".<ref>{{cite news|last=Doucette|first=Elisa|url=https://www.forbes.com/sites/elisadoucette/2014/11/30/the-art-of-apologies-and-why-elizabeth-lauten-failed-miserably-at-hers/|title=The Art Of Online Apologies And Why Elizabeth Lauten Failed Miserably At Hers|date=30-11-2014|access-date=1-12-014|work=Forbes}}</ref>


Instruções que usam a palavra "desculpa", mas não expressam responsabilidade por erros podem ser significativas como expressões de pesar, mas tais afirmações também podem ser utilizados para conseguir perdão, sem admitir culpa.<ref>{{Citar livro|último=Lazare|primeiro=Aaron|titulo=On Apology|url=http://books.google.com/books?id=P9iADDrEI_AC|acessodata=3 de outubro de 2012|ano=2005|publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-518911-7|página=99}}</ref>
Declarações de pseudodesculpas que não comunicam responsabilidade por palavras ou ações podem ser expressões significativas de arrependimento, mas tais declarações também podem ser usadas para obter perdão sem reconhecer a culpa.<ref>{{cite book|url={{Google books|P9iADDrEI_AC|page=99|plainurl=yes}}|title=On Apology|last=Lazare|first=Aaron|publisher=Oxford University Press|isbn=978-0-19-518911-7|year=2004|page=99}}</ref>


== Estados Unidos ==
== Como tática ==
As tipologias de pedido de desculpas observam que cobrem uma variedade de situações e graus de [[arrependimento]], [[remorso]] e [[contrição]], e que o sucesso deve ser medido pelo resultado do pedido de desculpas, e não pelo grau de contrição envolvido. Deborah Levi oferece as seguintes possibilidades:<ref name="Grigsby2">{{cite journal |url=https://www.aamc.org/download/164762/data/grigsby_fine_art_of_apology.pdf |title=The Fine Art of Apology: When, Why, and How to Say 'I'm Sorry' |date=2007 |access-date=2012-07-17 |journal=International Journal of Healthcare & Humanities |author=Grigsby, R. Kevin |pages=4–5 |archive-url=https://web.archive.org/web/20160822203826/https://www.aamc.org/download/164762/data/grigsby_fine_art_of_apology.pdf |archive-date=2016-08-22 |url-status=}}</ref>
Desculpantes não-desculposos podem estar tentando evitar [[Ação (direito)|litígios]] que possam resultar de uma admissão de culpa ou [[Responsabilidade moral|responsabilidade]].<ref name="use google">[http://www.wm.edu/law/institutesprograms/lawtcp/documents/megan_e_bisk.doc+plaintiff+from+using+an+apology+as+evidence+of+liability&hl=en&ct=clnk&cd=17&gl=us&client=opera Apology Statutes: A 22 State Survey]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }} <sup class="noprint Inline-Template">&#x5B;''[[Wikipédia:Ligação inativa|<span title=" Dead link since February 2014">dead link</span>]]''&#x5D;</sup></ref> Muitos estados, incluindo o [[Massachusetts]] e a [[Califórnia]], possuem leis que impedem um [[Autor (direito)|autor]] de utilizar um pedido de desculpas, como prova de responsabilidade.<ref name="Frieswick">{{citar jornal|url=http://ww2.cfo.com/risk-compliance/2001/05/say-youre-sorry/|titulo=Say You’re Sorry|publicacao=CFO|data=1 de maio de 2001|acessodata=26 de fevereiro de 2014|autor=Frieswick, Kris}}</ref> Por exemplo, um médico pode pedir desculpas para um paciente por um resultado ruim, sem temer que o pedido de desculpas possa ser usado contra eles em juízo como prova de [[negligência]].<ref name="Bartolomei">{{Citar web|url=http://hahslaw.com/article-04.shtml|titulo=Apologies in the World of Litigation|publicado=Hill, Adams, Hall & Scheiffelin, P.A.|acessodata=26 de fevereiro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060621112606/http://hahslaw.com/article-04.shtml|arquivodata=1 de junho de 2006|último1=Bartolomei|primeiro1=Matt|último2=Black|primeiro2=Robin}}</ref>


