Discussão:Benefícios e despesas indiretas

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Último comentário: 12 de fevereiro de 2016 de Aainitio no tópico Problemas com o artigo

BDI: o conceito[editar código-fonte]

BDI é sigla originária da cultura anglo-saxônica, a significar Budget Difference Income. Costuma ser traduzido por Benefícios e Despesas Indiretas (a forma mais usual) ou Bônus e Despesas Indiretas. Em Engenharia de custos, é o elemento orçamentário destinado a cobrir todas as despesas que, numa obra ou serviço, segundo critérios claramente definidos, classificam-se como indiretas (por simplicidade, as que não expressam diretamente nem o custeio do material nem dos elementos operativos sobre o materialmão-de-obra, equipamento-obra, instrumento-obra etc.), e, também, necessariamente, atender o lucro (algumas vezes dito margem de contribuição).

BDI: a polêmica[editar código-fonte]

A nomenclatura Benefícios e Despesas Indiretas (tradução/adaptação por conveniência direta e simplista), conquanto usual por algumas décadas nos meios orçamentários, tem sido objeto de contestação e, mesmo, refutação, por se questionar (até em nível de tribunais de contas) se seria ou não um item legitimo ou necessário de composição orçamentária, ou se, ao menos em parte, não se destinaria a cobrir vantagens excusas (idéia sugerida pelos substantivos benefícios ou bônus).

Orçamento versus gasto[editar código-fonte]

Orçamento não deve ser confundido com gasto. Orçamento é o ato, atributo ou efeito de orçar, isto é "avaliar, computar ou — ainda melhor — estimar o montante de algo", o que quer que seja esse algo. Se se trata de algo no domínio de finanças, fala-se em orçamento financeiro. A sua concretização em termos de aquisição resulta no gasto financeiro.

Essa clara distinção é imprescindivelmente importante na precisa medida em que, ao se tratar de BDI (como quer que se o defina), está-se, em princípio, tratando de estimativa de gastos a serem feitos num dado empreendimento, isto é, de orçamentos. BDI, assim, antes de mais nada, é um elemento de composição orçamentária, e, como tal, legítimo que é, responde pelas variáveis que internamente o compõem.

Da confusão indevida entre orçamento e gasto resultam, na maior parte dos casos, os conflitos de entendimentos entre partes contratantes do empreendimento — de um lado, o contratante, de outro, num primeiro momento, um conjunto de proponentes licitantes, dos quais sagrar-se-á um vencedor, o contratado. A idéia essencial de BDI para ambos é rigorosa e necessariamente a mesma, mesma é a metodologia e mesmo é o critério de cálculo. Todavia, há especificidades que distinguem uma parte da outra.

O fato de as traduções/adaptações não expressarem bem a idéia do elemento de composição orçamentária, inequivocamente justo, pois, necessário, tem levado a um progressivo abandono de tentativas de abertura por extenso desse item, preferindo-se mantê-lo tão-somente como sigla. Um exemplo recente de proposta de mudança de nomenclatura é a apresentada, no Brasil, pelo Instituto de Engenharia – IE (http://www.ie.org.br) como Lucro e Despesas Indiretas – LDI. Devido à consagração prática, conquanto polêmica, da sigla anterior (bem como à sua imediata conexão originária à cultura anglo-saxônica), permaneceu de uso corrente a sigla BDI, desvinculada, todavia, de qualquer tentativa de tradução/adaptação (o que pode ser feito, evidentemente, em nível de estudo de origem).

Embora haja várias metodologias de cálculo para apurar o seu valor monetário e a sua participação percentual (ou por unidade), em princípio todas destinam-se, em princípio, a contemplar a mesma necessidade.

Em empreendimentos de Engenharia, lato sensusempre é esse o caso, a rigor — tem-se que o Preço de Venda (PV) de determinado produto é função do Preço de Custo (PC), este custo algumas vezes denominado custo direto. Conceitos, notações e nomenclaturas à parte (são importantíssimos, sem dúvida), atenhamo-nos, por ora à seguinte relação de equivalência matemática que mostra a relação entre ambos, com a interveniência do BDI em percentagem (%):

Nota-se, a bem do rigor matemático (imprescindível), que BDI não é simplistamente um percentual que multiplica o preço de custo tal que venha a resultar o preço de venda. A lei de composição é diferente. É precisamente a que está expressa na relação de equivalência acima.

