Alternex: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m +link
Linha 39: Linha 39:
Flávia Mattar - Entrevista com Carlos Alberto Afonso, Coordenador técnico da Alternex - http://www.ibase.org.br/modules.php?name=Conteudo&pid=1210
Flávia Mattar - Entrevista com Carlos Alberto Afonso, Coordenador técnico da Alternex - http://www.ibase.org.br/modules.php?name=Conteudo&pid=1210


[[Categoria:Provedores de acesso à Internet do Brasil]]
[[Categoria:Provedores de acesso à Internet extintas do Brasil]]
[[Categoria:História da Internet| ]]
[[Categoria:História da Internet| ]]

Revisão das 17h50min de 27 de fevereiro de 2015

O Alternex foi o primeiro provedor de acesso a permitir o acesso às pessoas físicas, a partir de 1992.

Inicialmente, através da interface texto e, a partir de 1995, já com a possibilidade de acesso, via ícones e janelas, através do Windows e, posteriormente, Macintosh. O Provedor pertenceu ao Ibase durante vários anos e foi vendido posteriormente para a iniciativa privada no final de década de 90.

Diversos pioneiros da rede brasileira tiveram o seu primeiro e-mail com a denominação @alternex.org.br.

História

Em 1989, foi lançada a Rede Nacional de Pesquisa, projeto do Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT. O objetivo da RNP era implantar uma infra-estrutura de redes eletrônicas distribuídas por todo o Brasil, interligando centros universitários e de pesquisas no país com o exterior, compondo a Internet/BR.

No Brasil, em 1988, o Ibase iniciou os testes com o Alternex. Inicialmente o Alternex era restrito aos membros do Ibase e associados e só em 1992 foi aberto ao público.

A relação da RNP com o Ibase começa um pouco antes da ECO-92 - Conferência Mundial sobre Ecologia e Desenvolvimento da ONU. As ONGs de todo o mundo precisavam se comunicar com o exterior e abria-se um espaço para que a rede montada pelo Ibase em 1989, pudesse se integrar na Internet.

O IBASE foi, junto com as universidades, um dos pioneiros no uso de redes de computadores no Brasil. Este pioneirismo foi, por mais contraditório que seja, fruto da ditadura militar, que ao exilar milhares de brasileiros, permitiu ao coordenador técnico do AlterNex, Carlos Afonso e ao Coordenador do Ibase, Herbert de Souza, (Betinho), observarem o crescimento das redes de informação no Canadá e a resposta pronta do movimento social organizado internacional contra a possibilidade de monopolização destas redes.

No âmbito das ONGs, a idéia de se criarem redes em cada país é adotada no Brasil, sendo um dos primeiros membros de uma nova organização, batizada um ano depois de APC - Associação para o Progresso das Comunicações.

Começando em 1982, diversas redes regionais e não comercias de computadores emergem como recurso para informação e comunicação. A APC foi fundada em 1990 para coordenar a operação e desenvolvimento de um conjunto destas redes independentes.

Estas redes se uniram para prover o acesso a correio eletrônico, conferências eletrônicas, bases de dados de informação e outros serviços para seus associados de todo o mundo. As redes afiliadas servem regiões predominantemente de países em desenvolvimento.

O AlterNex foi uma das primeiras destas redes e foi um dos fundadores da APC. Operando 24 horas por dia desde 17 de julho de 1989, o Nodo AlterNex se caracteriza como um serviço internacional sem fins lucrativos do Ibase, como se apresenta na época no material de divulgação do Alternex:

"Orientados a indivíduos e organizações da sociedade civil, com objetivo de servir os que trabalham por metas que incluem a paz, a prevenção da guerra, a eliminação do militarismo, a proteção do meio ambiente, apoiar a causa dos direitos humanos e dos direitos dos povos, realização da justiça social e econômica, eliminação da pobreza, promoção do desenvolvimento auto-sustentado e equitativo, avanço da democracia participativa e resolução não-violenta de conflitos".

Núcleo de Informação (NIC) - ALTERNEX-RNP

Selando o relacionamento, iniciado em 1992, a RNP resolve criar uma série de Centros de Informações por área de interesse dos usuários. Entre estes, um deles era voltado especificamente para ONGs dentro do Ibase e do AlterNex.

O centro foi aberto, a partir de março de 1994, em uma sala na Rua Vicente Souza, 29, em Botafogo, no Ibase. Segundo o coordenador técnico do AlterNex, Carlos Afonso, o NIC RNP/Alternex seria um elo entre o Ibase e a RNP e serviria para estruturar os dados disponíveis na Internet para as ONGs, ou como definia o material de divulgação da época:

“O Centro vai ser orientado para entidades da sociedade civil, as iniciativas da Internet do Brasil, RNP e AlterNex vão dar suporte para este pessoal, entender o que é, quando estiver utilizando, dar suporte para melhorar a utilização deles e produzir materiais explicativos e promocionais”.

O Alternex, na época, tinha cerca de 1.200 usuários e um conjunto de cerca de mil debates eletrônicos da Usenet e da Rede APC. Foi desenvolvido neste NIC o primeiro Kit de acesso à Internet, via Windows, que ficou conhecido com o o "Kit do Alternex", que operava inicialmente para o Windows 3.1.

Referência

Flávia Mattar - Entrevista com Carlos Alberto Afonso, Coordenador técnico da Alternex - http://www.ibase.org.br/modules.php?name=Conteudo&pid=1210