* Pedido de desculpas tático – quando uma pessoa acusada de uma transgressão oferece um pedido de desculpas que é retórico e estratégico – e não necessariamente sincero
== Canadá ==
* Desculpas explicativas - quando uma pessoa acusada de uma transgressão oferece um pedido de desculpas que é meramente um gesto destinado a contrariar uma acusação de transgressão. Na verdade, pode ser usado para defender as ações do acusado
Em novembro de 2008, a legislatura de Alberta aprovou uma emenda à existente Alberta Evidence Act, R. S. A. 2000, c. A-18, feita para proteger as partes que pedem desculpas dos riscos de responsabilidade legal e contra a perda da cobertura de seguro. A Seção 26.1 do Act prevê que um pedido de desculpas não constitui uma expressa ou implícita admissão de culpa ou de responsabilidade.<ref name="Curial2010">{{Citar web|url=http://www.millerthomson.com/assets/files/article_attachments/Please%20Don't%20Sue%20Me.pdf|publicado=Miller Thomson|data=3 de junho de 2010|acessodata=26 de fevereiro de 2014|primeiro1=Brian|último1=Curial|titulo=I'm Sorry (Please Don't Sue Me)|último2=Chau|primeiro2=Maria|último3=Thomson|primeiro3=Miller|formato=PDF}}</ref>
* Desculpas formalísticas quando uma pessoa acusada de delito oferece um pedido de desculpas após ser admoestada a fazê-lo por uma figura de autoridade – que também pode ser o indivíduo que sofreu o [[delito]]
* Desculpas com final feliz - quando uma pessoa acusada de uma transgressão reconhece plenamente a responsabilidade pela transgressão e sente genuinamente remorso


Embora o pedido de desculpas sem desculpas seja claramente inadequado para situações em que uma expressão de remorso, contrição e mudança futura são obviamente desejáveis ​​(por exemplo, o pedido de desculpas de "final feliz"), ele pode ser extremamente útil em situações em que pouco pode ser feito para amenizar o ofensa aparente ou impedir sua repetição, como quando uma companhia aérea pede desculpas por um atraso, sabendo que uma futura repetição é inevitável. Tais desculpas táticas podem ter efeitos benéficos simplesmente por meio da validação das emoções da parte ofendida: elas respondem à necessidade humana básica de emoções desagradáveis ​​serem reconhecidas e reconhecidas como importantes, enquanto protegem a parte aparentemente ofensora de uma expressão de remorso.<ref name="Winch2">{{cite web|url=http://www.psychologytoday.com/blog/the-squeaky-wheel/201106/the-antidote-anger-and-frustration|title=The Antidote to Anger and Frustration|date=18-6-2011|access-date=2012-07-18|work=Psychology Today|author=Winch, Guy}}</ref> Os negociadores costumam usar essa tática para acalmar situações tensas: "um pedido de desculpas pode acalmar as emoções de forma eficaz, mesmo quando você não reconhece a responsabilidade pessoal pela ação ou admite a intenção de prejudicar. Um pedido de desculpas pode ser um dos investimentos menos onerosos e mais recompensadores que você pode pode fazer".<ref name="Fisher&Ury2">{{cite book|title=[[Getting to YES|Getting to YES: Negotiating Agreement Without Giving In]]|last1=Fisher|first1=Roger|last2=Ury|first2=William L.|publisher=Penguin Book|isbn=9780140157352|oclc=24318769|year=1991|location=New York}}</ref>
== Exemplos ==

=== "Erros foram cometidos" ===
A expressão "erros foram cometidos" é comumente usada como um dispositivo retórico, no qual um falante reconhece que a situação foi tratada mal ou de forma inadequada, mas tenta fugir de qualquer admissão direta ou acusação de responsabilidade, usando a voz passiva. O aviso de "erros" é enquadrado em um sentido abstrato, sem referência direta ao ''que'' fez a erros. Uma voz activa construção seria ao longo das linhas de "eu cometi erros" ou "fulano cometeu erros." O alto-falante não aceita a responsabilidade pessoal, nem acusar ninguém. A palavra "erros" também não implica [[Dolo|intenção]].

