Discussão:Roland Barthes

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Apenas queria acrescentar o fichamento de um artigo importante para Teoría Literária: Crítica e Verdade:

Roland Barthes: Crítica e Verdade. A crise do Comentário: Há apenas uma escritura: Revolução na classificação das linguagens desde Mallarmé. Loyola, Nietszche, Lacan:outra lógica procura a verdade da palavra(fictícia/lógica/discursiva).

  1. Substitui-se abstração tradicional pela imagem no campo d palavra (exemplo-idéia “inseparados”)
  2. Crítico se torna escritor: mesmo objeto: linguagem=problema, não instrumento nem decoração →nza simbólica da linguagem (psicanálise-estruturalismo); questionamento da lógica clássico-burguesa 

Língua Plural: o símbolo não é a imagem, é a pluralidade dos sentidos→ obra aberta, não erro do leitor.

  1. Símbolo é constante: IM codifica 4 sentidos (literal, alegórico, moral e anagónico)→Clássica:ignorou/ censurou
  2. Obra eterna: não sentido único mas sentidos diferentes a um homem único, através tempos múltiplos.
  3. Literatura: necessária a segunda língua (sonho) para além do dicionário(filologia)→lingüística, alusão.
  4. Jakobson: ambigüidade constitutiva lit: pura. Concisão pítica:obra não protesta nem autentifica sentido dado. 

(também ambigüidade na língua comum, porem situação a reduz).


  1. Exploração: pois fora da situação, inquérito sobre as palavras.
  2. Função Crítica: a Literatura é a Crítica da Linguagem. 

Ciência da Literatura: busca pluralidade sentidos obra lit, engendráveis (Chomsky:modelo gerador) Faculdade linguagem(gramaticalidade frases)→F literatura(aceitabilidad obras)Não gênio=regras lógica símbolos. Objeto ciência lit: não dar um sentido, objeto= escritura, condições de conteúdo (formas); Conteúdos= Hª. Autor: ciência só obra. Sentido: pelo autor vivo o fazer falar ao morto (circunstancias). Esperamos q autor morra p/ falar com objetividade: morte faz da obra, mito, não etnológico oral e sim mito da escritura: recusamos que o morto se apodere do vivo lendo Freud em Antígona. O objeto deste mito não e uma concreta mas obras atravessadas pela grande escritura mítica. (com maiores limites q mito oral). Ciência do discurso: signos inferiores à frase (figuras, conotação) e superiores (estrutura), integrados mas estudados independentemente. O resíduo será enorme a menos que retomemos amor pelos mitos. Objetividade do símbolo: não obra imediata mas sua inteligibilidade, não do idioma mas segunda gramática. Auxilio: da história sobre códigos segundos (ex: retórico) e antropologia (lógica geral d significantes)

Crítica: sentido+ forma, intermediário entre ciência e leitura. Engendra/ duplica sentidos mte lógica.

  1. Anamorfose vigiada: limites: deve transformar tudo, segundo leis, sempre no mesmo sentido.
  2. Direito Delírio: Foucault: a loucura tem história que não terminou. No entanto há de haver sentido.
  3. Três constrangimentos: 1. Regra d exaustividade: todas as falas hão de encaixar lugar inteligível 

Não tem a ver com a pretensa única relevância quantitativa do repetido. Sentido não nasce por repetição mas por diferença. Extensão das relações 2. Lógica simbólica: cientifica oposta ao delírio. Não tem sentido: sim existe lógica do significante

Formas transformação: descritas p Psicanálise/ Retórica (metáfora, elipse, homonímia, metonímia, antífrase) Formam cadeias muito extensas longe de delirantes, unidades mais largas.


3. Subjetividade(discrição do sujeito sem o objeto)→Melhor subjetividade sistematizada-cultivada do que Objetividade inculta ao pé da letra. Crítico clássico: indiv pleno. Barthes: indiv vazio, a linguagem é o sujeito, não o predicado. O crítico reproduz signo da própria obra: ambas são literatura

  1. Leitura profunda: crítico, q desvela não o significado mas cadeias de símbolos, nova imagem, perífrases, como toda metáfora, signo sem fundo. Estéril:a)pura explicitação obra;b) o que ela diria sem dizer.
  2. Justeza: harmonia em reproduzir na sua própria linguagem as condições simbólicas da obra. 

Querer reduzir o símbolo e tão excessivo como apenas ver letra: é preciso q o símbolo procure símbolo Fala nula(tagarelice ou silêncio) ou fala reificadora(imobiliza o significado encontrado) VS Fala própria crítico. Critico: não sabe o que fazer da ciência da lit. Só lhe resta a ironia: mais barroca que volteriana. Ironia dos símbolos, joga com as formas e não com os seres, desabrocha linguagem em lugar de menguá-la.

Leitura: o crítico não pode substituir o leitor, porque 1) Tem o mediador da escritura: escrever é fraturar o mundo e refazê-lo. O compilator medieval não precisa acrescentar para deformar, basta citar o texto (cortá-lo). O crítico é um comentator pleno(transmissor + operator, da certa distância) 2) A escritura declara, se engaja, é um ato: não pode bem ser dubitativa ou interrogativa: risco apofântico, de forma que coloca um abismo entre a crítica(escritura) e a leitura. Ler é desejar a obra, recusar duplicar a obra, e o único comentário é o pasticho. Criticar é desejar não mais a obra mas sua própria linguagem, devolvendo a obra o seu desejo de escritura: duas faces, uma fala. Autor da Resenha: Juan Pablo Martín Rodrigues. UFPE. jpabloburgos@yahoo.es

Nota: resenha de BARTHES, Roland. Crítica e Verdade. São Paulo: Perspectiva. 1982.