Discussão:Intraempreendedorismo

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Ia wikificar, mas resolvi voltar o texto para a categoria de esboço. Movi para cá o que parece ser o trabalho de conclusão de curso de Edy Ney (vide bibliografia). O texto me parece pesquisa inédita, além de citar várias fontes que não estão na bibliografia. Abraço, Editor br (discussão) 21h36min de 3 de Janeiro de 2009 (UTC)

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O intraempreendedor surgiu quando grandes corporações começaram a identificar a necessidade de incentivar o empreendedorismo dentro dos departamentos da organização. "Os intra-empreendedores têm abordagens fora do convencional para os problemas, buscam soluções a qualquer custo". Segundo Uriarte (2000) apud Moreira (2003) o Intra-Empreendedor é:

"Aquele profissional que a partir de uma idéia, e recebendo a liberdade, incentivo e recursos da empresa onde trabalha, dedica-se entusiasticamente em transformá-la em um produto de sucesso. Não é necessário deixar a empresa onde trabalha, como faria o empreendedor, para vivenciar as emoções, riscos e gratificações de uma idéia transformada em realidade"

Segundo Seabra apud Aquino (2005): "O intraempreendedor é um tipo de profissional interessante para qualquer tipo de empresa. (...) São funcionários que têm comportamento semelhante aos donos das empresas, e sua ousadia é fundamental para a inovação".

O intra-empreendedor atua dentro de uma empresa. Ele não é o proprietário das máquinas e dos equipamentos, do capital, o que não significa que ele não possa, dentro daquela organização, desenvolver um projeto ou um produto. As qualidades e características básicas do empreendedor e do intra-empreendedor são as mesmas: auto-estima, capacidade de argumentação, capacidade de decidir por conta própria, capacidade para correr riscos. O mais importante no intra-empreendedorismo é identificar e desenvolver as características empreendedoras das pessoas.


Características
Segundo Administradores.com as principais características o Intra-Empreendedor e que diferenciam dos demais funcionários são:

a) Tem visão sistêmica: não tem olhos apenas para o seu departamento, mas consegue visualizar a companhia como um todo.
b) Atribui significado pessoal a tudo o que faz: tanto pelo trabalho como pela empresa onde atua. Isso inclui acreditar no negócio e ter a sensação de que a experiência está valendo à pena.
c) Tem capacidade de implementar as idéias: implanta projetos com começo, meio e fim. Não basta ser um poço de idéias, é preciso implementá-las. • É persistente: faz de tudo para que os projetos e negócios dêem certo. Tem capacidade de encontrar saídas para obstáculos que apareçam.
d) É pró-ativo e se antecipa ao futuro: Faz as coisas antes mesmo de ser solicitado ou forçado pelas circunstâncias. Consegue antecipar a necessidade e vai além do pré-estabelecido.

Outras características que o tornam diferente dos demais funcionários, são as seguintes:
a) Tem atitude de dono na empresa: não tem olhos apenas para o seu departamento, mas para a companhia como um todo. As organizações podem estimular isso com um plano de obtenção de stock options (ações) da empresa, fazendo com que os funcionários virem sócios do negócio.
b) Tem paixão pelo que faz: tanto pelo trabalho como pela empresa onde atua. Isso inclui acreditar no negócio e ter a sensação de que a experiência está valendo a pena.
c) É persistente: faz de tudo para que o negócio dê certo e dissemina a idéia para os outros colaboradores, atuando como líder da equipe e encorajando-os a continuar.
d) Tem prazer em ensinar aos outros o que sabe: gera efeito cascata e forma outros executivos empreendedores. Este tópico é importante porque é praticamente impossível a empresa funcionar com apenas um único empreendedor.
f) É um profissional extra-muros: ele excede os limites, vai além do pré-estabelecido e realmente faz acontecer.


Importância
Em um mundo onde as mudanças são constantes, é de suma importância que as organizações acompanhem estas mudanças. E é neste contexto que entra o papel do Intra-Empreendedor, movimento em que o funcionário se torna um colaborador, passando a agir na empresa como parte integrante do processo, uma peça do sistema, tornado a empresa mais competitiva. Ele é importante porque o profissional com este perfil traz inovações à empresa, provocando o surgimento de valores adicionais para a empresa, tornando-se uma grande vantagem competitiva. Ele ainda tem uma certa dose de ousadia e sabe solucionar de forma inusitada diversos problemas corporativos e ainda traz experiência e conhecimento de vários outros locais agregando ao que a empresa e o grupo já possui. A importância dos profissionais Empreendedores está no fato de que eles são os verdadeiros agentes de mudança nas empresas.
Segundo Hashimoto(Especialista em Intra-Empreendedorismo da FGV-PR) apud Aquino (2005) "O perfil Intra-Empreendedor é extremamente importante, sobretudo no nível de competitividade que as grandes empresas estão vivendo". Porém este perfil não é uma qualidade que não pode ser aprendida, no entanto como se trata de comportamento pode ser treinado e aprimorado. E para se desenvolver um espírito empreendedor é necessário que ele tenha aspectos em sua personalidade que sejam compatíveis com esse perfil. No comentário a seguir, realizado por Aquino (2005) poderá ser observado porque o Intra-Empreendedor é tão importante:
Não basta mais ter somente diploma de graduação e especializações para se destacar no mercado de trabalho. As corporações querem cada vez mais profissionais que tragam soluções inusitadas para seus problemas, sejam pró-ativos e inovadores, ou seja, que tenham um perfil Intra-Empreendedor. Basicamente, eles querem que os funcionários apliquem as características Empreendedoras em prol da própria empresa.
A importância dos profissionais empreendedores está no fato de que eles são os verdadeiros agentes de mudança nas empresas. Segunda a tese de Luís Ricardo Uriarte, "a experiência mostra que as empresas bem-sucedidas são aquelas que iniciaram mudanças em tecnologia, marketing ou organização e conseguiram manter uma liderança em relação aos concorrentes. Portanto, os empreendedores são necessários não somente para iniciar novos empreendimentos em pequena escala, mas também para dar vida às empresas existentes, em especial as grandes", conclui ele.

