Mesa da Consciência e Ordens: diferenças entre revisões

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De início era constituído apenas por quatro deputados, mas agregava outras individualidades, especialmente convocadas, consoante os assuntos a tratar, e tinha, fundamentalmente, carácter consultivo.
De início era constituído apenas por quatro deputados, mas agregava outras individualidades, especialmente convocadas, consoante os assuntos a tratar, e tinha, fundamentalmente, carácter consultivo.


O primeiro Presidente surge em [[1544]] e o primeiro regimento em [[1558]], confirmado pelo [[Papa]] e por D. [[Sebastião de Portugal]] em [[1563]], tendo sido reformulado por D. [[Filipe II de Portugal]] em [[1608]].
O primeiro Presidente surge em [[1544]] e o primeiro regimento em [[1558]], confirmado pelo [[Papa Pio IV]] e por D. [[Sebastião de Portugal]] em [[1563]], tendo sido reformulado por D. [[Filipe II de Portugal]] em [[1608]].


A Mesa da Consciência e Ordens provia à administração das [[Capelas]] de D. [[Afonso IV de Portugal|Afonso IV]] e D. Beatriz e das [[Mercearias]] da rainha D. Catarina e do infante D. Luís, superintendia na [[Universidade de Coimbra]] (até [[1772]]), nos resgates e em tudo o que se relacionava com as pessoas falecidas fora do [[Reino de Portugal]]. Tinha, ainda, a seu cargo os [[Colégio de São Patrício|Colégios de São Patrício]], [[Colégio dos Catecúmenos|dos Catecúmenos]], [[Colégio dos Clérigos Pobres|dos Clérigos Pobres]], [[Colégio dos Meninos Órfãos|dos Meninos Órfãos]], [[Colégio dos Militares de Coimbra|dos Militares de Coimbra]] e os [[Hospital de Nossa Senhora da Luz|Hospitais de Nossa Senhora da Luz]], [[Hospital Real das Caldas|Real das Caldas]], [[Hospital Real de Coimbra|Real de Coimbra]], [[Hospital de São Lázaro de Coimbra|de São Lázaro de Coimbra]] e [[Hospital de São Lázaro de Santarém|de São Lázaro de Santarém]], assim como, diversas [[Albergarias]] e os [[Recolhimento de Nossa Senhora dos Anjos|Recolhimentos de Nossa Senhora dos Anjos]] ou de Lázaro Leitão, [[Recolhimento de São Cristóvão|de São Cristóvão]] e [[Recolhimento de Nossa Senhora do Amparo|de Nossa Senhora do Amparo]] ou [[Recolhimento do Castelo|do Castelo]]. Após a anexação à Coroa dos Mestrados das [[Ordem Militar de Cristo|Ordens Militares de Cristo]], [[Ordem Militar de Santiago da Espada|de Santiago da Espada]] e [[Ordem Militar de São Bento de Avis|de São Bento de Avis]], também a sua administração passou a ser competência da Mesa da Consciência e Ordens.
A Mesa da Consciência e Ordens provia à administração das [[Capelas]] de D. [[Afonso IV de Portugal|Afonso IV]] e D. Beatriz e das [[Mercearias]] da rainha D. Catarina e do infante D. Luís, superintendia na [[Universidade de Coimbra]] (até [[1772]]), nos resgates e em tudo o que se relacionava com as pessoas falecidas fora do [[Reino de Portugal]]. Tinha, ainda, a seu cargo os [[Colégio de São Patrício|Colégios de São Patrício]], [[Colégio dos Catecúmenos|dos Catecúmenos]], [[Colégio dos Clérigos Pobres|dos Clérigos Pobres]], [[Colégio dos Meninos Órfãos|dos Meninos Órfãos]], [[Colégio dos Militares de Coimbra|dos Militares de Coimbra]] e os [[Hospital de Nossa Senhora da Luz|Hospitais de Nossa Senhora da Luz]], [[Hospital Real das Caldas|Real das Caldas]], [[Hospital Real de Coimbra|Real de Coimbra]], [[Hospital de São Lázaro de Coimbra|de São Lázaro de Coimbra]] e [[Hospital de São Lázaro de Santarém|de São Lázaro de Santarém]], assim como, diversas [[Albergarias]] e os [[Recolhimento de Nossa Senhora dos Anjos|Recolhimentos de Nossa Senhora dos Anjos]] ou de Lázaro Leitão, [[Recolhimento de São Cristóvão|de São Cristóvão]] e [[Recolhimento de Nossa Senhora do Amparo|de Nossa Senhora do Amparo]] ou [[Recolhimento do Castelo|do Castelo]]. Após a anexação à Coroa dos Mestrados das [[Ordem Militar de Cristo|Ordens Militares de Cristo]], [[Ordem Militar de Santiago da Espada|de Santiago da Espada]] e [[Ordem Militar de São Bento de Avis|de São Bento de Avis]], também a sua administração passou a ser competência da Mesa da Consciência e Ordens.

Revisão das 22h40min de 15 de julho de 2015

A Mesa da Consciência e Ordens,[1] criada por D. João III de Portugal em 1532 para a resolução das matérias que tocassem a "obrigação de sua consciência", foi um dos mecanismos utilizados para a centralização do poder efectuada pelo monarca.

Este conselho régio passou a ter a maior importância dada a extensão das suas competências.

De início era constituído apenas por quatro deputados, mas agregava outras individualidades, especialmente convocadas, consoante os assuntos a tratar, e tinha, fundamentalmente, carácter consultivo.

O primeiro Presidente surge em 1544 e o primeiro regimento em 1558, confirmado pelo Papa Pio IV e por D. Sebastião de Portugal em 1563, tendo sido reformulado por D. Filipe II de Portugal em 1608.

A Mesa da Consciência e Ordens provia à administração das Capelas de D. Afonso IV e D. Beatriz e das Mercearias da rainha D. Catarina e do infante D. Luís, superintendia na Universidade de Coimbra (até 1772), nos resgates e em tudo o que se relacionava com as pessoas falecidas fora do Reino de Portugal. Tinha, ainda, a seu cargo os Colégios de São Patrício, dos Catecúmenos, dos Clérigos Pobres, dos Meninos Órfãos, dos Militares de Coimbra e os Hospitais de Nossa Senhora da Luz, Real das Caldas, Real de Coimbra, de São Lázaro de Coimbra e de São Lázaro de Santarém, assim como, diversas Albergarias e os Recolhimentos de Nossa Senhora dos Anjos ou de Lázaro Leitão, de São Cristóvão e de Nossa Senhora do Amparo ou do Castelo. Após a anexação à Coroa dos Mestrados das Ordens Militares de Cristo, de Santiago da Espada e de São Bento de Avis, também a sua administração passou a ser competência da Mesa da Consciência e Ordens.

Em pleno era constituída pelas seguintes repartições: Secretaria da Mesa e Comum das Ordens, Secretaria do Mestrado da Ordem de Cristo, Secretaria do Mestrado da Ordem de Santiago da Espada, Secretaria do Mestrado da Ordem de São Bento de Avis, Contos da Mesa e Contadorias dos Mestrados/Secretaria das Arrematações (ou da Fazenda) e Tombos das Comendas, Chancelaria das Ordens Militares, Juízo Geral das Ordens, Juízo dos Cavaleiros e Executória das dívidas das comendas.

A Mesa da Consciência e Ordens foi extinta pelo Regime Liberal em 1833, pelo decreto de 16 de Agosto.

Notas

  1. O Reino de D. João III, Ana Isabel Buescu, Editor Temas e Debates - 2008, ISBN 9789727599813, Colecção "Reis de Portugal"