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Chernobil: diferenças entre revisões

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Revisão das 12h25min de 14 de março de 2005

Chernobil ou Chernobyl


1. Cidade no centro da Ucrânia onde foi construída uma central nuclear em meados dos anos setenta, a 110 quilómetros da capital ucraniana de Kiev.

Em Agosto de 1977, a União Soviética inaugurou o reactor número um de Chernobil. Um reactor de primeira geração RBMK 1000, que viria a ter alguma falhas. Dois anos depois, foi activado o reactor dois, com as mesmas características do primeiro, mas mais potente. Em Junho de 1981, a estação recebeu o seu reactor três, de segunda geração. Em 1985, um grave acidente nuclear no reactor um diminiu a potência da central em 25 por cento. As autoridades recusaram a explicar em pormenor o sucedido, mas considera-se que o reactor ficou danificado.

A 26 Abril de 1986, duas enormes explosões destruíram o reactor central, originando uma brecha no núcleo de 1000 toneladas, sucedendo-se consecutivas explosões provocadas pela libertação de vapores escaldantes que quase destruiram toda a central e que espalharam uma nuvem gigantesca de radições na atmosfera equivalentes a 500 bombas de Hiroxima. As nuvens de isótopos radioactivos resultantes foram detectadas por toda a Europa, desde a Irlanda à Grécia. Nas imediações de Chernobil, 31 pessoas morreram (todos bombeiros ou trabalhadores da central nuclear) e 135 000 foram evacuadas temporariamente. Este foi considerado o pior acidente nuclear civil da história. Estima-se que existirá um número adicional de mortes de cancro, nos sessenta anos seguintes, na ordem dos 20 000 a 40 000. A União Soviética tentou ocultar as proporções do acidente. Milhares de soldados construiram, depois, uma protecção de aço e cimento, denominada sarcófago, para proteger o reactor destruído.

Em 1991, um incêndio de grandes proporções levou ao encerramento do reactor dois. A Agência Atómica Internacional inspeccionou a central de Chernobil, em Março de 1994, e encontrou numerosas deficiências de segurança nos dois reactores ainda em funcionamento. O sarcófago que sela o que resta do reactor explodido estva a desmoronoar-se. Em 1995, foi elaborado um protocolo de acordo, entre a Ucrânia e as sete nações mais industrializadas, para o encerramento de Chernobil, em troca de assistência económica, mas em 1996 a central continuou activa.

A 25 de Abril de 1996, um erro no transporte de detritos provocou uma ligeira contaminação no edifício do reactor número três, que partilha com o reactor quatro (destruído na explosão) um compartimento de depuração da água, pondo mais uma vez em causa as condições de segurança da central. Ainda no mesmo mês e dez anos após o acidente, realizou-se, em Viena, uma conferência internacional a fim de avaliar as consequências do acidente e as medidas de segurança que foram tomadas. Em Novembro, o reactor um da central foi encerrado depois de já ter expirado o tempo de duração ideal para o qual tinha sido construído. Um ano depois, um fundo internacional reuniu 80 mil milhões de contos para reforçar o sarcófago. Em Novembro de 2000, uma falha de corrente no reactor três levou ao seu encerramento. Sucederam-se problemas que obrigaram a várias interrupções da actividade.

As estimativas em final de século indicam que cerca de três milhões de pessoas, enrtre as quais um milhão de crianças, sofrem de doenças congénitas provocadas pelas radiações.

A Ucrânia comprometeu-se a fechar Chernobil em 2000, em troca de ajuda para construir duas novas centrais. Consequentemente, cerca de seis mil trabalhadores ficaram desempregados.

O processo de desmantelamento da central nuclear pode levar pelo menos quarenta anos, pois é necessário esperar que a radioactividade decresça naturalmente. Tentativas actuais, para tornar a terra à volta de Chernobil novamente segura para a agricultura, incluem a raspagem dos 3-4 cm superficiais do solo, que são depois enterrados 45 cm abaixo da superfície sem perturbar a camada intercalar.

Em Dezembro de 2004 o Diretor da Central Nuclear de Chernobil assegura que risco de acidentes "continua".

O risco de um acidente ainda "persiste" na usina de Chernobil, advertiu hoje, quarta-feira, seu diretor, Alexandr Smishliayev, no dia do quarto aniversário do fechamento da central ucraniana, que em 1986 causou a maior catástrofe nuclear da História.

"As unidades um, dois e três ainda abrigam combustível nuclear. Isto significa que o funcionamento dos reatores e o risco de acidentes continuam", assegurou Smishliayev, citado pela agência oficial Itar-Tass.

