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Krisiun: diferenças entre revisões

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Revisão das 22h15min de 11 de maio de 2004

Ficheiro:Http://www.metal-archives.com/images/197 photo.jpg

Integrantes: Alex Camargo - Vocals, Baixo Moyses Kolesne - Guitarra Max Kolesne - Bateria

Estilo: Death Metal

Biografia: O Krisiun completou os 10 primeiros anos de existência no ano 2000 colhendo os resultados de um esforço imenso com muita dificuldade e trabalho sério. Orgulhosos de pertencerem ao underground metálico, os irmãos Max e Moyses Kolesne e Alex Camargo entram no novo milênio com a certeza de que estão escrevendo uma história de respeito e profissionalismo, como uma das bandas brasileiras de maior aceitação em todo o mundo. A construção deste status começou em 1990, quando o trio morava no Rio Grande do Sul. O gosto pelo metal foi herdado do irmão mais velho, que já ouvia bandas como Black Sabbath e Dio. E de tanto vê-lo com seus discos, os três gostaram do som e, é claro, dos desenhos nas capas. Como todo headbanger, a adolescência deles foi marcada pela compra de discos dos grupos preferidos. E, para aumentar a coleção, era preciso investir boa parte do salário que ganhavam nos primeiros empregos. Alex só esperava receber para ir direto a Megaforce, uma das primeiras lojas especializadas da capital gaúcha. De lá, ele trazia grande parte daquelas que viriam a ser as influências do Krisiun. E entre estas influências surgiram "Show No Mercy" do Slayer e "Altars Of Madness" do Morbid Angel. Os dois discos que transformariam de vez a vida da família Krisiun, mostrando uma face nova e fascinante do velho e bom metal. A agressividade dos vocais e os instrumentos tocados com tanta energia e velocidade provocaram uma reação imediata. Era chegada a hora de unir-se aos ídolos de alguma forma. Sem dinheiro para adquirir equipamentos de qualidade, foi preciso se contentar com instrumentos mais simples e muito limitados. O movimento metal já vivia uma fase de empolgação no Brasil e fanzines circulavam de um estado para outro, ampliando o underground. O Krisiun logo entrou neste mundo, correspondendo-se com bandas e fanzines de todo o país. A idéia era ganhar espaço no cenário e mostrar os conceitos da banda mundo afora: tocar o verdadeiro metal. Logo o estilo foi sendo moldado, com a velocidade e o peso do que foi rotulado como death metal. Ainda aprendendo praticamente tudo "na raça", o Krisiun fez seu primeiro registro oficial em 1991, a demo tape "Evil Age" (1991). No ano seguinte foi gravada uma segunda fita, "Curse Of The Evil One" (1992), e, a partir daí, as respostas do underground não pararam mais de chegar. Cientes de que as portas para um trabalho realmente profissional só se abririam em São Paulo, os irmãos decidiram mudar de estado e viver longe da família. Já na capital paulista, os músicos precisaram redobrar o esforço para conseguir gravar o autofinanciado mini-álbum "Unmerciful Order" (1993). A partir deste trabalho, o Krisiun rapidamente ganhou status de grupo cult por causa da hipervelocidade das composições e pela impressionante performance ao vivo. No ano de 1995 saiu o primeiro full lenght, "Black Force Domain", que só chegou a um maior público por meio da gravadora alemã Gun Records em 1997. O CD recebeu excelentes notas na imprensa especializada e levou o Krisiun aos palcos europeus pela primeira vez num nível totalmente underground. Durante o mês de maio de 1997 a banda fez 20 apresentações na Alemanha. Com isso, o Krisiun rapidamente ganhou mais e mais fãs e muitas portas se abriram colocando o trio de uma maneira mais visível. Em dezembro do mesmo ano aconteceu o retorno à Europa, onde mais 30 shows ao lado de Kreator e Dimmu Borgir foram realizados. Com a chegada de 1998, o Krisiun aproveitou para gravar seu segundo disco, "Apocalyptic Revelation", na Alemanha, dentro do estúdio de Harrys Johns (que produziu Kreator, Sodom, Tankard). Na tour, os brasileiros tocaram com Cradle of Filth, Napalm Death e Borknagar por toda a Europa. Em seguida vieram outros 30 shows como headliners pela Alemanha tendo o Soilwork como suporte. Outros fatos que ajudaram na divulgação do Krisiun foram suas participações nos tributos ao Sodom e ao Kreator. Apesar de não se interessarem muito por este tipo de modismo que tomou conta da música pesada nos últimos anos, os três gostaram da idéia de homenagear duas das suas influências. "Total Death", clássico do disco "Endless Pain" do Kreator ganhou uma versão ultra-rápida e "Nuclear Winter" foi indicada ao Krisiun pelo próprio líder do Sodom, Tom Angelripper. Além disso, o Krisiun atravessou os Estados Unidos com sucesso acompanhando o Angelcorpse e o Incantation em fevereiro de 1999 para as 30 primeiras apresentações na América do Norte. Na mesma tour surgiu uma grande oportunidade para os brasileiros. Um dos produtores do Milwaukee MetalFest (um dos maiores festivais underground do mundo) os viu em