Discussão:Bastos Tigre

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Exemplos de obras[editar código-fonte]

Foi autor do primeiro disco publicitário do Brasil, Chopp da Brahma, em parceria com Ary Barroso e gravado em 1935 pelo iniciante Orlando Silva. Até a década de 1920 escreveu várias peças de sucesso, entre elas Grão-de-bico (1915), De pernas pro ar, com Cândido Castro (1916), Viva o amor, com Eduardo Vitorino (1924) e Ziguezague (1926).

Reclames[editar código-fonte]

Veja, ilustre passageiro, O belo tipo faceiro Que o senhor tem ao seu lado. No entanto, acredite Quase morreu de bronquite: Salvou-o o Rhum Creosotado.


Trovas[editar código-fonte]

n.01 Saudade, palavra doce, que traduz tanto amargor! Saudade é como se fosse espinho cheirando a flor.

02 Aliança! Algema divina, a mais doce das prisões; uma prisão pequenina que encerra dois corações.

03 Quando Deus fez Portugal lá plantou com sua mão na terra; vinha e trigal. e o fado no coração.

04 Pela ponte lá da praia vieste cá me visitar; Deus queira que a ponte caia quando quiseres voltar.

05 Ama a tua arte. Por ela faze o bem: ama e perdoa. A bondade é sempre bela, a beleza é sempre boa.

06 Maldigo quem te ache feia, quem te ache bela também. Quero mal a quem te odeia e odeio a quem te quer bem.

07 Mente o peito que suspira? O beijo é só falsidade? Bendigamos a mentira se ela é melhor que a verdade.

08 No amor não há diferença: nós mentimos, vós mentis... E, se um diz o que não pensa, outro o que pensa não diz.

09 Você diz que é cego o amor... Como se engana você! Fecha os olhos o impostor para fingir que não vê.

10 Com tuas frias maneiras eu não me incomodo, pois, embora tu não me queiras, meu amor vale por dois.

11 Meu amor enche-me a vida e eu vivo feliz assim. Basta que gostes, querida, de ser querida por mim.

12 Para se amar é preciso, de todo, o juízo perder; ter-se a um tempo, amor e juízo, isto é que não pode ser.

13 Um filósofo de peso é desta sentença o autor: o beijo é fósforo aceso "na palha seca do amor".

14 Saudade, meiga Saudade filha do amor e da ausência, és a nossa mocidade durante toda a existência.

15 Namorados. Para ouvi-los faço, ao lado esforços vãos, Como dois mudos, tranqüilos, falam somente com as mãos.

16 Se a mulher sincera fosse, sincera como o homem quer, era uma vez... acabou-se todo o encanto da mulher.

17 Depois de uma vida airada, ao céu quis ir sem licença. São Pedro pede-lhe a entrada- e o morto, arrogante: - Imprensa!

18 Trocar idéias contigo ? É possível, mas escuta: quero ver, primeiro, o artigo que ofereces à permuta.

19 Amigos - todos os temos "ao nosso inteiro dispor", mas até que precisemos de algum pequeno favor.

20 Quando nós, discretamente ficamos conosco a sós, é que ouvimos quanta gente chora e ri dentro de nós.

21 A mulher que nos rejeita, firme, em recusas formais, se, enfim, nosso amor aceita não quer que ele acabe mais.

22 Dinheiro não há que abrande a dor que um peito magoa: uma coisa é " sorte grande" outra coisa é " sorte boa ".

23 Idéias tristes da vida eu as esqueço e abandono: de dia - por muita lida, de noite - por muito sono.

24 “O cão que ladra não morde”. Permitam que nesta quadra eu do provérbio discorde: sim, não morde... enquanto ladra.

25 Amizades são incertas. Ao fazê-las, desconfia: esta mão que agora apertas bem pode espancar-te um dia.

26 Dos fortes seguindo a trilha, despreza a quem te magoa; porém, se o ofensor se humilha, então, vinga-te: - perdoa.

27 É bem verdade. A riqueza é dom que a todos ilude. A vida só tem beleza para quem goza saúde.

28 Um longo olhar que se lança numa carta ou numa flor; Saudade - irmã da Esperança, Saudade - filha do Amor.

29 Vós namorados, vós sois tão egoístas que pensais: - No mundo, além de nós dois, qualquer pessoa é demais!

30 Por ti de longe me inflamo, mas se me encontro contigo, quero dizer-te que te amo mas quem disse que te digo?

31 Se te olho de quando em quando, por Deus, não é por mau fim; é que estou verificando se tu olhas para mim.

32 O calor em demasia cresta e mata os vegetais e morre o amor de asfixia, quando o ciúme é demais.

33 Um sonho é ter-te ao meu lado, a te ver, ouvir, palpar... Que bom sonhar acordado sem perigo de acordar!

34 A brisa do sentimento aviva do amor o lume se sopra do egoísmo o vento irrompe o incêndio do ciúme.

35 O meu coração é o cofre que as minhas dores contém e as dores que você sofre eu nele guardo-as também.

36 Elo de ouro! És a esperança de horas risonhas e calmas! Felizes dos que, na aliança, acham a aliança das almas.

37 Saudade - um suspiro, uma ânsia, uma vontade de ver a quem nos vê à distância com os olhos do bem-querer.

38 LIBERDADE - O cidadão livre, tem todo o direito de fazer o que o patrão acha que deve ser feito.

39 PATRIOTA - Disposto à guerra ferve-lhe o sangue nas veias. Acha que amar sua terra é odiar as terras alheias.

40 Da morte a sentença impressa trazemos desde o nascer: assim que a vida começa começa a gente a morrer.

41 Como infeliz é esta gente que pensa que ser feliz é não dizer o que sente e não sentir o que diz!

42 "Ano novo, vida nova" Frase falsa e descabida pois cada ano se renova sem que se renove a vida.

43 Neste mundo, companheiros, nos irmana a mesma sorte; somos todos prisioneiros e condenados à morte.

44 Alma e corpo juntos vivem e o porco vive na lama. "Porco" é anagrama de "corpo" e "lama" é de "alma" anagrama.

45 Cora a moral, fica rubra, ante a imodéstia; pois, certo, é feio que se descubra o que deve ser coberto.

46 Jurar é falar a esmo, é prometer sem pensar. Juras não faças; nem mesmo a jura de não jurar.

47 Se a mulher que está contigo vive do "outro" a dizer mal, tem cuidado, meu amigo, ela inda ama o teu rival.

48 (Cistada por Malba Tahan em O Homem que Calculava) A Saudade é calculada por algarismos também: distância multiplicada pelo fator "querer bem".

49 A dor até me parece um prêmio, em vez de castigo, inda mais se quem padece é um tipo nosso inimigo.

50 Quanta palavra bonita! Quanto perdido latim! E quanta cera erudita pra defunto tão ruim!

51 Como será compreendida a incongruência da sorte? Pois há quem nasça sem vida e ninguém morre sem morte.

52 Eu, neste assunto de esmola sem ambições me suponho: estendo a minha sacola peço um bocado de sonho...