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George Berkeley: diferenças entre revisões

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George Berkeley

(Cill Chainning, Irlanda, 1684 - Oxford, 1753)


Filósofo inglês De formação eclesiástica, é bispo anglicano. A originalidade e o vigor das suas ideias, assim como as suas qualidades de escritor, trazem-lhe a aceitação e a admiração dos literatos do seu tempo, como Swift e Pope. Depois de viajar pelo continente europeu, regressa definitivamente à Grã-Bretanha em 1732, e é nomeado bispo de Cloyne (Irlanda). Escreve um tratado de aritmética, uma teoria da visão e, sobretudo, Três Diálogos entre Hilas e Filonous em Oposição aos Cépticos e Ateus, a obra pela qual tem um lugar na história do pensamento. Para este filósofo empirista inglês, a afirmação de Locke segundo a qual as nossas ideias representam alguma coisa diferente delas próprias é incoerente e gratuita. Se apenas conhecemos ideias, mantenhamos este princípio, diz Berkeley, em consequência do qual não tem qualquer sentido dizer que as ideias são representações. Dado que só conhecemos ideias, e conhecemos as coisas, as coisas são ideias. De modo que não há duas realidades, as coisas e as ideias, como pretendia Locke, mas apenas uma: as ideias ou percepções. E, consequentemente, o ser das coisas é o seu ser percebido (esse est percipi). As ideias são sempre ideias de uma mente que as percebe. Se o ser das coisas consiste em ser percebido, o ser da mente consiste em perceber. De onde recebe o nosso espírito as ideias? Não tem cabimento dizer, como Locke, que de uma realidade exterior diferente das ideias. Como vimos, essa realidade não existe. Berkeley conclui que a nossa mente as recebe de Deus. Por outro lado, Berkeley também afirma a existência de Deus através da ideia de causa: Deus é a causa das nossas ideias