Angelo Frondoni

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Angelo Frondoni (Itália, 1812Portugal, 1891) foi um músico, maestro, compositor, poeta e crítico de arte, de origem italiana que fez carreira em Portugal.

Vida

As sua primeiras actuações foram no Real Teatro de São Carlos, contratado pelo 1.º Conde de Farrobo. O seu sucesso veio de operetas e revistas populares.

Compôs o Hino do Minho, em 1846, uma música patriótica que teve larga divulgação e que chegou a ser aceite, pela generalidade da população portuguesa, nos últimos tempos da Monarquia, quase como hino nacional. Mas, como foi escrita com entusiasmo para dar voz às lutas civis da Maria da Fonte iniciadas no Minho, como era contra o cartismo e como se tornou muito popular, o governo do conde de Tomar proibiu que se cantasse e tocasse. Esta música, também conhecida por Hino da Maria da Fonte, causou-lhe muitos dissabores, a ponto de se ver obrigado a esconder-se para não ser preso, e D. Maria II, apesar de sempre solicita em honrar os artistas distintos, nunca o recebeu no Paço Real.

Letra do Hino da Maria da Fonte

  • Viva a Maria da Fonte
  • Com as pistolas na mão
  • Para matar os cabrais
  • Que são falsos à nação


  • É avante Portugueses
  • É avante não temer
  • Pela santa Liberdade
  • Triunfar ou perecer


  • É avante Portugueses
  • É avante não temer
  • Pela santa Liberdade
  • Triunfar ou perecer


  • Viva a Maria da Fonte
  • A cavalo e sem cair
  • Com as pistolas à cinta
  • A tocar a reunir


  • É avante Portugueses
  • É avante não temer
  • Pela santa Liberdade
  • Triunfar ou perecer


  • Lá raiou a liberdade
  • Que a nação há-de aditar
  • Glória ao Minho que primeiro
  • O seu grito fez soar


  • É avante Portugueses
  • É avante não temer
  • Pela santa Liberdade
  • Triunfar ou perecer


  • É avante Portugueses
  • É avante não temer
  • Pela santa Liberdade
  • Triunfar ou perecer

Ainda hoje, continua a ser o hino com que se saúdam os ministros portugueses, sendo utilizado em cerimónias cívicas e militares[1].

Referências

Ligações externas