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Wahhabismo: diferenças entre revisões

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Revisão das 02h15min de 13 de julho de 2004

O que é Wahabiya?

Por Furqan 'Ali Ishraqi

Wahabiya é uma seita pseudo-islâmica composta pelos seguidores de um indivíduo chamado Muhammad bin abdul Wahhab, que no século dezoito iniciou suas pregações de caráter puritano e extremista na Península Arábica. E que mais tarde por intermédio de sangrentas guerras com o apoio de forças colonizadoras se tornou a fé e ideologia dominante da região através da igual aberta aceitação e colaboração da família Saud (Sauditas).

A história da Wahabiya e seus seguidores (wahabis) é repleta de violência e crimes, contra todos os elementos Islâmicos que eles consideram desviados ou incrédulos, principalmente os Shias e Sufis, e contra elementos não-Islâmicos também. Os wahabis e salafis (uma variação dessa seita, mas com os mesmos ideais) através de seu poderio financeiro conseguiram tomar a frente de quase todos os trabalhos Islâmicos, levando sua mensagem pervertida aos quatro cantos do mundo, construindo mesquitas, colocando literatura a disposição, efetuando eventos e acampamentos, enfim, utilizando-se do dinheiro para manter estabelecimentos próprios ou pelo menos manter outros ligados de uma maneira ou outra a eles.

Os wahabis costumam se associar com os Sunnis e se dizem Sunnis, mas o fato desconhecido pela imensa maioria dos irmãos Sunnis, inclusive no Brasil, é que os wahabis também atacam e matam Sunnis em locais como o Paquistão, Afeganistão, Arábia Saudita e Chechênia, e vários grupos Sunnis possuem fatwas bastante duras contra os wahabis, sem falar nos grupos e líderes Shias, que também repreendem qualquer espécie de contato com esses inimigos do Islam disfarçados de Muçulmanos e agindo internamente, infiltrados na Ummah (Comunidade Islâmica).

No Brasil os wahabis controlam a imensa maioria das mesquitas Sunnis, direta ou indiretamente, e nelas isso pode ser comprovado através do ódio que se tem pelos Shias e Sufis, muitas vezes baseados apenas em informações falsas que são passadas e encorajadas pelos pretensos Sheiks e Ulamas (que em sua maioria estudaram em escolas e universidades financiadas pelos wahabis, como a de Medina na Arábia Saudita, por exemplo) que muitas vezes igualmente se mantém financeiramente dependentes de institutos de propagação vinculados ao Wahabismo. E também pode ser comprovado através da distribuição de literatura de grupos Nasibi (inimigos da Ahlul Bayt) e de orientação wahabi-salafi como a WAMY, por exemplo. A mesma que organiza acampamentos e encontros Islâmicos pelo mundo afora e que particularmente, em certos países do ocidente disfarça seu caráter wahabi-salafi, mas basta, por exemplo, uma pesquisa no site oficial dessa organização para comprovar o tipo de ensinamento e literatura que a mesma distribui em determinados países.

Os wahabis constantemente atacam os Shias (e demais opositores) das formas mais diversas possíveis, seja através de livros e fatwas, através de pirateamento na internet (colocando sites shia fora do ar e enviando e-mails com vírus para Shias ativos pela net, por exemplo), através de ofensas nas mesquitas e nas ruas e inclusive de forma violenta em locais onde as hostilidades são mais vivas. Os wahabis também são responsáveis pelo assassinato e perseguição de Shias em todo o mundo (Paquistão, Afeganistão, Leste Europeu, Arábia Saudita, África etc) e principalmente pelo assassinato de Shias que se rebelaram na Caaba em 1979 (qualquer espécie de luta e conflito na Caaba é ilícita), que se localiza no território hoje conhecido como Arábia Saudita (ou literalmente Arábia dos Saud) onde a perseguição aos cidadãos Shias e opositores do regime em geral é duramente repreendida, o que leva inclusive a milhares de Shias viverem reclusos e com medo de revelarem sua fé e prática, pois temem os assassinatos, prisões, exclusão social e deportações, que são muito freqüentes.

Muitos problemas são também ocasionados no período de Hajj (peregrinação Islâmica) onde muitos Muçulmanos reclamam de maus tratos, repressão e desrespeito devido ao fato de serem Shias ou Sunnis que não se alinham ao comportamento wahabi, majoritário na região.

Grupos como os Taliban e Sipah-i-Sahaba são de aberta orientação wahabi-salafi, e provam isso com suas atitudes estúpidas, como desrespeito às mulheres, sectarismo, intolerância religiosa, interpretação absurda do Islam, instigação de guerra civil, violência extrema, etc...

Apenas como exemplos das orientações ditas islâmicas de alguns ditos Sheiks wahabis-salafis, cabem citar a defesa ao antropoformismo de Allah e a possibilidade de Allah causar e encorajar o mal. Ambas doutrinas que vão de encontro com os ensinamentos Islâmicos puros, mas que são defendidas por wahabis-salafis convictos. Há também relatos de autoridades wahabis-salafis emitindo decretos ou proferindo discursos, onde defendem e encorajam o assassinato de outros Muçulmanos, assim como o tráfico e venda de mulheres e crianças Shia, Sufi ou mesmo Sunni. De fato, no Afeganistão de domínio Taliban, mas não somente lá, isso era muito comum, com freqüentes exortações criminosas do tipo por parte de personalidades infames como o Mula Umar e outros líderes Taliban.

Muitos wahabi-salafi quando perguntados se são dessas seitas negam o fato, mas os que conhecem o Islam a fundo sabem identificar entre um wahabi-salafi, alguém que "inocentemente" é apenas influenciado pelas mentiras deles e um indivíduo que não pertence à essas seitas maléficas e anti-Islâmicas.

É importante que utilizemos nosso conhecimento Islâmico para não apoiar esses grupos, que apenas servem para espalhar conhecimento falso à respeito do Islam e são também responsáveis pela Islamofobia do mundo moderno através de suas ações estúpidas em nome do Islam que pretensamente representam. É importante que os Shias não se calem perante esses assassinos e difamadores e que lutemos para representar o Islam de uma forma ativa, viva e revolucionária, pois somos o Sustentáculo como dito pelo Imam Jafar (as). É importante que os irmãos Sunnis se afastem desses inimigos do Islam totalmente, não colaborem com seus eventos, não visitem as mesquitas e grupos diretamente controlados e sustentados por eles e não aceitem apoio algum deles em seus grupos próprios, que não aceitem os pseudo-ensinamentos Islâmicos e as deturpações da Sunnah e da história Islâmica ensinadas pelos wahabi-salafi, que pesquisem e procurem a Verdade, espalhem-na entre todos e que compreendam que o que lhes está sendo ensinado sobre os Shias e a Ahlul Bayt por parte desses indivíduos são apenas frutos de um conluio para que se aumente o sectarismo e a divisão da Ummah. E só dessa forma a Ummah poderá ser reconstruída, quando buscarmos a Verdade e a Irmandade, e tirarmos todos os elementos ruins de nosso meio...Separando o joio do trigo!

Neste momento todos os Muçulmanos, sem distinção de Escola de Interpretação ou nacionalidade, devem buscar a união Islâmica e mais do que nunca devem realizar um esforço conjunto para livrar nossa Comunidade e o mundo da influência e ação desses corruptores.

Allahu Akbar!

http://wahabismoexposto.cjb.net