''[[The New York Times|O New York Times]]'' chamou a frase de um "clássico  construto linguístico de [[Washington, D.C.|Washington]] ". O consultor político William Schneider sugeriu que esse uso ser referido como o "passado (auto)exonerativo" tenso,<ref name="broder">{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2007/03/14/washington/14mistakes.html|titulo=Familiar Fallback for Officials: 'Mistakes Were Made'|publicacao=The New York Times|data=13 de março de 2007|acessodata=2007-03-20|autor=Broder, John M.|local=New York}}</ref> e o comentarista [[William Safire]] definiu a frase como "um meio passivo-evasivo forma de reconhecer erro ao distanciamento enquanto distancia o falante de responsabilidade".<ref name="Safire">{{Citar livro|titulo=Safire's Political Dictionary|publicado=Oxford University Press|autor=Safire, William|autorlink=William Safire|ano=2008|isbn=9780195343342|página=431}}</ref> Um comentarista na [[National Public Radio|NPR]] declarou esta expressão para sendo "a rainha das não-desculpas".<ref>{{citar jornal|url=http://www.npr.org/blogs/thetwo-way/2013/05/14/183924858/its-true-mistakes-were-made-is-the-king-of-non-apologies|titulo=It's True: 'Mistakes Were Made' Is The King Of Non-Apologies|último=Memmot|primeiro=Mark|data=14 de maio de 2013|publicacao=NPR|acessodata=17 de julho de 2014}}</ref> Embora talvez o mais famoso seja na política, a expressão também tem sido usada nos negócios, esportes e entretenimento.

=== A desculpa <nowiki>''se por acaso''</nowiki> ===
O advogado e especialista em ética empresarial Lauren Bloom, autor de ''<nowiki>''The Art of the Apology''</nowiki>'', menciona o "e se" como um dos favoritos dos políticos, com expressões como "eu me desculpo se (''por acaso) ''ofendi alguém". O comediante [[Harry Shearer]] cunhou o termo '''Ifpology '''(<nowiki>''</nowiki>''se-acaso-culpa<nowiki>''</nowiki>)'' por suas freqüentes aparições no segmento "O Pedido de Desculpas da Semana" do Le Show. <ref>http://techmagazine-821469-yahoopartner.tumblr.com/post/129608125739/2015-will-be-a-year-of-apologies-maybe-yours</ref>

Uma das primeiras referências foi no ''[[The New York Times|New York Times]]'' por Richard Mooney na seu editorial de 1992 do caderno ''"If This Sounds Slippery ... How to Apologize And Admit Nothing."'' ''("Se Isso Soa Escorregadio ... Como pedir Desculpas E Admitir Nada.")'' Ele se referia especiamente em relação ao Senador Bob Packwood: "Somente em caso de que se alguém escolher tomar ofensa, por que, então, ele pede desculpas". Mooney cita [[Bill Clinton]], que disse de [[Mario Cuomo]]: "Se as observações sobre a fita deixaram qualquer um a impressão de que era uma falta de respeito seja para com o Governador Cuomo, ou para os Italo-Americanos então eu me arrependo profundamente dela." Um exemplo famoso envolvidos observações raciais desinteligentes feitas pelo jogador Fuzzy Zoeller sobre [[Tiger Woods]]; Os comentários de Zoeller e o sua vaga "se-acaso-culpa" foram notícia por dias e resultaram em Zoeller ser dispensado de um comercial combinando com a [[Kmart|K-Mart]].<ref>{{Citar livro|último=Battistella|primeiro=Edwin L.|titulo=Sorry about That: The Language of Public Apology|url=http://books.google.com/books?id=iYY3AwAAQBAJ&pg=PA33&dq=%22if+I+offended%22+apology&hl=en&sa=X&ei=ZSTDU8CoJseAoQSC84DoBg&ved=0CCoQ6AEwAg#v=onepage&q=%22if%20I%20offended%22%20apology&f=false|ano=2014|publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-930091-4|páginas=33–34}}</ref>

Este tipo de pedido de desculpas transfere a culpa para a parte ofendida, e nega a aceitação pessoal da realização de más práticas, como em "me desculpe se você foi ofendido pelo que eu disse". O "se" implica que o desculpante ou não sabe o que fez de errado (e não se preocupou em descobrir o fato) ou não reconhece o que fez de errado e por isso finge se desculpar, porque se sente obrigado e não porque está sinceramente arrependido. Não há nenhuma confirmação de que o desculpante, na verdade, lamenta nada ou aprendeu qualquer coisa de que o que ele fez estava errado. De acordo com John Kador, em  ''Effective Apology (<nowiki>''Desculpa Eficaz''', ou ''Desculpa de Fato''</nowiki>)'', <nowiki>''</nowiki>acrescentar a palavra ''se'' ou quaisquer outro modificador condicional para um pedido de desculpas faz dele um ''não-pedido de desculpas''."<ref>{{Citar livro|último=Kador|primeiro=John|titulo=Effective Apology: Mending Fences, Building Bridges, and Restoring Trust|url=http://books.google.com/books?id=HJ4gQAyfzTUC&pg=PA203&dq=%22if+I+offended%22+apology&hl=en&sa=X&ei=ZSTDU8CoJseAoQSC84DoBg&ved=0CDYQ6AEwBA#v=onepage&q=%22if%20I%20offended%22%20apology&f=false|ano=2009|publicado=Berrett-Koehler Publishers, Inc.|isbn=978-1-57675-901-1|página=203}}</ref>