ação. Antigo fã do grupo, o produtor os convidou para ser uma das atrações do festival em julho daquele ano. Na mesma fase, a Century Media Records ofereceu um contrato que possibilitou o lançamento de "Conquerors of Armageddon". Indiscutivelmente, o melhor disco até agora com uma produção poderosa e precisa, cortesia da cooperação entre Erik Rutan (guitarrista de Morbid Angel, Hate Eternal e ex-Ripping Corpse) como produtor e Andy Classen (Rotting Christ, Holy Moses) trabalhando como engenheiro de som. O material foi gravado no Stage One Studios, na Alemanha, durante o inverno de 1999. A batida imposta por Max na bateria é extremamente pesada e violenta, enquanto a guitarra de Moyses é refinada e avassaladora ao mesmo tempo. Já os vocais guturais de Alex são tão impressionantes quanto a sua marcação precisa no baixo. Ao final de 1999 os integrantes do Krisiun realizariam um sonho ao tocarem com o Morbid Angel, uma das suas maiores influências. Para Alex, Max e Moyses, dividir o palco e fazer amizade com os ídolos compensou boa parte das dificuldades enfrentadas durante todo este tempo de dedicação ao metal. O ano de 2000 está sendo o mais agitado na história do Krisiun. Com a agenda lotada, a banda fez mais de 120 shows no eixo Estados Unidos-Europa-Estados Unidos-Brasil-Estados Unidos, tornando esta a mais extensa tour de um grupo nacional no exterior em todos os tempos. Em abril foram 30 apresentações ao lado de Satirycon, Immortal e Angel Corpse na América do Norte. Direto para o Velho Mundo, eles tocaram com Old Man's Child, Gorgoroth e Soul Reaper em 25 shows em maio. No mês seguinte, o Krisiun voltou aos Estados Unidos para outras 30 datas, agora com Kataklysm e Dismember. Outro momento de glória pessoal para os brasileiros foi ter Kerry King em um dos seus shows. Melhor: o guitarrista do Slayer veio cumprimentá-los no backstage. Esta não era a primeira vez que eles encontraram com o ídolo, pois o Krisiun tocou anteriormente com o Slayer na Alemanha, durante o festival With Full Force - que também teve o Iron Maiden como atração - diante de sete mil pessoas. Finalmente de volta ao Brasil, o Krisiun pôde realizar uma grande tour nacional, tocando nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do país. A partir de novembro, a banda entrou em fase de composição para o novo disco, "Ageless Venomous", que foi gravado no Brasil e produzido pela própria banda e por Tchello Martins. Lançado em agosto de 2001, o álbum recebeu críticas amplamente favoráveis em todo o mundo. Sua tour levou o Krisiun de volta ao Milwaukee Metal Fest, além de 16 datas com o Immolation nos Estados Unidos e ainda aos festivais Fuck The Commerce e Wacken Open Air, ambos na Alemanha. Em outubro, o trio fez seus três primeiros shows no Japão, abriu a tour sul- americana do Nevermore e estreiou também no Chile. Com apenas uma semana de descanso, a banda foi headliner na Polônia e iniciou uma série de 19 apresentações junto com Kreator e Cannibal Corpse por toda a Europa. Para fechar o ano, doze datas estão agendadas para dezembro com Kreator, Cannibal Corpse, Marduk, Nile, Vomitory, Dark Funeral na X-Mass Fest 2001 também em solo europeu. Para fechar o ano, mais doze datas foram cumpridas com Kreator, Cannibal Corpse, Marduk, Nile, Vomitory, Dark Funeral na X-Mass Fest 2001 também em solo europeu. Tudo isso rendeu ao Krisiun a presença na lista dos "Melhores discos de 2001" da conceituada revista Rolling Stone. Entre 290 álbuns escolhidos pela equipe da publicação norte-americana, o único álbum de metal incluído foi "Ageless Venomous". Com mais de 150 shows para a divulgação do último trabalho, "Ageless Venomous", de 2001, a banda se trancou no Bebop Studios em São Paulo, no primeiro semestre de 2003, junto com o produtor canadense Pierre Rémillard (Cryptopsy, Gorguts, Obliveon, Anvil, etc.) para mais uma vez ir além dos limites da agressão e agradar a toda sua fiel legião universal de seguidores. Pancadaria intimidante e uma produção esmagadora, "Works Of Carnage" traz o que o Krisiun tem de melhor: riffs de guitarra selvagens em conjunto com uma velocidade extrema, quebradas groove, urros guturais e uma imensa técnica instrumental trabalhada intensamente para não deixar a bola cair no geral, seja ouvindo faixa por faixa ou o disco inteiro. "Works Of Carnage" oferece ao ouvinte uma obra prima faixa a faixa, em se tratando de brutalidade moderna em alta velocidade, com uma excelente produção e uma grande devoção Death Metal. Os domínios do Death Metal nunca mais foram os mesmos após o aparecimento do Krisiun, e "Works Of Carnage" serve como uma prova perfeita da marca, do estatus e do peso que a banda conquistou e possui ao redor do mundo, no cenário metal atual.

Discografia: The Plague 1992 Krisiun/Harmony Dies (Split) 1993 Curse of the Evil One 1993 Rises From Black 1993 Unmerciful Order 1994 Black Force Domain 1995 Apocalyptic Revelation 1998 Conquerors Of Armageddon 2000 Ageless Venomous 2001 Works Of Carnage 2003