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Milagre econômico brasileiro: diferenças entre revisões

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Revisão das 00h15min de 24 de setembro de 2004

Milagre Econômico


- O que é ?

O 'milagre econômico' é um apelido dado a época de exponencial crescimento econômico durante a ditadura militar. Nesse período de auge econômico instaurou-se um pensamento de Brasil-potência, que se evidencia com a conquista da terceira copa do mundo de futebol e a criação do dogma: "Brasil, ame ou deixe-o".


- Como eles conseguiram fazer isso ?

Não, não foi uma plano econômico muitíssimo bem embasado ou executado, muito menos um surto fomentado pela indústria brasileira. E sim um conluio do governo brasileiro, seus representantes civis ( políticos civis ), e o capital externo. Tudo por um propósito em comum, enfiar capital quela a baixo do Brasil, sendo que boa parte desse ia para as mãos de políticos civis que recebiam esses presentinhos para concordarem/aceitarem e manterem a ditadura no poder. Esse empanzinamento de investimentos do Brasil gerou um falso-crescimento, o PIB cresceu a índices incrivelmente altos, coisa de 10 % ou mais, o crescimento, sim, houve, o Brasil gerou empregos, aumentou o número de indústrias, etc. Mas ele é falso pois seu custo foi excessivamente alto, todo esse crescimento alicerçado no capital externo, endividou, e muito, o Brasil.

Não se pode ser ignorante e deixar de relatar sobre as políticas internas e o ambiente externo que favoreceram esse crescimento. O crescimento mundial, o investimento feito em exportação, expansão do sistema de crédito, e outras medidas foram impreteríveis para esse tal crescimento econômico.


- O papel das estatais nesse processo

O estado durante a ditadura investe fortemente na indústria pesada, siderurgiam naútica, entre outras. Com total apoio do estado as empresas estatais crescem bastante e obtêm lucos nunca vistos.


- Concentração de renda

È impressionante como o Brasil ao progredir economicamente aumenta sua desigualdade sócio-econômica, essa constante não foi diferente no governo militar, que no seu milagre econômico evidenciou a má distribuição de renda: "- Em 1979, apenas 4% da população economicamente ativa do Rio de Janeiro e São Paulo ganha acima de dez salários mínimos. A maioria, 40%, recebe até três salários mínimos. Além disso, o valor real do salário mínimo cai drasticamente. Em 1959, um trabalhador que ganhasse salário mínimo precisava trabalhar 65 horas para comprar os alimentos necessários à sua família. No final da década de 70 o número de horas necessárias passa para 153. No campo, a maior parte dos trabalhadores não recebe sequer o salário mínimo." ( Retirado de http://www.conhecimentosgerais.com.br/historia-do-brasil/economia-no-regime-militar.html ).


- Crescimento, também, da miséria

Confirmando a premissa do parágrafo anterior, a miséria também sofreu um bom incremento com o growing ( "crescimento" ) econômico, vide os alarmantes dados:

- A mortalidade infantil no estado mais rico da federação, São Paulo, tem um incremento da ordem de 10%. - Registra-se o aterrador número de 600 mil menores abandonados na Grande São Paulo. - 30 % dos municípios da federação não tinham abastecimento de água. - "O Brasil tem o 9º PNB do mundo, mas em desnutrição perde apenas para Índia, Indonésia, Bangladesh, Paquistão e Filipinas.", estudo do Banco Mundial feito 3 anos depois, mostra que 70 milhões de brasileiros são desnutridos, cerca de 64,5% da população da época.


- Tudo que é bom dura pouco, e sempre tem um fim

A partir de 1973 o crescimento começa a se esvair, no final dessa década a inflanção chega a 94,7 % ao ano, em 1980 chega a casa dos 110 %, e em 1983 os 200 %. A dívida externa chega a bagatela de US$ 90 bilhões, para pagar essa continha 90 % da receita oriunda das exportações era surrupiado, e o Brasil entra de cabeça e com um sorriso amarelo no rosto numa fortíssima recessão que tem como maior fruto o desemprego, essa recessão e seus procedentes só se agravam com o passar dos anos.