Uma exemplo de 2014 de "se-acaso-culpa" foi feita por Don Lemon da ''CNN'''s , aonde ele disse: "Se a minha pergunta para ela foi vista por alguém como ofensiva, me desculpe, pois isso certamente não foi minha intenção." Isso foi em referência a sua entrevista com Joan Tarshis aonde ele sugeriu morder um pênis, como uma forma de evitar ser molestado por via oral.<ref>{{Citar web|último1=Thompson|primeiro1=Catherine|url=http://talkingpointsmemo.com/livewire/don-lemon-joan-tarshis-bill-cosby-rape|titulo=CNN Host To Accuser: Why Didn’t You Bite Cosby’s Penis To End Rape?|publicado=Talking Points Memo|data=19 de novembro de 2014|acessodata=25 de janeiro de 2016}}</ref>

Em 16 de setembro de 2015, [[Matt Damon]] fez o que ''o Salon'' denominou uma "não-desculpa" , quando  disse, "eu sinto muito que eles [os comentários] ofenderam algumas pessoas, mas, pelo menos, eu estou feliz que eles começaram uma conversa sobre a diversidade em Hollywood."<ref>{{Citar web|último1=Lee|primeiro1=Paula Young|url=http://www.salon.com/2015/09/17/matt_damon_is_sorry_if_youre_offended_how_the_righteous_non_apology_of_socrates_became_the_tool_of_weasely_pr/|titulo=Matt Damon is sorry if you’re offended: How the righteous non-apology of Socrates became the tool of weasely PR|publicado=[[Salon (website)|Salon]]|data=17 de setembro de 2015|acessodata=25 de janeiro de 2016}}</ref> Isso foi em referência à reação contra o Damon depois que ele fez comentários sobre a diversidade para a de produtora de cinema afro-americana Effie Brown em 13 de setembro de 2015 na estreia do show da HBO ''Project Greenlight,'' que foi criticado por ser considerado condescendente.<ref>{{citar jornal|último1=Rosen|primeiro1=Christopher|url=http://www.ew.com/article/2015/09/16/matt-damon-project-greenlight-apology|titulo=Matt Damon apologizes for Project Greenlight diversity comments|publicado=[[Entertainment Weekly]]|data=16 de setembro de 2015|acessodata=25 de janeiro de 2016}}</ref>

=== Outras versões ===
Em 24 de julho de 1991, o''[[The New York Times| New York Times]]'' afirmou que o ministro das relações exteriores australiano Gareth Evans tinha oferecido ao primeiro-ministro da Malásia, "o que poderia ser melhor descrito como um não-desculpas pedido de desculpas" para que o governo da Malásia considerou como um retrato insultante da Malásia, em uma série de televisão australiana, ''Embassy''.<ref name="Shenon">{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/1991/07/24/world/cliffhanger-down-under-a-soap-opera-huff.html|titulo=Cliffhanger Down Under: A Soap Opera Huff|publicacao=The New York Times|data=24 de julho de 1991|acessodata=26 de fevereiro de 2014|autor=Shenon, Philip|local=New York}}</ref> Falando aos jornalistas, o Mr. Evans disse que tinha "queria reconhecer culpa aonde tal reconhecimento for apropriado."

