Passinho: diferenças entre revisões
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Revisão das 22h13min de 21 de março de 2016
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A Dança
A dança nasceu na zona leste de São Paulo, conhecida inicialmente por Passinho do romano[1]. Por ter sido criada por Geovani do Divino Silva, conhecido como Magrão no Jardim Romano na região do Itaim Paulista onde morava. A dança que consiste basicamente por passos leves, com suaves utilizações de saltos, braços livres com uso de break, dubstep, passos de robô e o próprio funk ganhou força na comunidade e rapidamente se popularizou ganhando a Zona Leste e outras regiões da Capital e interior do Estado. Tendo como base o funk, já popular em todo o país e trazendo um jeito próprio de dançar o passinho hoje já tem mais de duzentos mil vídeos lançados no Youtube.
Magrão, e o Passinho do mongoloide
Magrão não se contentou como os demais jovens da região nos bailes funk locais, então usava ritmos como o black e o forró, além de “passos de robô” para criar sua própria dança.
Em um acidente de moto, Magrão veio a falecer, e a partir de uma homenagem feita por seus amigos foi lançada uma música falando sobre o passinho e mais tarde um clipe que mostrava a dança do Magrão[1].O ritmo se popularizou na comunidade e passou a se chamar de “passinho do Romano”. Em pouco tempo outros Mcs perceberam o sucesso da dança e sua grande aceitação na comunidade, além dos passos de fácil execução e liberdade para criar também fizeram músicas sobre o estilo peculiar de dança levando o “passinho do Romano” para além das fronteiras do Estado.
Funk
A dança toma como base o funk[2], este que a partir do Rio de Janeiro, hoje é um ritmo tocado em todo Brasil, com a batida marcante e letras que, em muitos casos retratam a realidade vivida na região, sendo incorporado como cultura regional, não só no Rio de Janeiro como em várias regiões do país. Tendo força em São Paulo, e ainda mais força nas periferias da cidade. Assim como outras danças e ritmos construídos nas periferias, o funk é reflexo do cotidiano vivenciado nas regiões periféricas das cidades. Ainda assim o funk foi para muitos considerado uma dança não construtiva e pouco valorizada, e muito se fez, até a sua aceitação e reconhecimento como dança e ritmo que também fazem parte da cultura Brasileira.
Da zona leste de São Paulo, para o Brasil
Como manifestação cultural periférica o passinho do romano teve seu reconhecimento caindo facilmente no gosto popular de outros jovens que frequentam bailes pela cidade. E o número crescente no YouTube de jovens dançando (sendo o mais conhecido deles, Pedro Filipe De Jesus Dias) e tentando se aprimorar na dança, só fez crescer o interesse pelo ritmo, nascendo as “Batalhas do Passinho do Romano” que são campeonatos de dança, onde jurados e o próprio público definem os campeões. Um exemplo destas são as duas edições que ocorreram no CEU Três Pontes, no próprio bairro do Jardim Romano, onde nasceu a dança. Além de uma edição promovida pela Fabrica de Cultura, unidade Itaim Paulista, onde 70 jovens disputavam entre si, com batalhas solo, de 45 segundos, o campeão ganharia um vídeo, produzido pelos produtores das Fábricas de Cultura.
Fortalecendo o Movimento do funk, e confirmando a força do Passinho do Romano na zona leste, e a curto prazo, no restante da cidade.
Uma manifestação de Cultura
Rodrigo inventou uma homenagem que surgiu de um luto entre amigos, e uma brincadeira que foi disseminada, o passinho do romano em pouco tempo ganhou forma e destaque, inicialmente entre os próprios jovens, então nas redes sociais, mais tarde entre regiões da cidade, tv[3], jornais[4], e hoje já pode ser considerado uma manifestação de cultura vindo da zona leste de são paulo, onde através da dança, foi mostrado para toda a cidade parte da identidade da zona leste, com características próprias de uma região onde o funk é fortemente difundido, e uma dança que tem um grande foco na liberdade de criação, sem a cristalização que outras danças exigem em seus passos. Além da expressão de um jeito todo próprio e alegre que marca toda essa expressão de cultura da periferia[5]. Que virou uma mania não só na cidade de São Paulo. Como também em outras regiões.
Ou seja, o Passinho do Romano é uma manifestação de cultura, vinda da Zona Leste da cidade de São Paulo, e se espalhou para a toda a cidade, podendo chegar facilmente no restante do país.
Notas e Referências
- ↑ a b http://globotv.globo.com/rede-globo/profissao-reporter/v/veja-na-integra-o-clipe-do-passinho-do-romano/3302624/
- ↑ Silvio Essinger Editora Record, Batidão: uma história do funk, 2005. ISBN 850107165X, 9788501071651
- ↑ http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/09/passinho-do-romano-vira-febre-em-sao-paulo-e-na-internet.html
- ↑ http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/v/passinho-do-romano-vira-uma-febre-em-sao-paulo-e-na-internet/3644606/
- ↑ DAYRELL, Juarez. O jovem como sujeito social. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n24/n24a04.pdf. Acesso em: 12 Set. 2014