É importante que os colaboradores não vejam a empresa como apenas um emprego, mas tenham o perfil de dono de um negócio. A postura de dono de negócio é a chave para o sucesso de nossa empresa. Respeitamos cada colaborador como se fosse dono de seu pequeno negócio, dentro de nosso grande negócio.

Como desenvolver e estimular o intra-empreendedorismo
Algumas empresas se dizem empreendedoras ao simplesmente colocar em prática algum programa interno de sugestão de funcionários, a famosa “Caixa de sugestões”, só que o intra-empreendedorismo é muito mais do que isto. Requer uma radical mudança cultural interna que permita o surgimento de novos modelos de negócio e agilidade para implantação dos projetos. Para se implantar o Intra-empreendedorismo é preciso que a empresa desenvolva alguns passos decisivos:
a) Deve existir clara intenção da alta administração em aumentar sua capacidade empreendedora;
b) Devem ser revistos os processos de delegação e atribuição de responsabilidades;
c) Gestores que tenham a capacidade de assumir riscos e mais delegação devem ser identificados, pois conduzirão o processo;
d) A organização deve ser reestruturada em pequenas unidades de negócios, dimensionadas a partir da identificação de mercados e clientes;
f) Os atuais líderes de negócios (presidente e diretores) devem se comportar como treinadores dos futuros empreendedores internos;
g) Um sistema de acompanhamento, suporte e um processo específico de recompensas devem ser concebidos, para sustentação do modelo. Para desenvolver o espírito Intra-empreendedor nos seus funcionários e colegas, uma boa opção é usar as ferramentas de Treinamento e Desenvolvimento disponíveis, hoje em dia cada vez mais acessíveis a todo tipo de empresa.
Para estimular o Intra-empreendedorismo muitas empresas, para fazer com seus colaboradores contribuam mais com a empresa dividem o lucro da empresa. Entretanto não existe um modelo padrão a ser seguido pelas organizações. Cada empresa cria o seu próprio modelo, adequado ao seu negócio, com objetivo de se tornar competitiva e gerar valor. Na maior parte dos modelos algumas características são fundamentais para se obter sucesso nos projetos, segundo CRA-SP, tais como:
a) Estímulo ao empreendedorismo;
b) Delegação, Autonomia, Empowerment; c) Donos do Negócio;
d) Tolerância ao erro;
f) Inovação e qualidade;
g) Comunicação Formal e Informal;
h) Motivação, energia/sonhos e desafios;
i) Importância de um modelo;
j) Desenvolvimento de Pessoas;
l) Remuneração Variável.
De acordo com o último ranking de empreendedorismo corporativo (2006), realizado pelo IBIE (Instituto Brasileiro de Intra-empreendedorismo) os fatores apontados pelos colaboradores que mais estimulam a inovação nas empresas não é o aumento de salário ou promoção de cargos. O fator mais apontado pelos colaboradores conforme quadro abaixo é a satisfação pessoal, ou seja, as pessoas dão idéias em função de se sentirem úteis e capazes de propor melhorias.


Os fatores que mais estimulam a inovação nas empresas Satisfação Pessoal: 34%; Contribuição para a imagem e o crescimento da empresa: 22%; Possibilidade de facilitar o próprio trabalho: 17%; Reconhecimento Moral dos Chefes e colegas: 12%; Aumento de Salário: 9%; Promoção de Cargo: 6%.
Ainda, segundo o ultimo ranking de empreendedorismo corporativo (2006) os fatores que mais atrapalham as iniciativas dos funcionários nas organizações, demonstrados na tabela a seguir, está a falta de políticas de recompensas e reconhecimento, pois sem esses fatores muitos colaboradores deixam de propor novas soluções.

Os fatores que mais atrapalham a inovação nas empresas Ausência de políticas de reconhecimento e recompensa 25% Falta de comprometimento das pessoas: 22%; Falta de incentivo de chefes e colegas: 21%; Despreparo e desinteresse dos funcionários: 16%, Escassez de recursos 16%.
Segundo CRA-SP (2007), Gifford Pinchot estabeleceu 10 Mandamentos que devem ser seguidos pelo Intra-empreendedor para que este tenha sucesso: 1) Forme sua equipe. Intra-empreendedorismo não é uma atividade solitária; 2) Compartilhe o mais amplamente possível as recompensas; 3) Solicite aconselhamento antes de pedir recursos; 4) É melhor prometer pouco e realizar em excesso; 5) Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho, independentemente de sua descrição de cargo; 6) Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão; 7) Tenha sempre em mente os interesses de sua empresa e dos clientes, especialmente quando você tiver que quebrar alguma regra ou evitar a burocracia; 8) Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido; 9) Seja leal à suas metas, mas realista quanto ás maneiras de atingi-las; 10) Honre e eduque seus patrocinadores.

Fonte:
DA SILVA JUNIOR, Edy Ney. Empreendedorismo: Processo Empreendedor - Uma Proposta Prática. Monográfia. Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT-Campus Sinop) - Bacharelado em Administração. Sinop - Mt. 2008.