=== Exemplos sarcásticos ===
O humorista Bruce McCall, numa peça de  2001 do ''[[The New York Times|New York Times]]'' intitulada "O Não-pedido de Desculpas Perfeito", definiu o termo como se referindo a um "forma suficentemente astuta de ''negrobranco''" projetado para permitir a alguém "obter o que deseja aparentando expressar arrependimento, enquanto, na verdade, não aceitou nenhuma culpa", e sugeriu algumas desculpas irônicas, tais como:

== Como tática ==
As tipologias da desculpa notam que os pedidos de desculpas cobrem uma gama de situações e graus de arrependimento, de remorso e contrição, e que o sucesso deve ser medido pelo resultado do pedido de desculpas, ao invés de pelo grau de contrição envolvidos. Deborah Levi oferece as seguintes possibilidades:<ref name="Grigsby">{{Citar periódico|url=https://www.aamc.org/download/164762/data/grigsby_fine_art_of_apology.pdf|titulo=The Fine Art of Apology: When, Why, and How to Say ‘I’m Sorry’|autor=Grigsby, R. Kevin|periódico=International Journal of Healthcare & Humanities|data=junho 2007|páginas=4–5}}</ref>
* Pedido de desculpas tático—quando uma pessoa acusada de más práticas oferece um pedido de desculpas que é retórico e estratégico—e não  necessariamente sincero
* Pedido de desculpas explicativo—quando uma pessoa acusada de más práticas oferece um pedido de desculpas que é apenas um gesto que se destina a conter uma acusação de más práticas. Na verdade, ela pode ser usada para defender as ações do acusado
* Pedido de desculpas formal—quando uma pessoa acusada de de más práticas oferece um pedido de desculpas depois de ser instados a isto por uma figura de autoridade—que também pode ser o indivíduo que sofreu com as ditas más práticas
* Pedido de desculpas <nowiki>''</nowiki>Final Feliz—quando uma pessoa acusada de de más práticas reconhece plenamente a responsabilidade por elas e é arrepe de forma genuína
* Truque da <nowiki>''</nowiki>Garota Bonitinha<nowiki>''</nowiki> — "Com grande privilégio vem igualmente uma grande capacidade para ser irresponsável e ainda assim ter sucesso, ser cuidado, sair livre da cadeia  [...] "Desculpe-me" é dito com o adendo: "por favor, ainda gosta de mim." Quanto melhor executado, é mais possível aparentar que a desculpa é merecida."<ref>{{Citar web|titulo=Saying Sorry Is a Pretty-Girl Trick|url=http://thehairpin.com/2013/08/saying-sorry-is-a-pretty-girl-trick/|website=The Hairpin|acessodata=2016-02-01|língua=en}}</ref>
Enquanto o não pedido de desculpas,  é claramente inadequado para situações onde uma expressão de remorso, de contrição e de mudanças futuras são, obviamente desejáveis(por exemplo, o pedido de desculpas <nowiki>''</nowiki>Final Feliz<nowiki>''</nowiki>), pode revelar-se extremamente útil em situações onde pouco pode ser feito para amenizar a aparente ofensa ou impedir a sua repetição, como quando uma companhia aérea pede desculpa por um atraso, no pleno conhecimento de que no futuro a repetição é inevitável. Tais desculpas táticas podem ter efeitos benéficos, simplesmente através da validação das emoções da parte ofendida: elas atendem a necessidade básica do ser humano de que emoções desagradáveis sejam reconhecidas e vistas como importantes, além de proteger o que é aparentemente parte aparentemente ofensiva de uma expressão de remorso.<ref name="Winch">{{Citar web|url=http://www.psychologytoday.com/blog/the-squeaky-wheel/201106/the-antidote-anger-and-frustration|titulo=The Antidote to Anger and Frustration|publicacao=Psychology Today|data=18 de junho de 2011|acessodata=2012-07-18|autor=Winch, Guy}}</ref> Negociadores muitas vezes usam essa tática para acalmar situações tensas: "um pedido de desculpas pode desarmar as emoções de forma eficaz, mesmo quando você não reconhece responsabilidade pessoal para a ação ou não admite uma intenção de prejudicar. Um pedido de desculpas pode ser um dos menos dispendiosos e mais gratificantes investimentos que você pode fazer."<ref name="Fisher&Ury">{{Citar livro|primeiro1=Roger|último1=Fisher|titulo=[[Getting to YES|Getting to YES: Negotiating Agreement Without Giving In]]|publicado=Penguin Book|último2=Ury|primeiro2=William L.|local=New York|isbn=9780140157352|oclc=24318769}}</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==
* Evasão (ética)
* Lista de frases pol´ticias
* Falácias lógicas
* Negação não-negação
* Passado exonerativo
* [[Spin doctor|Spin (relações públicas)]]
* [[Spin doctor|Spin (relações públicas)]]
* Palavras-doninha


