Estação Atocha (romance)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Estação Atocha (2011) (em inglês: Leaving the Atocha Station), é o romance de estreia do poeta e crítico norte-americano Ben Lerner, publicado pela editora Coffee House Press. No Brasil, foi lançado em 2015, pela Editora Rádio Londres,[1] com tradução de Gianluca Giurlando. A obra venceu o prêmio Believer Book Award de 2011.[2] A estação a que o título da obra se refere a uma estação ferroviária de Madrid, a Estação Atocha.

Enredo[editar | editar código-fonte]

O livro é narrado em primeira pessoa, por Adam Gordon, um poeta norte-americano, de 20 e poucos anos, que obtém uma bolsa de estudos prestigiada para se manter em Madri, por volta de 2004. O projeto que obteve a bolsa prevê a escrita de um longo poema narrativo, destacando o papel da literatura na Guerra Civil Espanhola. Gordon, entretanto, passa seu tempo lendo Tolstoi, fumando maconha, e observando os arredores de sua casa. Ele também mantêm relacionamentos românticos com duas espanholas, mentindo para elas e para outras pessoas para obter simpatia e evitar responsabilidades. Ele diz a várias pessoas que sua mãe morreu recentemente, relata a experiência de um amigo, que na tentativa fracassada de resgatar uma mulher afogada quase morre, como se fosse sua, e usa sua (às vezes fingida) falta de fluência em espanhol para sugerir, falsamente, que seus pensamentos são muito profundo e complexo para transmitir fora de sua língua nativa. Especialmente quando chamado a participar de leituras de poesia, ou painéis de discussão, Gordon lida com sentimentos de fraude e ansiedade.

Referências a Ashbery[editar | editar código-fonte]

O título do livro é uma citação de um poema de John Ashbery, de mesmo nome publicado em The Tennis Court Oath.[3]

Durante seu tempo na Espanha, Gordon costuma carregar o livro Poemas Selecionados, de Ashbery.[4]

Ashbery qualificou a obra como um "romance extraordinário sobre as interseções da arte e da realidade na vida contemporânea".[5]

Recepção Crítica[editar | editar código-fonte]

O New Statesman o classificou como um dos melhores livros de 2011.[6] A New Yorker o incluiu entre os favoritos de seus revisores, em 2011.[7] Jonathan Franzen o considerou um de seus livros favoritos do ano.[8]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Lago, Eduardo (7 de setembro de 2016). «"A poesia faz com que as pessoas se sintam excluídas"». El País Brasil. Consultado em 25 de março de 2023 
  2. 2011 Believer Book Award winner
  3. Ashbery, John (8 de dezembro de 2011). The Tennis Court Oath. [S.l.: s.n.] ISBN 9780819569967 
  4. Lerner, Ben (2011). Leaving the Atocha Station. [S.l.]: Coffee House Press. pp. 90–91 
  5. Lerner, Ben (2011). Leaving the Atocha Station. [S.l.]: Coffee House Press. pp. Back Cover 
  6. «New Statesman - Books of the year 2011: Benjamin Kunkel». www.newstatesman.com. Arquivado do original em 20 de dezembro de 2011 
  7. «A Year's Reading: Reviewers' favorites from 2011». The New Yorker. 1 de maio de 2012 
  8. «Books of the year 2011». The Guardian. London. 25 de novembro de 2011 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]