Ademais, deve-se lembrar que a mesma relação de equivalência acima apresentada pode ser expressa em por unidade (pu), como segue:

Por que isso é importante? Pelo fato de — a despeito de o conceito mesmo de BDI ainda permanecer polêmico (tanto que se desvinculou da significação originária, anglo-saxônica, sem, contudo, perder-lhe a essência) — sim, pelo fato de, como quer que seja, ele expressar, já que expressa uma "diferença" (difference) de ingresso (income) orçamentário (budget). Noutros termos, para se compor o preço de venda de algo, o que quer que seja, além do preço de custo (direto), outros custos (ditos indiretos) também expressos em preços, somados ao lucro (outras vezes chamado de margem de contribuição) necessariamente intervêm.

Como se calculam os BDIs? Essa é uma questão importante, que tem merecido estudos de especialistas e entidades especilizadas. A metodologia matemática, quer se trate de contratante de uma obra/serviço, quer se trate de proponente licitante, eventualmente contratado futuro, é a mesma, em essência. Contudo, algumas especificidades de cenário conduzem a visões diferencicadas e, assim, a estimativas diferentes entre contratante e licitante/contratado. A principal dessas especificidades diz respeito ao fato concreto de que, para o contratante, o cenário de propontentes licitantes é, em princípio, desconhecido, o que o leva a agregar uma variável chamada margem de incerteza (MI) à sua expressão para sua estimativa do BDI. Já o licitante, cada qual por si, tem um cenário em princípio conhecido, vez que a sua relação será unívoca com o contratante, razão pela qual ele não agrega a margem de incerteza na sua estimativa do BDI. Naturalmente, ele, o licitante, tem à sua frente as incertezas e os riscos de mercado, porém fá-los diluir noutras variáveis, usualmente o custo financeiro (CF).

O Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos – IBEC (http://www.ibec.org.br), com base em consenso internacional, sugere a seguinte expressão para a estimativa do BDI%, que — ressalte-se — vale tanto para contratante como para licitante (a se tornar contratado):

expressão na qual:
  • AC = Administração Central, custo da (%);
  • CF = Custo Financeiro (%);
  • MI = Margem de Incerteza (%);
  • TM = Tributos Municipais (%);
  • TM = Tributos Estaduais (%);
  • TM = Tributos Federais (%);
  • MC = Margem de Contribuição ou Lucro (%).

Naturalmente,a composição do denominador variará conforme a ordem jurídico-política de cada país. Alguns adotam Províncias, não Estados, outros adotam estrutura diversa. Porém, em esseência, o grupo (TM+TE+TF) comparece para representar a carga tributária vigente.

O Instituto de Engenharia – IE (http://www.ie.org.br), apresenta uma expressão conversível naquela utilizada pelo Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos – IBEC (http://www.ibec.org.br). Ambas são matematicamente quase-equivalentes, com desvio mínimo (cerca de ±1%) no domínio dos valores praticados no mercado. Ademais, a expressão praticada pelo IBEC é estruturalmente muito mais simples.

Sugiro, para uma adequada conformação do artigo/verbete, que se consultem os endereços especializados seguintes:

Dentro do possível, procurarei contribuir nesse propósito.

BeremizCpa? 21h00min de 10 de Outubro de 2007 (UTC)

Justificativa do novo redirecionamento[editar código-fonte]

"BDI", sigla, é forma adotada, por questões polêmicas quanto à melhor tradução adaptada da expressão original em inglês. As várias formas propostas têm gerado, nos meios de Engenharia e afins, muitas e severas divergências, com desvio do foco essencial, o assunto em si.

Esta nova moção não tem qualquer caráter de preferência pessoal. Tão-somente observa as melhores prescrições do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos – IBEC http://www.ibec.org.br

Assim, pois, o conteúdo da discussão anteriormente aqui presente acha-se agora em BDI/Discussão

BeremizCpa? 16h52min de 24 de Dezembro de 2007 (UTC)

Problemas com o artigo[editar código-fonte]

Pesquisando um pouco, consegui encontrar uma referência: [1]. Parece-me que o artigo poderia ter uma linguagem mais clara; só explica o que o acrónimo representa no início sa secção 1. E julgo que a prática mais corrente é usar como título o nome completo e não seu acrónimo. DReispt msg 09h14min de 4 de março de 2011 (UTC)Responder