Baião de Princesas

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Baião de Princesas
Celebrado por Tambor de Mina
Tipo Festa religiosa
Data 13 de dezembro
Frequência Anual

O Baião de Princesas é uma festividade popular recorrente em terreiros de Tambor de Mina, em especial na Casa Fanti-Ashanti[1], tendo se originado no antigo Terreiro do Egito[2].

Celebrado em 13 de dezembro, data que a tradição católica dedica a Santa Luzia, o ritual visa a celebrar as princesas e outras entidades femininas veneradas pelo culto de Mina[3], que, na ocasião, se fariam presentes entre os fiéis, incorporadas nas vodunces.

Teoriza-se que a festividade tenha se originado das brincadeiras de roda promovidas pelas tobossis (entidades infantis femininas) nos antigos terreiros de Mina da capital maranhense[2].

O ritual está associado a uma farta tradição musical, composta de pequenos cânticos entoados por um solista e acompanhados em uníssono pelos demais presentes [1]. Os estribilhos são geralmente acompanhados por pandeiros, violas e violões, para além das castanholas, usadas pelas vodunces quando incorporadas pelas entidades.

Incorporadas, as princesas vestem-se com um xale de miçangas semelhante ao antigamente usado pelas tobossis da Casa das Minas, o que reforça a teoria de que o baião de princesas seja uma ressignificação do culto a essas entidades infantis, extinto com a morte das últimas vondúnsi-gonjaí, únicas capazes de as incorporar[4].

Referências

  1. a b GARCIA, Walter. Melancolias, mercadorias:Dorival Caymmi, Chico Buarque o pregão de rua e a canção popular-comercial do Brasil. Cotia, SP: Atelier Editorial, 2013, p. 110
  2. a b FERRETTI, Mundicarmo Maria Rocha. ENCARTE DO LP: TAMBOR DE MINA, CURA E BAIÃO na Casa Fanti-Ashanti/MA. Secretaria da Cultura do Maranhão, 1991, p. 6
  3. LOPES, Nei. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Grupo Editorial Summus, 2004
  4. MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de. Culto aos orixás, voduns e ancestrais. Rio de Janeiro: Editora Pallas, 2006, p. 206.