Discussão:Filipa de Lencastre

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D.Philippa de Lencastre era casada com D. João I de Portugal, e era inglesa.

A educação que deu a seus filhos, conforme os padrões que trouxe da Inglaterra, fez com que eles fossem bem sucedidos e realizadores, a ponto de se tornarem conhecidos na história portuguesa como "A Ínclita Geração".

A questão (mais uma vez) dos «de facto» e «de jure» e da Beatriz[editar código-fonte]

Hoje pode-se afirmar com toda a certeza que: 1-Não houve qualquer aclamação; uma aclamação era isto: auto da aclamação de D. João II;não era alcaides a fugir para escapar da morte, como em Santarém, alcaides a dizer que era preciso trazer o cepo para a praça, a fim de cortar mãos aos vilãos, como em Estremoz, nem o cortejo da aclamação a não passar do largo da Sé, temendo entrar na rua Nova com medo dos populares, como em Lisboa; nem gentinha nobre a gritar «Real, Real!» pelas ruas fazia reis ou rainhas: compare-se o capítulo III da Crónica de Pedro I de Castela, de Lopez de Ayala, com o seguinte capítulo VII do ano de 1366. 2- Não houve nenhum reconhecimento da corte nem do conselho real a Beatriz, o que a corte e o conselho real disseram a 21 de Novembro (data do saimento (exéquias) de D. Fernando) é que estavam prontos a tomá-la por rainha se o Tratado de Salvaterra fosse respeitado; sobre a corte, tanto o diz Ayala, aqui, como o diz Fernão Lopes, aqui, e sobre o conselho real di-lo F. Lopes; 3- o tratado de Salvaterra de 1383 resolvia o problema deixado em aberto pelo de 1376, em que o noivo "da ocasião" era D. Fradique. Se as cortes de Leiria de 1376 já punham preto no branco que correriam com o hipotético noivo e hipotético soberano Fradique se este faltasse às suas obrigações para com os naturais (= nacionais proprietários), o Tratado de Salvaterra, jurado em Cortes,se não estou em erro, em Santarém, "despedia" a própria herdeira caso a independência fosse posta em causa: a pena tanto para ela como para o marido, se faltassem ao juramento do tratado, era a perda dos seus direitos à herança; ou seja, este tratado medieval ousava pôr num capítulo o deserdar da herdeira! Portanto, para além de não ter sido rainha «de facto», ou seja, nunca entronizada nem nunca reinando efectivamente sobre o território nacional, nunca o possuindo, também não foi rainha de jure, porque nunca a ascenderam a tal nem a podiam ascender, dadas as pretensões do marido, logo claramente manifestadas quando se fez aclamar em Toledo «Rei (soberano) de Castela e de Leão e de Portugal».

Conclusão: dado o que durante três anos aqui na wikipédia pudemos perscrutar, não há qualquer razão para contrariar a tese maioritária, na historiografia portuguesa e mundial, de que ela foi apenas uma pretendente ao trono. E é de ressalvar que várias das constatações feitas acima, se não são material inédito apenas porque se fundam completamente nas fontes medievais (o tratado de Salvaterra está nas Provas da HGCRP do António Caetano de Sousa), são, pelo menos, constatações inéditas desde essas fontes medievais. Abraço, Jorge alo (discussão) 23h36min de 28 de março de 2013 (UTC)Responder

Muito bom Jorge e valeu pela correção! Acho que ficava bom indicar isso também no artigo da Beatriz. Abs, OTAVIO1981 (discussão) 00h27min de 29 de março de 2013 (UTC)Responder
Bom, agora que algumas constatações um tanto esquecidas (só apenas durante 600 anos, o que é pouco tempo para não-gregos, que estes, os gregos, são a excepção mundial no respeita à rapidez em depenar galinhas) foram relembradas, vamos dar algum tempo para ver se algum aluno do Rio, ou doutro lado qualquer, pega nas ditas constatações e aproveita para fazer um brilharete. Caso haja algum interessado, primeira pista para o trabalho prático: procurar no caderno diplomático do Tratado de Salvaterra a passagem exacta que deserdava a Beatriz. Segunda pista: procurar os dois capítulos do Ayala em que este diz, num, que os de Lisboa aclamaram a Beatriz e, no outro, 3 a 5 capítulos, mais ou menos, a seguir, em que o mesmo Ayala diz que os de Lisboa não aclamaram a Beatriz. 3.ª questão, esta mais difícil: porque é que Ayala se enganou na data do saimento, dizendo que este foi 60 ou 70 dias depois da morte do rei Fernando, quando ele, o saimento, foi de facto 30 dias após a morte (o «trintário»)do rei? Qual é, à navalha de Ockam, a explicação mais simples para a confusão do Chanceler Ayala? Estaria ele a misturar duas coisas, que efectivamente sucederam, numa só, ou não? Os interessados têm um ano para fazer o brilharete, porque senão, em Abril de 2014, estando vivo, quem faz "o resto da folha" à Beatriz sou eu. Abraço, Jorge alo (discussão) 01h13min de 29 de março de 2013 (UTC)Responder