O diretor de Chernobil anunciou que os trabalhos de reforço do "sarcófago" que cobrirá a unidade quatro só terminarção em Setembro de 2006.

"O 'sarcófago' deverá garantir a segurança absoluta da unidade e protejê-la de possíveis danos", acrescentou, antes de dizer que o trabalho no sarcófago da unidade número dois começará em 2009.

O diretor também demonstrou sua "preocupação" com os atrasos na construção de unidades de processamento e de um depósito para dejetos nucleares líquidos e sólidos.

A Ucrânia fechou a usina de Chernobil em Dezembro de 2000 em troca de uma ajuda internacional para a construção de novos reatores nas centrais nucleares de Jmelnitskaya e de Rivno, também no noroeste do país.

OUTRAS NOTICIAS:

Folha Online - Mundo Online - 26/4/2002 - Cientista alerta para aumento de radioatividade em Chernobyl da BBC

O chefe da Comissão de Segurança Radioativa do governo ucraniano, Dmytro Hrodzynskyy, alertou que os níveis de radiação em Chernobyl estão aumentando, 16 anos depois de a região ter sido palco do pior acidente nuclear da história.

Segundo Hrodzynskyy, o restante do combustível que existe dentro do reator nuclear que causou o acidente -hoje protegido por um sarcófago de concreto- está esquentando.

"O combustível está esquentando dentro do reator destruído e está escapando poeira radioativa", afirmou ontem o cientista durante uma cerimônia para marcar o 16º aniversário da tragédia.

Alguns especialistas em radioatividade, no entanto, dizem que não há riscos de novas explosões em Chernobyl.

Terra - Mundo - 25/4/2002 - Autoridades negam vazamento radioativo em Chernobil

A situação na usina elétrica nuclear de Chernobil é "normal" e não foram registrados vazamentos radioativos, disse hoje um porta-voz do ministério da Ucrânia para Situações de Emergência. O funcionário desmentiu as afirmações do acadêmico ucraniano Dmitri Grodzinski, que denunciou em uma entrevista ao jornal russo Izvestia que houve vazamentos de pó radiativo na central.

Na véspera do décimo sexto aniversário da tragédia de Chernobil, Grodzinski disse que a desmontagem e a desativação da central "levará entre 30 e 40 anos". "Registramos o aumento dos fluxos de nêutrons. No reator destruído são aquecidos os volumes de combustível, que voltam a se propagar e se pulverizam, o que provoca vazamentos de pó radiativo", disse.

Na madrugada de 26 de abril de 1986, o reator número quatro da central de Tchernobil, a 100 quilômetros de Kiev, explodiu afetando milhões de pessoas. Na Ucrânia, a radiação contaminou 12 das 25 regiões, e pelo menos 3,5 milhões de pessoas, um terço delas crianças, foram afetadas. A nuvem nuclear contaminou 46 mil quilômetros quadrados e, conforme os cálculos oficiais, pelo menos 2 milhões de pessoas ainda sofrem as seqüelas da radiação.

Na Rússia, a região contaminada foi de 60 mil quilômetros quadrados e a radiação alcançou outras 3 milhões de vítimas. A tragédia mais grave na história da utilização pacífica da energia atômica contaminou pelo menos 150 mil quilômetros quadrados de território da extinta União Soviética.

O acidente espalhou no meio ambiente cerca de 170 toneladas de combustível nuclear, cuja radioatividade de 50 milhões de curies (unidade de atividade radioativa) foi equivalente a cerca de 500 bombas atômicas como a de Hiroshima. Trinta e um bombeiros morreram com a explosão, mas os efeitos da radiação afetaram quase nove milhões de pessoas.

O número real de vítimas fatais talvez nunca seja conhecido, mas algumas fontes arriscam que foram 300 mil pessoas. Os únicos dados oficiais, oferecidos pelas autoridades ucranianas, reduzem para 15 mil os mortos e somente entre os encarregados dos trabalhos de reparação e descontaminação da usina nuclear. EFE

Terra - Mundo - 25/4/2002 - Crescem denúncias de contaminação radiotiva na França Doentes de tireóides que atribuem seu problema à passagem de uma nuvem tóxica pela França, depois do acidente da central nuclear de Chernobil em 1986, apresentaram hoje, em Paris, mais de 200 demandas por envenenamento e ingestão de substâncias nocivas. As denúncias, que se somam as cerca de 180 interposições do ano passado, são dirigidas contra "X" (desconhecido) por "atentados involuntários à integridade física por falta deliberada a uma obrigação de segurança e prudência".