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Revisão das 22h04min de 13 de agosto de 2023

Um pedido de desculpas sem desculpas, às vezes chamado de desculpas indiretas,[1][2] é uma declaração na forma de um pedido de desculpas que não expressa remorso pelo que foi feito ou dito, ou atribui culpa àqueles ostensivamente receber o pedido de desculpas.[3] É comum na política e nas relações públicas.[3]

Por exemplo, dizer "Sinto muito que você se sinta assim" para alguém que foi ofendido por uma declaração é um pedido de desculpas sem desculpas. Não admite que haja algo de errado com as observações feitas e pode insinuar que a pessoa se ofendeu por motivos hipersensíveis ou irracionais. Outra forma de não pedir desculpas não é pedir desculpas diretamente à parte lesada ou insultada, mas genericamente "a qualquer pessoa que possa ter sido ofendida".[4]

Declarações de pseudodesculpas que não comunicam responsabilidade por palavras ou ações podem ser expressões significativas de arrependimento, mas tais declarações também podem ser usadas para obter perdão sem reconhecer a culpa.[5]

Como tática

As tipologias de pedido de desculpas observam que cobrem uma variedade de situações e graus de arrependimento, remorso e contrição, e que o sucesso deve ser medido pelo resultado do pedido de desculpas, e não pelo grau de contrição envolvido. Deborah Levi oferece as seguintes possibilidades:[6]

  • Pedido de desculpas tático – quando uma pessoa acusada de uma transgressão oferece um pedido de desculpas que é retórico e estratégico – e não necessariamente sincero
  • Desculpas explicativas - quando uma pessoa acusada de uma transgressão oferece um pedido de desculpas que é meramente um gesto destinado a contrariar uma acusação de transgressão. Na verdade, pode ser usado para defender as ações do acusado
  • Desculpas formalísticas – quando uma pessoa acusada de delito oferece um pedido de desculpas após ser admoestada a fazê-lo por uma figura de autoridade – que também pode ser o indivíduo que sofreu o delito
  • Desculpas com final feliz - quando uma pessoa acusada de uma transgressão reconhece plenamente a responsabilidade pela transgressão e sente genuinamente remorso

Embora o pedido de desculpas sem desculpas seja claramente inadequado para situações em que uma expressão de remorso, contrição e mudança futura são obviamente desejáveis ​​(por exemplo, o pedido de desculpas de "final feliz"), ele pode ser extremamente útil em situações em que pouco pode ser feito para amenizar o ofensa aparente ou impedir sua repetição, como quando uma companhia aérea pede desculpas por um atraso, sabendo que uma futura repetição é inevitável. Tais desculpas táticas podem ter efeitos benéficos simplesmente por meio da validação das emoções da parte ofendida: elas respondem à necessidade humana básica de emoções desagradáveis ​​serem reconhecidas e reconhecidas como importantes, enquanto protegem a parte aparentemente ofensora de uma expressão de remorso.[7] Os negociadores costumam usar essa tática para acalmar situações tensas: "um pedido de desculpas pode acalmar as emoções de forma eficaz, mesmo quando você não reconhece a responsabilidade pessoal pela ação ou admite a intenção de prejudicar. Um pedido de desculpas pode ser um dos investimentos menos onerosos e mais recompensadores que você pode pode fazer".[8]

Ver também

Referências

  1. Mark Leigh (2016). How to Talk Teen: From Asshat to Zup, the Totes Awesome Dictionary of Teenage Slang. [S.l.]: Little, Brown Book Group. pp. 170–171. ISBN 978-1-4721-3745-6 
  2. Susan Milligan (17 de maio de 2016). «Non-Pology: Sanders Condemns Violence, but Not His Supporters». U.S. News & World Report 
  3. a b Eisinger, Robert M. (1 de março de 2011). «The Political Non-Apology». Society (em inglês). 48 (2): 136–141. ISSN 1936-4725. doi:10.1007/s12115-010-9409-0Acessível livremente 
  4. Doucette, Elisa (30 de novembro de 2014). «The Art Of Online Apologies And Why Elizabeth Lauten Failed Miserably At Hers». Forbes. Consultado em 1 de dezembro de 2014 
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