Aliança Brasil-Equador de 1904

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A aliança entre Brasil e Equador de 1904 foi um acordo secreto e não oficial entre o chanceler brasileiro José Maria da Silva Paranhos Júnior e o ministro de relações do Equador Carlos Rodolfo Tobar em que ambas as nações iriam se ajudar em caso de agressão peruana.

História[editar | editar código-fonte]

Após a ocupação brasileira do Acre e a assinatura do Tratado de Petrópolis, as atenções do ministro de relações exteriores do Brasil, José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, se voltaram para o Peru, que também reivindicava a região e não aparentava querer largar de seus interesses, além de ter tido vários conflitos entre peruanos e brasileiros na fronteira. Com isto, o ministro brasileiro recebeu em maio de 1904 o chanceler equatoriano Carlos Rodolfo Tobar para discutir um acordo secreto entre ambas as nações. Na época, o Equador e o Peru disputavam uma área de 442 mil quilômetros na Floresta Amazônica, além de terem problemas políticos desde o século XIX, com isto, o Barão do Rio Branco firmou em 5 de maio daquele ano um acordo secreto de aliança com o Equador, em que previa o uso da força em caso de agressão peruana contra algum dos países. [1]

Consequências[editar | editar código-fonte]

A aliança nunca chegou a ser ratificada, mas acabou por pressionar o governo peruano a resolver a questão com o Brasil por meio da diplomacia, que acabou levando ao Tratado Velarde-Rio Branco de 1909, consolidando a posse brasileira do Acre também perante o Peru.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Lima e Alves, Flávia O Tratado de Petrópolis Interiorização do conflito de fronteiras. Brasília, 2005.
  • René De La Pedraja Tomán, Wars of Latin America, 1899-1941 (2006), p. 77.

Referências

  1. «Fronteira de papel entre Brasil e Equador». O Estado de São Paulo. 30 de Março de 2019. Consultado em 25 de Janeiro de 2019