Febo Moniz de Lusignan

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 Nota: Para o avô deste, do mesmo nome, que foi reposteiro-mor de D. Manuel e vereador de Lisboa, veja Febo Moniz de Lusignan, reposteiro-mor.
Febo Moniz
Febo Moniz de Lusignan
Nome completo Febo Moniz de Lusignan
Nascimento 1515
Portugal
Nacionalidade português
Ocupação Político

Febo Moniz de Lusignan, por vezes referido apenas como Febo Moniz, (1515 - 158?), senhor do morgado das Conchas, no Lumiar,[1] foi um nobre português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Inicialmente foi um dos camareiros do rei menino D. Sebastião de Portugal, para sua criação; neste cargo foi qualificado de sumilher de corpus. Em satisfação destes serviço lhe fez D. Sebastião mercê das saboarias de Estremoz, Sousel e Fronteira, da comenda de Alpriate na Ordem de Cristo, e o fez do seu conselho.[2]

Funcionário no Paço Real, foi nomeado "Procurador da Cidade de Lisboa e Presidente dos deputados das vilas e cidades do Reino" nas Cortes de Almeirim de 1580,[1] onde se opôs à escolha de um estrangeiro para ocupar o trono português.

Leader vigoroso da oposição contra a absorção espanhola, mereceu de Cristóvão de Moura que lhe chamasse "endemoinhado".[3]

Conta-se que, tendo sido recebido pelo cardeal-rei D. Henrique, este tentou convencer Moniz a mudar de ideias e apoiar a tomada do trono pelo rei de Castela (Filipe II de Espanha), ao que Febo Moniz terá respondido que os representantes dos concelhos preferiam «de antes morrer todos do que obedecer a el-rei de Castela».

Quando Filipe II tomou o trono de Portugal, prendeu Febo Moniz. Este morreu na cadeia.

Dados genealógicos[editar | editar código-fonte]

Era filho de Jerónimo Moniz e Violante da Silva, neto paterno de outro Febo Moniz de Lusignan, filho este de Vasco Gil Moniz.

Casou com D. Isabel da Silva, filha de D. Pedro de Castelo Branco e de D. Margarida de Lima.

tiveram:

  • Pedro Moniz que serviu em Alcácer a comenda de São Martinho do Bispo, na Ordem de Cristo, bispado de Coimbra, passou a África com El-Rei D. Sebastião, em 1578, e foi feito cativo, vindo a morrer em Fez, sem ter casado nem deixado geração;
  • Jerónimo Moniz de Lusignano que casou com D. Elvira de Alarcão, viúva de Sebastião da Silva, dama da rainha D. Catarina, filha de Gaspar de Torres, e de D. Leonor de Alarcão sua mulher D. Elvira de Alarcão.[4]
  • João Moniz de Lusignano que foi pajem da Campainha de El-Rei D. Sebastião.

Quando da primeira expedição a África em 1574, João Moniz acompanhou El-Rei com três cavalos e homens de pé, à sua custa. Na segunda expedição, em 1578, também foi João Moniz, e na batalha foi feito cativo e levado para Fez. Foi um dos fidalgos que persuadiu o Rudecão a que se passasse a Mazagão com os que quisessem fugir do cativeiro «empresa grande pelo perigo e dificuldade» conforme o comentário de Afonso Torres. Saiu no resgate dos oitenta fidalgos. De novo no reino, foi tutor de seus sobrinhos, filhos de seu irmão Jerónimo. Pelos seus serviços, lhe fez El-Rei D. Filipe II, mercê em 1591, da comenda da Granja de Alpriate, na Ordem de Cristo. Teve João Moniz além destas comendas, as saboarias de Extremoz, Fronteira e Sousel, por renúncia de seu pai, de sua irmã D. Antónia da Silva, e de seu cunhado o senhor de Vila Flor, e mercê de El-Rei D. Sebastião, e D. Felipe I (Carla de 13 de Abril de 1588). João Moniz não foi casado nem deixou geração. Foi sepultado na Capela da Piedade.[5]

  • D. Antônia da Silva que foi dama da Rainha Dona Catarina, e casou com Francisco de São Paio, senhor de Vila Flôr.
  • D. Ana de Ataíde, que foi mulher de Heitor de Melo, de quem não houve sucessão.
  • D. Margarida e D. Violante, que foram freiras em Santa Clara de Lisboa.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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