Museu Casa Maria Mariá

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Museu Casa Maria Mariá
Museu Casa Maria Mariá
Tipo museu, património histórico
Inauguração 1994 (30 anos)
Geografia
Coordenadas 9° 9' 43.823" S 36° 1' 59.329" O
Mapa
Localização Alagoas, União dos Palmares - Brasil
Patrimônio bem de interesse histórico em Alagoas
Casa-Museu de Maria Mariá

O Museu Casa Maria Mariá é um museu localizado em União dos Palmares (Alagoas) e que contém o espólio da professora, historiadora, jornalista e folclorista Maria Mariá de Castro Sarmento.

Fundado em 1993, constituiu-se primeiro numa sociedade cultural mantida pela família da historiadora,[1] no casarão onde ela residiu.

O museu contém móveis, utensílios, artesanato, artigos jornalísticos e fotografias colecionados e catalogados por Maria Mariá e que são a base do espólio atualmente exposto. Forma, ao lado do Memorial do Poeta Jorge de Lima e do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, a contribuição de União dos Palmares[2] para a cultura brasileira.

Depois de uma profunda reforma levada a cabo pela prefeitura municipal, o Museu Casa Maria Mariá passou a ser gerido, desde 2011, pela Secretaria de Cultura do município.

No ano 2013, a Casa-Museu Maria Mariá participou das atividades incluídas na 7ª Primavera dos Museus,[3] programa gerido pelo Instituto Brasileiro de Museus,[4] órgão do Ministério da Cultura do Brasil.

Quem foi Maria Mariá[editar | editar código-fonte]

Maria Mariá de Castro Sarmento, nos anos 1970

Maria Mariá (União dos Palmares, 16 de junho de 1917 - União dos Palmares, 28 de fevereiro de 1993), figura polêmica da sociedade palmarina, foi uma das primeiras mulheres a abraçar o feminismo em Alagoas.[5] Destacou-se na defesa das liberdades femininas (foi primeira mulher a usar calças compridas e maiôs), na busca de uma educação moderna (aboliu, nas suas aulas, a "palmatória" e as pedrinhas que os alunos tinham de mostrar à professora à hora de ir ao banheiro) e se posicionou publicamente contra o descaso público com a educação.[6]

Também defendeu a preservação das práticas culturais e do patrimônio arquitetônico da cidade, opondo-se à derrubada da antiga matriz de Santa Maria Madalena.[6]

Nas palavras de Jorge Baleeiro de Lacerda:

Ao morrer, em 1993, deixou um acervo composto de objetos que representam o cotidiano da sociedade alagoana da primeira metade do século XX, além de um amplo acervo fotográfico que retratam sua atitude demasiado moderna para os tempos de então (festas populares - padroeira, juninas, carnaval, folguedos - , vestuário, hábitos), sua atuação como educadora e a vida na cidade, com suas figuras políticas, intelectuais e religiosas.[6]

Acervo[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/acervo.php?c=69896
  2. http://www.ama.al.org.br/municipio/uniao-dos-palmares/
  3. Palmares, Secult União Dos. «Secretaria Municipal de Cultura de União dos Palmares: 7ª Primavera dos Museus» 
  4. http://www.museus.gov.br/acessoainformacao/acoes-e-programas-2/primavera-dos-museus/
  5. SOUSA, Bernardina S. Araújo. Maria Mariá de Castro Sarmento: uma fala que denuncia as discriminações e desigualdades no início do século XX, em Alagoas. In: I SEMINÁRIO NACIONAL DE GÊNERO E PRÁTICAS CULTURAIS: DESAFIOS, HISTÓRICOS E SABERES INETRDISCIPLINARES, 1997, João Pessoa. ANAIS Campina Grande, EDUEP, 2007.p. 246.
  6. a b c ROSA E SILVA, Enaura Quixabeira & BOMFIM, Edilma Acioli. DICIONÁRIO MULHERES DE ALAGOAS ONTEM E HOJE. 2007, Maceió, UFAL. Pag. 279.
  7. «Jornal de Beltrão» 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]