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Casa Branca (São Paulo): diferenças entre revisões

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Revisão das 18h50min de 25 de setembro de 2004

A origem de Casa Branca remonta ao século XVIII, pois em 1718 já havia referência ao Arraial da Casa Branca e, em 1765, no censo de Mogi Guaçu aparece o sítio de Casa Branca, com 16 moradores livres. Em um mapa de 1773 já era reconhecida a existência de um lugar denominado Casa Branca, situado às margens do rio Piçarrão. Daí em diante, o nome de Casa Branca vai aparecendo em vários documentos. O local já era mencionado em 1776 como um pouso de tropeiros entre os córregos Palmeiras e Frutuoso, na estrada dos Guaiases que corria de Mogi-Mirim a Franca. O nome Casa Branca provem de uma pequena casa caiada existente no local e que servia de pouso para os viajantes a caminho de Goiás. Vindos de Itu em 1810, José Antonio de Almeida e o Padre Francisco José Godoy construíram diversas casas no local.

Conforme escreveu João Horta de Macedo: "Perdem-se nas brumas da História os primórdios de Casa Branca ". A fundação da cidade é celebrada como tendo sido em 25 de outubro de 1814, data da expedição do Alvará que ratificou a Resolução de Nossa Senhora das Dores da Casa Branca, em 15 de março de1814, por D.João VI, criando a Freguesia de Casa Branca. Saint-Hilaire registra em 1819 ter encontrado no local apenas 24 casinhas esparsas numa rua larga e curta,na extremidade da qual erguia-se uma igrejinha, igualmente afastada das linhas das casas, igreja esta dedicada a Nossa Senhora das Dores. Estas 24 casas receberam 18 famílias de imigrantes portugueses dos Açores ali dirigidas em 1815 pelo governo de D. Francisco Mascarenhas, conde de Palmas, e que, após algum tempo, abandonaram o local por razões desconhecidas.

Em 25 de fevereiro de 1841, através da Lei Provincial no. 15, Casa Branca é elevada à categoria de Vila, tornando-se seu território um Município independente de Mogi Mirim. Nesta oportunidade, o Município de Casa Branca tinha um população estimada em aproximadamente 1.000 habitantes, sendo que sua sede ou Vila possuía cerca de 40 casas, e se estendia da antiga Rua do Comércio (atual Rua Waldemar Pânico) até o largo do Rosário, com uma igrejinha que então fazia as vezes de matriz, expandindo-se para a praça onde se pretendia, futuramente, erguer a definitiva Igreja Matriz . As divisas do Município eram o Rio Jaguari-Mirim, o Pouso do Cubatão (atual Cajuru), o Rio Pardo e o Rio Mogi-Guaçu, o que lhe davam uma área muito grande.

A Vila era na época um centro comercial para onde convergiam as tropas e carros de bois vindos de toda parte, principalmente de Minas e de Goiás, com a finalidade de se abastecerem de açúcar, sal, ferragens e outros itens necessários às viagens. Em 1852 a Igreja Matriz já estava construída em seu local atual, com o povoado ao seu redor. Em 1870 a Vila registrava cerca de 200 casas com aproximadamente 1800 habitantes no Município, incluindo-se os escravos.

Em 27 de março de 1872, diante da Lei Provincial no. 22, Casa Branca passa à categoria de Cidade.

Em 1878 a Cidade iniciou uma época de grande desenvolvimento com a fase do café e a Estrada de Ferro Mogiana chegando à estação do Aterradinho e, logo depois em Casa Branca de onde partia o ramal do Rio Pardo, tornando-se um entreposto comercial ainda mais importante.

Em 8 de Março de 1886 Casa Branca recebe seu primeiro filho diplomado em Curso Superior: Dr. Francisco Thomaz de Carvalho, que colou grau em ciências sociais e jurídicas em 2 de Março do mesmo ano na Faculdade de Direito do Largo São Francisco na capital São Paulo. Quando o Governo do Conselheiro Rodrigues Alves cogitou a instalação de uma Escola Normal na média Mogiana, Dr. Francisco defendeu com todos os recursos e liderou vigorosamente a criação da escola em sua Cidade, objetivo alcançado com sua criação em 24 de Dezembro de 1912 e inauguração em 11 de Junho de 1913. Este fato transformou a história de Casa Branca que, desde então, passou a formar professores para muitas outras cidades e regiões de São Paulo e do Brasil, levando com os mestres o seu nome, que passou a ser muito mais conhecido e respeitado em todo o País.

Texto: Marcelo Contin