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Prescritivismo: diferenças entre revisões

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Revisão das 20h46min de 16 de fevereiro de 2005

A normatividade ou prescritivismo é a imposição à língua de normas arbitrárias, freqüentemente contrárias ao uso corrente. Toda língua apresenta uma variação social e regional considerável. Se muitas pessoas querem usar uma língua para um número diferente de finalidades, então é conveniente e mesmo necessário que haja uma norma lingüística consensual – uma língua padrão – conhecida e usada por todos ou, pelo menos, por todos os falantes cultos. De outro modo, se as pessoas insistirem em usar suas variedades próprias, haverá confusão e incompreensão. Mas, como as línguas estão em contínua mudança, sempre existirão dúvidas e discordâncias quanto às formas e usos que devem ser reconhecidos como fazendo parte da língua-padrão. O prescritivismo consiste em tentativas, de professores e escritores, de resolver as discordâncias insistindo no emprego das formas e usos que eles preferem pessoalmente, e condenando outros de que eles pessoalmente não gostam. Naturalmente, algum grau de prescritivismo é necessário, particularmente no ensino: as pessoas que usam de maneira natural formas que não são reconhecidas como formas padrão pela comunidade precisam aprender a usar a norma, pelo menos nas circunstâncias que o exigem, ou então serão seriamente prejudicadas. O problema é que muitos prescritivistas se excedem, tentando condenar usos que são de fato perfeitamente normais mesmo para falantes cultos, e insistindo em usos que foram correntes gerações ou séculos atrás, mas que hoje, efetivamente, estão mortos, ou nunca foram normais para ninguém.