As novas queixas judiciais procedem de diversas regiões francesas, sobretudo do sudoeste e do sudeste do país e da ilha mediterrânea de Córsega. Os doentes de tireóides acusam as autoridades francesas de não avisar a população para se proteger dos riscos inerentes à exposição a baixas doses de radioatividade, contra as normas nacionais e européias.

Em fevereiro passado, a Comissão de Investigação Independente sobre Radioatividade (CRIIRAD) considerou que o governo francês ocultou provas do impacto em seu território da catástrofe de Chernobil, ocorrida na madrugada de 25 para 26 de abril de 1986. Segundo a CRIIRAD, 15 dias depois do acidente o governo francês e seu então primeiro-ministro, Jacques Chirac, conheciam a amplitude do impacto radioativo, mas não quiseram informar sobre o assunto e não respeitaram a regulamentação européia.

As normas européias recomendavam retirar do mercado todo produto alimentício com mais de 50 becquerels (unidade de radiação) por litro, apesar de um especialista ter chegado a registrar até 39,3 mil becquerels por metro quadrado na França. EFE

Folha Online - Mundo Online - 25/4/2002 Saúde de descendentes das vítimas de Chermobyl preocupa Ucrânia da Reuters, em Kiev

Crianças da Ucrânia que nasceram com mutações genéticas ou foram prejudicadas pela ingestão de alimentos contaminados por radiação estão formando uma nova geração de vítimas do acidente nuclear de Chernobyl que pode perpetuar os efeitos da tragédia que ocorreu em 1986, disseram especialistas.

Amanhã, completam-se 16 anos desde que o reator 4 da usina atômica explodiu, lançando uma nuvem radioativa sobre grande parte da Europa. "Ainda há alguns graves problemas em várias regiões, especialmente no que diz respeito à comida e à saúde das crianças", disse Olga Babylova, subsecretária de Saúde da Ucrânia.

A carne, o leite, os cogumelos e as frutas silvestres produzidos nos arredores da usina contêm altos níveis de radiatividade. Milhares de ucranianos que vivem ali complementam sua renda recolhendo cogumelos e frutas, sem saber que estão contaminados.

A funcionária pediu ajuda internacional para que a Ucrânia (integrante da ex-União Soviética) combata essa situação. A ONU afirma que com o passar dos anos a tragédia está sendo esquecida e o dinheiro para combater seus efeitos está desaparecendo.

Evgeniya Stepanova, especialista em doenças decorrentes da radiação, disse que ainda há crianças sofrendo os efeitos do vazamento anos depois do acidente, que na época matou poucas pessoas. Há controvérsias sobre o número de vítimas nos últimos 16 anos. Nesse período, aumentaram os casos de câncer de tireóide e as mortes por câncer nos países da região.

"As pesquisas mostram mutações genéticas nas vítimas de Chernobyl, tanto em adultos como em crianças. Eles estão mais propensos a ter câncer e transmitir as mutações a seus filhos", disse Stepanova.

"Não prestamos suficiente atenção às pessoas que estão sofrendo", disse ela, indignada. "Entre todos os problemas causados por Chernobyl, o problema genético deveria vir em primeiro lugar. É um enorme problema."


2. Virus Informático

Chernobil ou Chernobyl ou Win32/CIH

O vírus Win32/CIH, em suas 3 formas atualmente conhecidas, foi escrito na Ásia Sudeste em junho de 98. Duas dessas variantes foram observadas no campo. O vírus Win32/CIH ataca arquivos do Windows 95/98 que estão no formato PE (Portable Executable). Ele não infecta os mesmos tipos de arquivos no Windows NT. O vírus Win32/CIH aproveita todos os espaços não utilizados desse tipo de arquivo que, aliás, são bastantes. O vírus Win32/CIH, da versão 1019, tem um ataque muito perigoso, que ocorre no dia 26 de cada mes. Nessa data o vírus tenta sobregravar a Flash-BIOS. Se a Flash-BIOS está configurada como WRITE-ENABLED (o que é o caso da maioria das novas placas-mãe) o vírus torna a máquina completamente inoperante, já que não é mais possível dar boot nessa máquina. Ao mesmo tempo o vírus também sobregrava grandes porções do disco rígido com sujeira. As variantes 1003 e 1010 têm de diferente a data de ataque, que nesse caso só ocorre no dias 26 de abril.

As variantes desse vírus contém as seguintes strings, em formato não-encriptado: (.1003) = CIH v1.2 TTIT,.EXE (.1010) = CIH v1.3 TTIT,.EXE,zip (.1019) = CIH v1.4 TATUNG,.EXE,nZip