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Baudolino: diferenças entre revisões

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Baudolino
(Sem diferenças)

Revisão das 03h16min de 3 de janeiro de 2005

  De volta à Idade Média neste seu quarto romance, Umberto Eco nos traz sua mais divertida obra de ficção formatada como uma farsa erudita, passada entre 1152 e 1204. Narra a aventura picaresca do jovem camponês Baudolino, adotado por Frederico I, o Barba Ruiva, em uma saga que vai desde a coroação deste imperador á invasão de Constantinopla pelas cruzadas - operação financiada pelos venezianos que permitiria o controle do Mediterrâneo. Com isso Eco nos transporta para uma época de geografia inexplorada, em que terras e mares desconhecidos pautavam projetos de expansão territorial, religiosa e comercial, desatando ambições de governantes, negociantes, intelectuais e aventureiros, como Baudolino e seus companheiros - personagens que formam um painel multicultural reunindo um franco-mourisco, um judeu, um alemão, vários italianos, um bizantino e um armênio.
  Umberto Eco conjuga historia das mentalidades e da formação européia das mentalidades e da formação européia com lendas, tramas policialescas e fábulas. Montado com uma narrativa em flashback feita por Baudolino ao historiador Nicetas Coniate (1150-1215), o romance mixa história e fantasia com muito humor. Inclui uma expedição ao um reino do Oriente governado por um líder católico, lendas do Santo Graal, rumos das tribos perdidas de Israel, a procura do Santo Sudário e até uma homenagem à construção de Alexandria, cidade natal do autor, no Piemonte.
  Como um historiador às avessas, favorecido pela intimidade com o poder, com dirversos idiomas e extraordinária ambição, Baudolino é uma máquina de invenções. Ao produtzir relatos falsos, cartas falsas, pergaminhos falsos, traficar relíquias falsas e produzir planos e acordos baseados em inverdades, as aventuras de Baudolino se transformam numa mentira coletiva que so torna a própria história de um tempo.
  ¨(...) através deste romance, releio o período medieval com fruto das invenções de um jovem¨, diz o autor. Aventura picaresca, romance histórico do qual emergem, embrionariamente, os problemas da Itália contemporânea, história de um crime impossível, conto fantástico, teatro de inveções linguísticas hilariantes, Baudolino celebra a força do mito e da utopia com o charme e a grandiosidade das criações de um mestre.