Saltar para o conteúdo

Palmas: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Palmas - Cidade centenária do Paraná
(Sem diferenças)

Revisão das 12h59min de 1 de maio de 2004

Palmas, terra centenária tem sua história iniciada há séculos. Localizada na região dos Campos do Centro Sul do Estado, faz parte do chamado Paraná Tradicional de economia pecuarista.

Bandeiras Paulistas no Séc. XVII teriam atravessado a região, várias vezes, quando buscavam as missões Jesuítas do Sul. Porém é ao Bandeirante Curitibano Zacarias Dias Cortez que se atribui a “Descoberta dos Campos de Palmas”, quando este, por volta de 1720 - 1726 teria desbravado a região até a cabeceira do Rio Uruguai em busca de ouro.

Já a denominação “Campos de Palmas” é atribuída ao Major Atanagildo Pinto Martins que comandou uma expedição organizada pela Real Expedição de Conquista dos Campos de Guarapuava por volta de 1814-1819. Esta expedição tinha por missão, buscar uma vereda que ligasse os Campos de Guarapuava aos do Rio Grande, teve por guia o Cacique Yongong que conhecia bem a região a qual os índios denominavam de Campos de “Bituruna” ou “Ibituruna” - “Terra Alta ou Terra das Palmeiras” na significação indígena. Daí a denominação “Campos de Palmas” atribuída pelo Major Atanagildo e hoje, Palmas.

Entre 1836 - 1839 duas Bandeiras Guarapuavanas foram organizadas lançando-se na audaz missão de conquistar aos indígenas o pretendido território para povoá-lo.

José Ferreira dos Santos com, cerca de 25 estancioneiros sócios e Pedro Siqueira Cortez com cerca de 17 estancioneiros sócios.

As duas bandeiras tiveram divergências quanto à posse o território. Por isso foi necessária uma arbitragem, através da qual ficou decidido que José Ferreira dos Santos e seus companheiros povoariam o lado nascente da região e Pedro Siqueira Cortez e seus companheiros o lado poente da região, tendo por divisa o Rio Caldeiras.

Em 28 de fevereiro de 1855, pela Lei nº 22 da Assembléia Legislativa da Província do Paraná, Palmas foram elevada a Categoria de FREGUESIA. Também nesta data foi fundada a “Freguesia - Paróquia de Palmas”.

Em 1868 - A Lei nº 155 determinou a abertura da primeira estrada de Guarapuava a Palmas.

Em 13 de abril de 1877, Palmas foi elevado a categoria de Vila com o nome de “Vila do Senhor Bom Jesus dos Campos de Palmas”. E, pela Lei nº 484, Palmas tornou-se Município Autônomo. O ato foi confiado à Câmara de Guarapuava pelo Dr. Rodrigo Otavio de Oliveira Menezes, Presidente da Província.

Em 14 de Abril de 1879, a Vila de Palmas foi instalada. Ato realizado no consistório da Igreja Matriz, as 10:00h da manhã. O cidadão Firmino Teixeira Batista, escolhido como Presidente da Câmara “Proclamou” que se achava inaugurada a Vila do Senhor Bom Jesus dos Campos de Palmas - Instalação do Município.

Em 16 de abril de 1880, a Lei nº 586 elevou Palmas a Termo Judiciário, mais tarde suprimidas e restauradas pela Lei nº 986 de 02 de novembro de 1889.

Em 06 de maio de 1883, foi inaugurada a 1ª Igreja Matriz, depois de concedida a autorização pelo Bispo de São Paulo, D. Lino Deodato Rodrigues Carvalho. A igreja foi benta pelo Pe. Achiles Saporiti, Vigário da Paróquia, na presença de todos os membros da Câmara Municipal.

Em 1885, é inaugurada a Linha Telegráfica que ligou Guarapuava a Palmas. Em 09 de dezembro de 1896, foi criada a Prelazia de Palmas, ficando conhecida como “Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Campos de Palmas” pela Bula “Ad Machos Christifidelium Bonum” do Papa Pio XI.

Em 27 de março de 1943, chegada a Palmas do 2º Esquadrão Independente de Cavalaria, baluarte de defesa para o Município e fronteiras do Sul do Pais.

Em 14 de janeiro de 1958 foi criado o Bispado “Senhor Bom Jesus da Coluna dos Campos de Palmas” com sede em Palmas.

Em 1982, chegada a 15ª Cia de Engenharia e Combate que substituiu o 2º E.I.C., em Palmas, o qual existia desde 1943.


Em 01 de março de 1969, inicia-se as atividades do 3º Grau de Ensino em Palmas, com as Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras de Palmas - FAFI, a qual somou-se em 1980 às Faculdades Reunidas de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas de Palmas - FACEPAL.

Quando da conquista e povoamento da Região de Palmas, os campos e florestas habitados pela tribo indígena Kaigangue, hoje confinada na Reserva Indígena “Fioravante Alves” e que a principio hostilizou o elemento branco, unindo-se a este posteriormente, para em conjunto defender-se contra outros grupos indígenas e ate colaborando na conquista e defesa do território oeste, pretendido pelos Argentinos.

Historicamente, o povoamento dos “Campos de Palmas” que se expandiu ate “Campo Erê” fronteira com a Argentina entre os anos 1860 até 1895, foi de grande importância, porque o “UTI POSSEIDETIS” brasileiro - principal argumento que deu ganho de causa para o Brasil em 1895, quanto à “Questão de Palmas” (limites Brasil - Argentina), provinha indubitavelmente da expansão da frente pastoril iniciada pelos pioneiros dos Campos de Palmas a partir de 1839.

O elemento branco que conquistou e povoou Palmas nos primeiros tempos é de origem Portuguesa. A seguir entram os negros escravos. Após 1880 entraram Alemães, Italianos, Poloneses, Espanhóis e Sírios - Libaneses, além da continua entrada de Portugueses.

Após 1950, é grande a entrada de elemento de origem Italiana e a partir de 1980 do elemento Japonês e de origem japonesa.

A fusão de todos esses elementos humanos, vem originando através dos 160 anos de História de Palmas, uma sociedade batalhadora, progressista e sobre tudo hospitaleira.

Em 1935 foi comemorado o Centenário do Povoamento dos Campos de Palmas e em 1979, o Centenário de Emancipação Político Administrativo que incorporou a História de Palmas a Historia do Paraná e do Brasil.

(Documento elaborado pela professora universitária de História, Eloyna Ribas Rodrigues, filha e profunda conhecedora desta Terra, Palmas - PR.)

fonte: http://www.pmp.pr.gov.br/